O Partido de Independência do Reino Unido (em inglês UK Independence Party; ou conhecido pela sigla UKIP) é um partido político britânico eurocético[8][9] e de direita,[10] fundado em 1993, pela antiga "Liga Antifederalista". Eles se descrevem como um partido "democrático e libertário"[11] e afirmam, a setembro de 2014, possuir mais de 48 000 membros.[carece de fontes?]

Factos rápidos Página oficial ...
Partido de Independência do Reino Unido
United Kingdom Independence Party
Thumb
Partido de Independência do Reino Unido
Líder Lois Perry
Fundação 3 de setembro de 1993[1]
Sede Newton Abbot, Devon
Reino Unido
Ideologia Euroceticismo
Populismo de direita[2]
Liberalismo econômico[3]
Anti-imigração
Nacionalismo britânico
Espectro político Direita a extrema-direita[4][5]
Ala de juventude Young Independence
Membros (2018) Baixa 23 600[6]
Afiliação internacional Nenhuma
Afiliação europeia Aliança para a Democracia Direta na Europa
Grupo no Parlamento Europeu Europa das Nações e das Liberdades[7]
Câmara dos Comuns
0 / 650
Câmara dos Lordes
0 / 777
Parlamento Europeu
0 / 73
Governo local
0 / 19 698
Assembleia Nacional do País de Gales
0 / 60
Cores      Roxo
     Amarelo
Página oficial
www.ukip.org
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Em maio de 2014, o UKIP conquistou a maior quantidade de votos pelo Reino Unido nas eleições europeias de 2014 dando a eles 24 dos 73 assentos a qual os britânicos tem direito no Parlamento Europeu. Esta foi a primeira vez que um partido britânico que não fosse o Trabalhista ou o Conservador a terminar em primeiro lugar numa eleição europeia.[12]

O partido, no começo de 2014, possuía apenas um assento na Câmara dos Comuns, três na Câmara dos Lordes e um na Assembleia da Irlanda do Norte.[13][14] Contudo, a performance nas eleições regionais no Reino Unido em 2013 acabou dando a legenda um salto a notoriedade, quando eles se tornaram o terceiro partido mais votado.[15] Esse avanço foi descrito como um dos maiores "crescimentos de um quarto partido" na história política da Grã-Bretanha desde a Segunda Guerra Mundial.[16]

Considerado um dos membros mais influentes da legenda, Nigel Farage foi o líder do partido de 2010 a 2016.[17] Farage, que é membro fundador do Ukip,[18] representa seu partido no Parlamento Europeu desde 1999.[19] Ele se candidatou para o cargo de Parlamentar nas eleições gerais de 2015, mas não foi eleito. Ele acabou renunciando a posição de líder da legenda após esse resultado insatisfatório.[20] Mas o partido não aceitou sua renúncia e ele manteve seu posto de liderança.[21] Farage, contudo, renunciou mais uma vez a posição novamente em julho de 2016 após o referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia. Ele foi substituído por Paul Nuttall. O UKIP apoiou fortemente a saída do país da UE.[22]

Segundo analistas políticos e pesquisas de opinião, era previsto que o UKIP viria forte nas eleições parlamentares de 2015 no Reino Unido. A força do partido frente a opinião pública vinha aumentando consideravelmente nos últimos anos e acreditava-se que se tornaria a terceira maior força no cenário político britânico ainda naquela década.[23] Contudo, o resultado no pleito de 2015 foi considerado insatisfatório com apenas um parlamentar sendo eleito. Mas, no geral, recebeu 3,8 milhões de votos, se tornando o terceiro partido mais votado no Parlamento britânico. Porém, nas eleições de 2017, o poder do UKIP na vida política britânica declinou consideravelmente. O partido não conseguiu eleger um único Parlamentar e viu o número de votos populares recebidos cair drasticamente, forçando seu então líder, Paul Nuttall, a renunciar.[24] Nas eleições de 2019 para o Parlamento Europeu, o UKIP recebeu apenas 3,3% dos votos e não conseguiu eleger ninguém.[25] Já nas eleições locais no Reino Unido, cerca de 80% dos membros do partido que tinham assento nos conselhos regionais acabaram perdendo seus cargos nas urnas, marcando o acentuamento da declínio em popularidade da legenda.[26] Muitos dos seus membros acabaram desertando o partido, se tornando independentes ou indo para outras legendas, como os Conservadores ou o Partido Brexit (este último fundado pelo ex líder do UKIP, Nigel Farage). Muitos dos que deixaram o UKIP, como Farage, afirmaram que o fizeram pois o partido estava desviando muito do seu propósito inicial (defender a autonomia política e econômica do Reino Unido), e estava dando muita voz aos seus extremistas, como, por exemplo, segundo Farage, havia uma enorme fixação com o "anti-islamismo".[27]

Embora, no começo da década de 2010, estivesse crescendo em popularidade entre os eleitores britânicos, a visão geral do partido é extremamente polarizada. Cientistas políticos afirmam que a principal base eleitoral do UKIP está na Inglaterra, mais especificamente na classe trabalhadora branca e pessoas de idade avançada. O UKIP é frequentemente criticado pela grande mídia e por vários partidos políticos (independente do espectro político), além de grupos de direitos humanos e movimentos anti-fascistas. O partido tem sido descrito como racista e xenófobo, alegações que eles negam com veemência.[28][29][30]

Resultados eleitorais

Eleições legislativas

Mais informação Data, CI. ...
Data CI. Votos % +/- Deputados +/- Status
1997 11.º 105 722
0,3 / 100,0
0 / 659
Extra-parlamentar
2001 5.º 390 563
1,5 / 100,0
Aumento1,2
0 / 659
Estável Extra-parlamentar
2005 4.º 605 973
2,2 / 100,0
Aumento0,7
0 / 646
Estável Extra-parlamentar
2010 4.º 919 471
3,1 / 100,0
Aumento0,9
0 / 650
Estável Extra-parlamentar
2015 3.º 3 881 099
12,7 / 100,0
Aumento9,6
1 / 650
Aumento1 Oposição
2017 5.º 593 852
1,8 / 100,0
Baixa10,9
0 / 650
Baixa1 Extra-parlamentar
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Eleições europeias

Mais informação Data, CI. ...
Data CI. Votos % +/- Deputados +/-
1994 7.º 150 251
1,0 / 100,0
0 / 87
1999 4.º 696 057
7,0 / 100,0
Aumento6,0
3 / 87
Aumento3
2004 3.º 2 650 768
16,1 / 100,0
Aumento9,1
12 / 78
Aumento9
2009 2.º 2 498 226
16,6 / 100,0
Aumento0,5
13 / 72
Aumento1
2014 1.º 4 376 635
26,6 / 100,0
Aumento10,0
24 / 73
Aumento11
2019 8.º 554 463
3,2 / 100,0
Baixa23,4
0 / 73
Baixa24
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Referências

  1. Hunt, Alex. «How UKIP became a British political force». BBC News. Consultado em 11 de outubro de 2014
  2. Abedi & Lundberg 2009, p. 72; Jones 2011, p. 245; Dolezal 2012, p. 142; Liebert 2012, p. 123; Art 2011, p. 188; Driver 2011, p. 149.
  3. Walker, Peter; Halliday, Josh (3 de março de 2019). «Revealed: Ukip membership surge shifts party to far right». The Guardian. Consultado em 21 de março de 2019
  4. Goodwin, Matthew (3 de fevereiro de 2019). «Angry Brexiteers are splitting into factions as Ukip is taken over by far-right extremists». The Times. Consultado em 21 de março de 2019
  5. Audickas, Lukas; Dempsey, Noel; Keen, Richard (3 de setembro de 2018). «Membership of UK political parties»
  6. «UKIP leader joins Marine Le Pen's far-right EU group». The Local (em inglês). 16 de janeiro de 2019. Consultado em 31 de janeiro de 2019
  7. Fieschi, Catherine (15 de junho de 2004). «The new avengers». The Guardian. Londres: Guardian News & Media. Consultado em 13 de novembro de 2008
  8. «Constitution of the UK Independence Party». Consultado em 23 de maio de 2014. Objectives: 2.5 The Party is a democratic, libertarian Party
  9. «What UKIP victory means». BBC. Consultado em 30 de maio de 2014
  10. Sam McBirde, "McNarry set to join UKIP", Belfast Newsletter, 4 de outubro de 2012
  11. Watt, Nicholas (3 de maio de 2013). «Ukip will change face of British politics like SDP, says Nigel Farage». The Guardian. Londres
  12. «Profile: Nigel Farage». BBC News. Consultado em 10 de setembro de 2013
  13. "UKIP Rejects Nigel Farage's Resignation". Página acessada em 12 de maio de 2015.
  14. "No exaggeration: Ukip is now a force to reckon with". Página acessada em 11 de outubro de 2014.
  15. «The UK's European elections 2019». BBC News. BBC. Consultado em 27 de maio de 2019
  16. «Ukip loses 80% of council seats in local election hammering after lurch to far-right». The Independent. 3 de maio de 2019. Consultado em 22 de agosto de 2019
  17. «Nigel Farage quits Ukip over its anti-Muslim 'fixation'». The Guardian. Consultado em 23 de agosto de 2019
  18. Tournier-Sol, Karine (2015). «Reworking the Eurosceptic and Conservative Traditions into a Populist Narrative: UKIP's Winning Formula?». Journal of Common Market Studies. 53 (1): 140–56. doi:10.1111/jcms.12208
  19. Deacon, David; Wring, Dominic (2016). «The UK Independence Party, Populism and the British News Media: Competition, Collaboration or Containment?». European Journal of Communication. 31 (2): 169–84. doi:10.1177/0267323115612215
  20. Dye, Daniel T. (2015). «Britain's Nationalist Moment: The Claims-Making of the SNP and UKIP» (PDF). Political Studies Association

Ligações externas

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