Oberon (satélite)
Satélite natural de Urano / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Oberon (também designado Urano IV) é um dos cinco grandes satélites de Urano, com um diâmetro de 1 520 quilômetros. É o segundo maior e o segundo mais massivo dos satélites do planeta, e o nono mais massivo do Sistema Solar. Foi descoberto junto com Titânia em 1787, por William Herschel, e recebeu o nome do rei das fadas que apareceu como um personagem na obra Sonho de uma Noite de Verão, de Shakespeare. Está a uma distância média de 583 500 quilômetros de Urano, sendo o mais externo dos grandes satélites do planeta, e possui uma órbita regular pouco excêntrica e inclinada.
Oberon | |
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Satélite Urano IV | |
Oberon fotografado pela sonda Voyager 2 em 1986[nota 1] | |
Características orbitais[1][nota 2] | |
Semieixo maior | 583 500 km |
Excentricidade | 0,0014 |
Período orbital | 13,46 d |
Velocidade orbital média | 3,15 km/s |
Inclinação | 0,058° (com equador de Urano) ° |
Argumento do periastro | 104,400° |
Longitude do nó ascendente | 279,771° |
Características físicas[nota 2] | |
Diâmetro médio | 1522,4 ± 5,2 km[2] |
Área da superfície | 7 285 000 km² |
Volume | 1 849 000 000 km³ |
Massa | (3,014± 0,075) ×107001210000000000000♠21[3] kg |
Densidade média | 1,63 ± 0,05[3] g/cm³ |
Gravidade superficial | 0,346 m/s2 |
Período de rotação | rotação sincronizada (presumida)[4] |
Velocidade de escape | 0,727 km/s |
Albedo | 0,31 (geométrico) 0,14 (Bond)[5] |
Temperatura | 70–80 K[6] |
Magnitude aparente | 13,7 (oposição)[7] |
Oberon é constituído aproximadamente de quantidades iguais de rocha e gelo, e provavelmente é diferenciado em um núcleo rochoso e um manto de gelo. Uma camada de água líquida pode existir na divisa entre o manto e o núcleo. Sua superfície, que é escura e de coloração levemente avermelhada, é coberta por numerosas crateras de impacto, sendo a superfície com mais crateras entre os grandes satélites de Urano. Além das crateras, Oberon possui um sistema de cânions (chamados de chasmata), de natureza tectônica, provavelmente formado por expansão da crosta durante o começo da evolução do Sistema Solar.
Como todas as outras grandes luas de Urano, Oberon provavelmente se formou a partir do disco de acreção em volta do planeta logo após sua formação. O sistema uraniano só foi estudado de perto uma vez, pela sonda espacial Voyager 2 em janeiro de 1986. Ela tirou várias fotos de Oberon, que permitiram o mapeamento de cerca de 40% de sua superfície.