O Cavaleiro, a Morte e o Diabo (Dürer)
gravura de Albrecht Dürer / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
O Cavaleiro, a Morte e o Diabo (em alemão: Ritter, Tod und Teufel), originalmente intitulado Cavaleiro (Reiter), é uma calcogravura datada de 1513 do mestre alemão Albrecht Dürer e cuja melhor cópia existente se encontra no Metropolitan Museum of Art, em Nova Iorque.
O Cavaleiro, a Morte e o Diabo | |
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Autor | Albrecht Dürer |
Data | 1513 |
Técnica | calcogravura |
Dimensões | 24,5 cm × 19,1 cm |
Localização | Metropolitan Museum of Art, Nova Iorque |
É uma das três Meisterstiche (gravuras principais), juntamente com São Jerónimo no estúdio e Melancolia I, estas de 1514, concluídas num período em que Dürer quase deixou de trabalhar em pintura ou xilogravura para se concentrar em calcogravuras.[1] A gravura está impregnada de iconografia e simbologia complexas cujo significado preciso vem sendo discutido há séculos.
Ainda que não apresente simbologia cristã explicitamente, a gravura parece invocar o Salmo 23 da Bíblia (Salmos 23:4): "Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, Não recearei mal algum, porque tu és comigo: O teu cajado e o teu bordão, eles me confortam.[1]
Um cavaleiro de armadura montado num garboso cavalo avança acompanhado por um cão no fundo de um desfiladeiro sendo ladeado por um demónio com cabeça de bode e pela figura da morte que monta um cavalo cansado. O corpo apodrecido da morte segura uma ampulheta para lembrar ao cavaleiro a finitude da vida. O cavaleiro avança ignorando ou desviando o olhar das criaturas que espreitam em volta dele, parecendo desdenhar das ameaças, o que é tido com frequência como um símbolo de coragem.[2]
A gravura foi mencionada por Giorgio Vasari como uma das "várias folhas de tal excelência que nada mais fino pode ser alcançado".[3] Foi amplamente copiado e teve uma grande influência sobre escritores alemães posteriores. O filósofo Friedrich Nietzsche referiu-se à gravura na sua obra sobre a teoria dramática O Nascimento da Tragédia (1872) para exemplificar o pessimismo.[4]