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povo indígena Paresí Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Os parecis ou paresí (autodenominados Halíti ou Arití )[3] são um grupo indígena que habita as Áreas Indígenas Capitão Marcos/Uirapuru, Estação Parecis, Estivadinho, Figueiras, Juininha, Ponte de Pedra, Rio Formoso, Umutina, Utiariti e Reserva Indígena Pareci, no oeste do estado de Mato Grosso, no Brasil. Sua língua, a língua pareci, pertence ao tronco linguístico aruaque[4].
Parecis |
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População total |
2 138 (Siasi, Sesai/2014)[1] |
Regiões com população significativa |
Mato Grosso, no Brasil |
Línguas |
pareci (dialetos Wáymare, Kozárene, Kaxínti ou Kazíniti, Warére e Káwali) língua portuguesa[2] |
Religiões |
Os primeiros contatos dos parecis com os não índios datam do século XVII. Desde então, esses contatos vêm se intensificando, o que redundou, muitas vezes, em destruição material e cultural para os parecis. Autodenominados "Halíti" (termo que significa, na língua pareci, "gente, povo"), eles foram denominados como "pareci" (termo que não pertence à língua pareci) pelo bandeirante Antônio Pires de Campos na década de 1720.[5]
No início do século XIX, os parecis forneceram mão de obra para o ciclo da borracha. Em 1908, Cândido Rondon, que supervisionava a implantação da linha telegráfica na região, entrou em contato com os parecis.[6] Em 1930, foi criada a Missão de Utiariti. Atualmente, a etnia luta para preservar sua cultura, bem como procura preservar suas terras e criar novas formas de geração de renda, como o artesanato voltado para a venda externa, por exemplo.[1]
Os parecis celebram regularmente as "festas da chicha", nas quais é consumido o olóniti, uma bebida alcoólica feita a partir de polvilho torrado da mandioca-brava, e nas quais se dança e se cantam os mitos parecis.[7] A principal cultura agrícola dos parecis é a mandioca-brava. Também se praticam a pesca, a caça e a coleta. Já antes do contato com os não índios, os parecis já haviam domesticado as abelhas: eles as guardavam em um pote com dois furos, sendo que um dos furos era reservado à entrada e saída das abelhas, e o outro furo, mantido vedado com cera, era utilizado somente para a retirada dos favos. Atualmente, os parecis criam cães, galinhas, porcos e patos.[8]
Antigamente, na "casa dos homens", local reservado aos parecis adultos, estes consumiam chicha e carne para, simbolicamente, apaziguar a sede e a fome de uma serpente mitológica.[9] Antigamente, os homens parecis se vestiam apenas com um protetor para o pênis, enquanto que as mulheres parecis usavam uma saia curta de algodão, um avental e uma touca.[10] Os parecis praticam o zikonahiti, um jogo de apostas com uma bola feita de mangaba.[11]
Os Paresís influenciaram muitos topônimos atuais no seu território tradicional, como serra dos Parecis, Parecis e Campo Novo do Parecis.
Há 6 terras indígenas aprovadas e designadas para o povo Paresí, 1 terra indígena que é compartilhada entre os Paresís e vários outros povos, e 3 terras indígenas adicionais que foram declaradas, mas ainda não homologadas.
A área total das 6 terras indígenas destinadas aos Paresís é de 10 734,88 km². Elas contêm uma população combinada de 2330 habitantes. Elas consistem no seguinte:
A seguir está a terra indígena compartilhada:
A seguir estão as terras indígenas que foram declaradas, mas ainda não homologadas (População combinada: 515) (Área combinada: 413,99 km²):
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