Mário de Azevedo Gomes
botânico português Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Mário de Azevedo Gomes (Angra do Heroísmo, 22 de dezembro de 1885 — Lisboa, 12 de dezembro de 1965) foi um silvicultor, botânico, professor universitário e político português. Entre outras funções de relevo foi responsável pelo ministério da Agricultura de 24 de dezembro de 1923 a 28 de fevereiro de 1924.[1]
Mário de Azevedo Gomes | |
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Nascimento | 22 de dezembro de 1885 Angra do Heroísmo |
Morte | 12 de dezembro de 1965 (79 anos) Lisboa |
Nacionalidade | Português |
Cônjuge | Cristina Leopoldina Sousa de Menezes Marcellin Chambica (1891-1982, 7 filhos) |
Ocupação | Silvicultor, botânico, professor universitário e político |
Principais trabalhos | A importância das precipitações devidas ao nevoeiro em regiões costeiras arborizadas : estudo de clima local realizado no Parque da Pena, Sintra (1957) |
Mário de Azevedo Gomes foi filho do comandante Manuel de Azevedo Gomes e de sua esposa Alice Hensler, a filha de Elise Hensler, a condessa de Edla.
Licenciou-se em Engenharia Agronómica em 1907, enveredando por uma carreira na área da silvicultura e da investigação e docência universitária.[2]
Foi admitido como docente do Instituto Superior de Agronomia em 1914, exercendo funções docentes até 1946. Voltou à docência em 1951, jubilando-se em 1955.
Foi fundador e primeiro diretor da Estação Agrícola Nacional e dirigiu os programas de extensão rural, então designados por instrução agrícola, entre 1919 e 1925.
Entre dezembro de 1923 e fevereiro de 1924, foi ministro da Primeira República Portuguesa, integrando o executivo presidido por Álvaro de Castro.
Após o Golpe de 28 de Maio de 1926 aderiu à oposição democrática, sendo uma das figuras mais ilustres da oposição anti-salazarista.
Foi colaborador da Seara Nova e membro da Comissão Central do Movimento de Unidade Democrática (MUD), à qual presidiu. Em 1946, foi-lhe instaurado um processo disciplinar por ter redigido um manifesto crítico sobre o posicionamento de Portugal face à Organização das Nações Unidas (ONU), de que resultou a sua demissão do lugar de professor da Universidade Técnica de Lisboa. Foi readmitido em 1951, jubilando-se em 1955.
Em 1948, já depois da extinção do MUD, presidiu à comissão central da candidatura a Presidência da República o general Norton de Matos.
Foi o primeiro subscritor do Programa para a Democratização da República (1961), um manifesto da oposição democrática assinado por outras figuras de grande prestígio nacional, entre as quais Jaime Cortesão.
Na década de 1950 elaborou vários estudos sobre os solos, clima e aspetos florestais do Parque da Pena, em Sintra.
Colaborou na revista Lusitânia [3] (1924-1927).
Casou em Sintra com Cristina Leopoldina Sousa de Menezes Marcellin Chambica (1891-1982), com quem teve 7 filhos.
A 30 de junho de 1980, foi agraciado, a título póstumo, com o grau de Grande-Oficial da Ordem da Liberdade.[4]
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