Mosteiro de Santo Domingo de Silos
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O Mosteiro de Santo Domingo de Silos é uma abadia beneditina localizada no município de Santo Domingo de Silos, na província de Burgos. Seu claustro é uma das obras-primas do românico espanhol.
Mosteiro de Santo Domingo de Silos | |
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Claustro do Mosteiro | |
Informações gerais | |
Tipo | abadia beneditina, Monumentos do patrimônio histórico da Espanha |
Estilo dominante | Gótico |
Início da construção | Século VII |
Fim da construção | Século XVIII |
Religião | Catolicismo |
Diocese | Arquidiocese de Burgos |
Ano de consagração | 1088 (936 anos) |
Página oficial | www |
Geografia | |
País | Espanha |
Localização | Santo Domingo de Silos |
Região | Burgos |
Coordenadas | 41° 57′ 43″ N, 3° 25′ 09″ O |
Localização em mapa dinâmico |
O mosteiro, ainda que não em sua atual configuração, remonta à época visigótica, no século VII. No século X, chamado ainda de San Sebastián de Silos, e em especial durante o período em que o conde Fernão Gonçalves governou Castela, de 930 a 970, a comunidade monástica voltou a ressurgir, alcançando uma pujante atividade, para novamente decair nos anos seguintes.
Em 1002, o mosteiro se encontrava arruinado e maltratado. Em 1041, São Domingo de Silos,[1] o prior do mosteiro de San Millán de la Cogolla, se refugiou em Castela, fugindo do rei de Navarra, e foi bem recebido pelo monarca castelano Fernando I, que lhe confiou a missão de restabelecer o antigo esplendor do mosteiro. Foi nomeado abade de Silos e, em trinta e dois anos, ajuda a levantar os edifícios do mosteiro. São Domingo de Silos morreu em 20 de dezembro de 1073 e foi canonizado em 1076. Sua tumba, em Silos, imediatamente vira centro de peregrinação.[2]
O claustro de Silos tem planta dupla, sendo a inferior a mais antiga e a de maior mérito. Forma um quadrilátero de lados ligeiramente desiguais, sendo que o lado menor mede trinta metros, e o maior 33,12 metros. Os lados norte e sul apresentam 16 arcos, e os lados leste e oeste apenas 14.
A farmácia do mosteiro foi construída em 1705, e dispunha de jardim botânico próprio, de laboratório farmacêutico e de uma biblioteca especializada. Desta se conservam uns 400 volumes, editados entre os séculos séculos XVI e XIX. Também estão guardados várias centenas de jarros de louça que eram utilizados como recipientes de produtos medicinais.
Em 1835, o Mosteiro foi obrigado a fechar devido a pressões políticas e sua biblioteca foi violada e muitos dos manuscritos e livros perdidos. Em 1880, um grupo de monges da Abadia de Solesmes, França, reivindicou o Mosteiro, re-estabeleceram a ordem e refundaram o coral e, por volta de 1888, já haviam conseguido recuperar 14 dos 20 manuscritos desviados em 1835.[3][2]
Em uma antiga sala do mosteiro está localizado o museu, que conta com uma importante coleção de obras de arte relacionadas com o próprio mosteiro, e que inclui pintura, ourivesaria, escultura e esmaltes, além de fragmentos de um Beatus do Século X e alguns fragmentos de manuscritos visigodos.[4]
A partir da segunda metade do século XX, o mosteiro ganhou destaque mundial com as gravações de canto gregoriano de seus monges.[5] O álbum Canto, lançado pela gravadora EMI em 1994, vendeu 700 mil cópias ao redor do mundo.[6] Canções do álbum figuraram entre as cinco mais pedidas nas paradas de sucesso das rádios nos Estados Unidos em meados dos anos 90.[7] Atualmente os monges do mosteiro continuam a gravar e lançar álbuns, não só de canto gregoriano, como também de outros estilos de cantos medievais, como o Moçárabe, contido no álbum El Canto Gregoriano en el Camino de Santiago, de 2016, lançado pela gravadora Warner Classics.[8]
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