Perafita, Lavra e Santa Cruz do Bispo
freguesia do município de Matosinhos, Portugal Da Wikipédia, a enciclopédia livre
freguesia do município de Matosinhos, Portugal Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Perafita, Lavra e Santa Cruz do Bispo (oficialmente: União das freguesias de Perafita, Lavra e Santa Cruz do Bispo) é uma freguesia portuguesa do município de Matosinhos, com 22,65 km² de área[1] e 29 646 habitantes (censo de 2021)[2]. A sua densidade populacional é 1 308,9 hab./km².
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Freguesia | ||||
Padrão da Memória | ||||
Localização | ||||
Localização no município de Matosinhos | ||||
Localização de Perafita, Lavra e Santa Cruz do Bispo em Portugal | ||||
Coordenadas | 41° 13′ 27″ N, 8° 41′ 52″ O | |||
Região | Norte | |||
Sub-região | Área Metropolitana do Porto | |||
Distrito | Porto | |||
Município | Matosinhos | |||
Código | 130813 | |||
História | ||||
Fundação | 28 de janeiro de 2013 | |||
Administração | ||||
Tipo | Junta de freguesia | |||
Características geográficas | ||||
Área total | 22,65 km² | |||
População total (2021) | 29 646 hab. | |||
Densidade | 1 308,9 hab./km² |
Foi constituída em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, pela agregação das antigas freguesias de Perafita, Lavra e Santa Cruz do Bispo e tem a sede em Perafita.[3]
Geograficamente localiza-se no norte do concelho de Matosinhos, fazendo fronteira com o concelho de Vila do Conde, a norte, e a este com o concelho da Maia. Integra as antigas três freguesias autónomas de Perafita, Lavra e Santa Cruz do Bispo, com características económicas, sociais e demográficas diferentes. A Lei 11-A/2013, de 28 de janeiro, definiu Perafita (Largo da Igreja, Apartado 5111, 4456-901 Perafita) como sendo a sede da nova unidade orgânica e administrativa, assumindo Lavra e Santa Cruz do Bispo o lugar de pólos onde se encontram serviços administrativos e os diferentes departamentos. É presidida por Rodolfo Maia Mesquita.
Do ponto de vista geomorfológico, e no entender de Nery Delgado e Paul Choffat, na Carta Geológica de Portugal (1889), este território matosinhense repousa, ao nível estratigráfico do subsolo, sobre um extenso maciço granítico que, desde as serras de Valongo e Gondomar (Pias e Santa Justa), se estende até à orla do oceano Atlântico, para norte e sul do Rio Douro.
Uma série de empreendimentos possibilitaram o crescimento económico, e urbanístico, desta união de freguesias: o Aeroporto Francisco Sá Carneiro (e as obras de requalificação da antiga estrada nacional 107), o Porto de Leixões, o Centro de Negócios de Freixieiro (onde se fixam várias empresas de expressão nacional), a Refinaria de Leça da Palmeira (Petrogal), a Exponor e o Metro do Porto (ainda que não existam estações em nenhuma das três unidades o seu impacto, para os residentes, é bastante positivo) e, mais recentemente, o MarShopping e o IKEA, como dinamizadores e atractores da economia e de não-residentes.
Foi entre Perafita e Lavra, na zona da Memória, onde se encontra o Obelisco, que a 8 de julho de 1832 desembarcaram as tropas liberais de D. Pedro IV, e não no Mindelo como erradamente se tem dito. A localização exata do desembarque das tropas é difícil de obter e, ao longo destes anos, tem granjeado uma certa “tensão” entre as duas antigas freguesias que aclamam, para si, a importância deste acontecimento. Aquilo que se pode afirmar, é que Matosinhos deteve especial importância na implantação definitiva do liberalismo e, independentemente de ser o centro Lavra ou Perafita, na transformação política que, desse momento em diante se viveu em Portugal. D. Pedro IV e os seus partidários, que o acompanhavam desde a Ilha Terceira nos Açores, tinham previsto este desembarque para a foz do Rio Ave, junto a Vila do Conde. Porém, a hostilidade que Bernardo de Sá Nogueira encontrou, juntamente com as condições geográficas favoráveis de Pampelido – por indicação do lavrense Francisco José da Silva –, determinaram que, efetivamente, as tropas desembarcassem no local onde, hoje em dia, se encontra o obelisco. O liberalismo, no ano seguinte, passa a ser uma realidade em Portugal, essencialmente depois da assinatura da Convenção de Évora-Monte (1834) e tudo começou em Arnosa de Pampelido, como disse Almeida Garrett, “onde o Portugal Velho acaba e o Novo começa”.
A população registada nos censos foi:[2]
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Distribuição da População por Grupos Etários[4] | |||||
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Antes da agregação | |||||
Ano | 0-14 anos | 15-24 anos | 25-64 anos | >= 65 anos | Total |
2001 | 4560 | 4044 | 15996 | 3214 | 27814 |
2011 | 4292 | 3147 | 17433 | 4535 | 29407 |
Após a agregação | |||||
Ano | 0-14 anos | 15-24 anos | 25-64 anos | >= 65 anos | Total |
2021 | 3961 | 2822 | 16427 | 6436 | 29646 |
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