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galáxia irregular anã satélite da Via Láctea Da Wikipédia, a enciclopédia livre
A Pequena Nuvem de Magalhães (NGC 292), é uma galáxia anã próxima a Via Láctea.[3] Classificada como galáxia irregular anã, a PNM tem aproximadamente 7000 anos luz (diâmetro),[4] contém algumas centenas de milhões de estrelas,[3] e a massa de aproximadamente 7 bilhões de massa solares.[5] A NGC 292 possui uma estrutura central com formato de “barra” e é especulado que um dia foi uma galáxia espiral barrada que foi desfeita pela Via Láctea e se tornou irregular.[6] A uma distância de aproximadamente 200 000 anos luz, a NGC 292 está entre os vizinhos intergalácticos mais próximos da Via Láctea e é um dos objetos mais distantes que podem ser visíveis a olho nu.
A Pequena Nuvem de Magalhães é visível por todo o hemisfério sul, mas pode ser totalmente vista desde os 15 º do hemisfério norte para baixo. A galáxia é localizada entre as constelações do Tucano e parte da Hydrus , aparecendo como uma nuvem nebulosa e fraca, parecendo um pedaço deslocado da Via Láctea. Aparentemente a PNM tem aproximadamente um diâmetro de 4.2 º (8 vezes o tamanho da Lua) e cobre uma área de 14 º quadrados (18 vezes a da Lua). Sendo que o brilho superficial é muito baixo, esse objeto do Céu Profundo é visto melhor nas noites de Lua Nova e longe de poluição visual. A Pequena Nuvem de Magalhães forma um par com a Grande Nuvem de Magalhães (GNM), que fica cerca de 20 º leste e, como a PNM, faz parte do Grupo Local e provavelmente é um satélite da Via Láctea.
No hemisfério sul, as nuvens de Magalhães foram incluídas no folclore dos habitantes nativos há muito tempo, incluindo viventes das ilhas do Oceano Pacífico e Aborígenes australianos. O astrônomo persa Abd Al-Rahman AL Sufi nomeou a maior das nuvens de Al Bakr, O Boi Branco. Navegadores europeus podem ter sido os primeiros a perceberem as nuvens na Idade Média, quando elas foram usadas para navegação. Navegadores portugueses e holandeses chamavam elas de nuvens do cabo, um nome que foi usado por vários séculos. Durante a circum-navegação da Terra feita por Fernão de Magalhães em 1519, elas foram descritas por Antonio Pigafetta como um aglomerado obscuro de estrelas.[7] No atlas celestial Uranometria, de Johann Bayer, publicado em 1603, ele nomeou a nuvem menor de Nubécula Menor.[8] Em Latim, Nubécula quer dizer pequena nuvem.[9]
Entre 1834 e 1838, John Frederick William Herschel fez observações dos céus do hemisfério sul, com o telescópio refletor com abertura de 36 cm, pertencente ao Observatório Real do Cabo da Boa Esperança. Enquanto observava a nubécula menor, ele a descreveu como uma massa nebulosa, de formato oval e com um centro luminoso. Dentro dessa nuvem ele catalogou uma concentração de 37 nebulosas e aglomerados.[10]
Em 1891, o Harvard College Observatory abriu uma estação de observação na região de Arequipa no Peru. Entre 1893 e 1906, sob a direção de Solon Irving Bailey, o telescópio de 610 mm foi usado para captar fotograficamente ambas as nuvens de Magalhães.[11] Henrietta Swan Leavitt, uma astrônoma do Harvard College Observatory, usou placas do telescópio de Arequipa para estudar a variação na luminosidade relativa de estrelas na PNM. Em 1908, os resultados dos seus estudos foram publicados, e mostrou um tipo de Estrela Variável chamado “aglomerado variável”, depois chamado de Cefeida. Depois as Delta Cephei mostraram uma relação definitiva entre o período de variação e a luminosidade de uma estrela.[12] Essa importante relação de período-luminosidade permitiu estimar a distância entre qualquer Cefeida variável e a PNM. Consequentemente, uma vez que a distância entre PNM é sabida com precisão, Cefeidas Variáveis podem ser usadas como uma Escala de Distâncias Cósmicas, para medir distancias de outras galáxias.[13]
Usando essa relação de período-luminosidade, em 1913 a distância da a PNM foi estimada pela primeira vez por Ejnar Hertzsprung. Primeiro ele mediu 13 Cefeídas Variáveis próximas, para encontrar a magnitude absoluta de uma variável com o período de um dia. Comparando isso com a periodicidade das variáveis medidas por Leavitt, ele foi capaz de estimar a distancia de 10 000 parsecs (30 000 anos luz) entre o Sol e a PNM.[14] Depois isso foi provado ser uma subestimação grosseira da distância real, mas mostrou o potencial de uso dessa técnica.[15]
Anunciado em 2006, medidas com o Telescópio espacial Hubble sugerem que a PNM e a GNM podem estar se movendo muito rápido para estarem orbitando a Via Láctea.[16]
Existe a “ponte de Magalhães”, conectando a PNM com a GNM, que é evidência da força de maré entre as galáxias.[18] As Nuvens de Magalhães tem uma camada de hidrogênio em comum, o que sugere que elas estejam sendo gravitacionalmente atraídas há bastante tempo. Essa ponte de gás é um berçário de estrelas.[19]
Foi proposto pelos astrofísicos D. S. Mathewson, V. L. Ford e N. Visvanathan que a PNM pode se partir em duas, com um pedaço menor da galáxia por trás da maior parte da PNM (vendo da nossa perspectiva), e separadas por cerca de 30 000 anos luz. Eles supõem que o motivo disso é a interação ocorrida entre a GNM e a PNM, e as duas partes continuariam se distanciando. Eles deram a esse pedaço o nome de Mini Nuvem de Magalhães.[20][21]
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