Mulheres na Alemanha Nazista
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As mulheres na Alemanha Nazista estavam sujeitas às doutrinas do Nazismo pelo Partido Nazi (NSDAP), sendo excluídas da vida política activa da Alemanha, tal como dos corpos executivos e comissões executivas.[1][2] Embora o Partido Nazista tivesse decretado que as "mulheres não podiam ser admitidas nem como executivas do partido, nem na Comissão Administrativa",[2] tal não evitou que várias mulheres se tornassem membros do partido. A doutrina nazista dava ênfase ao papel do homem alemão, destacando as suas capacidades de combate e a camaradagem entre si.[3]
As mulheres viviam num regime caracterizado por uma política confinada ao papel de esposa e mãe, e excluindo-as de todas as posições de responsabilidade, em particular nas esferas política e académica. As políticas nazistas contrastam fortemente com a evolução da emancipação durante a República de Weimar, sendo mesmo diferente da atitude patriarcal e conservadora do Império Alemão. O posicionamento das mulheres no centro de organizações-satélite do Partido Nazista, como a Bund Deutscher Mädel ou a NS-Frauenschaft, tinha o objectivo último de motivar a coesão da "comunidade do povo" (Volksgemeinschaft).
Em primeiro lugar, na doutrina nazista que dizia respeito às mulheres, estava a noção da maternidade e procriação para aquelas na idade fértil.[4] A mulher-modelo nazista não tinha uma carreira, mas era responsável pela educação dos seus filhos e pelo cuidar da casa. As mulheres apenas podiam ter formação no que dizia respeito às tarefas domésticas, e foram ficando, ao longo do tempo, restringidas de ensinar nas universidades, de profissões médicas e de assumir cargos em posições políticas dentro do NSDAP.[5] Muitas restrições foram levantadas à medida que o esforço de guerra do regime assim o exigia. À excepção da Reichsführerin Gertrud Scholtz-Klink, mais nenhuma mulher teve permissão para ter funções oficiais, apesar de algumas excepções surgidas no regime, fosse pela proximidade a Adolf Hitler, como Magda Goebbels, ou por sobressaírem nas suas profissões como a realizadora cinematográfica Leni Riefenstahl ou a piloto-aviadora Hanna Reitsch.
Apesar de muitas mulheres terem tido um papel muito importante no centro do sistema nazista ou de terem ocupado lugares centrais nos campos de concentração nazistas,[6] algumas entraram para resistência alemã, morrendo ao seu serviço, como Libertas Schulze-Boysen ou Sophie Scholl.