Mártires de Córdova
De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Os mártires de Córdova foram quarenta e oito mártires cristãos que viviam no emirado muçulmano de Al-Andalus no século IX. As suas hagiografias, registadas por Eulógio de Córdova, entre 851 e 859, após a invasão muçulmana da Península Ibérica, descrevem com detalhe como as execuções foram provocadas, na sua grande maioria, pelos mártires que de forma deliberada buscavam o seu sacríficio e consequentemente martírio,[1] através de actos que violavam a Xaria do emirado de Córdova e eram condenados com penas capitais.[2] Considerados fanáticos religiosos por Recafredo, bispo de Córdova, muitos foram encorajados pelo monge Eulógio a provocar as autoridades islâmicas e se entregarem às cortes para morrer como forma de provar e reforçar a sua fé cristã.[3]
Mártires de Córdova | |
---|---|
Arca com as relíquias dos mártires na Igreja de São Pedro, em Córdova | |
Mártires | |
Morte | Entre 850 e 859 Córdova, Emirado de Córdova (atual Espanha) |
Veneração por | Igreja Católica; Igreja Ortodoxa |
Principal templo | Igreja de São Pedro, em Córdova, Espanha |
Portal dos Santos |
Com poucas exceções, a maioria dos mártires eram cristãos, existindo no entanto alguns casos onde muçulmanos convertidos denunciaram Maomé, renunciarando à sua fé (um ato considerado blasfémia), ou outros, nascidos de casamentos entre muçulmanos e cristãos, que publicamente declaravam a sua fé no cristianismo, sendo acusados de apostasia.[4]