Missa baixa
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A Missa baixa (chamado em latim, Missa Lecta, que literalmente significa "Missa lida")[1][2][3] é uma Missa Tridentina definida oficialmente no Código de rubricas incluído na edição de 1962 do Missal Romano, como a Missa em que o sacerdote não canta as partes que as rubricas atribuem a ele,[4] bem como não possuí assistência de diácono e subdiácono. Nos países lusófonos é normalmente chamada de "Missa Rezada".
O Código de Rubricas distingue ainda outros dois tipos de Missa, a Missa Solene se é celebrada com assistência de diácono e subdiácono, ou uma Missa cantata, caso o padre cante as partes da missa que as rubricas atribuem a ele, porém sem a assistência do diácono e subdiácono.[5] Na missa baixa o celebrante além de rezar sua parte, reza todos os outros formulários da missa. Nela um servidor recita a parte do coro e de todos os outros ministros.
O termo "Missa privada" (em latim, Missa privata ou secreta, familiaris, peculiaris)[6] é atualmente compreendida como a Missa sem uma congregação, anteriormente porém significava o mesmo que Missa Baixa.[7][8][9] Em edições do Missal Romano anteriores a 1962, o termo "Missa privata" ainda era contrastado com "Missa Solemnis". Em 1960, o Papa João XXIII, que, em 1962, removeu do Missal Romano, a seção intitulada "Rubricae generales Missalis", substituindo-o com o seu "Código de rubricas", considerou que o uso do termo "Missa privata" era incorreto pois: "O sacrifício mais sagrado da missa celebrada segundo o rito e os regulamentos é um ato de culto público oferecido a Deus em nome de Cristo e da Igreja, portanto, do termo "missa privada" deve ser evitado".[10] Quando aplicado à missa Baixa, em geral, a palavra "privata" indicava que essa forma de missa era privada de certas cerimônias.[11]
O incenso na Missa baixa não é usado, e o beijo da paz é omitido. As respostas (em latim) são normalmente dadas por um ou mais servidores. A Missa baixa, é celebrada exatamente da mesma forma se uma congregação está presente ou não, e foi a forma mais comum da missa antes de 1969. Na edição de 1970 do Missal Romano uma distinção[12] foi feita entre a Missa celebrada com uma congregação e a missa celebrada sem congregação.[13] Tal distinção não foi feita nas anteriores edições do Missal Romano, que só distinguia entre a missa solene e a missa Baixa (chamando a última de Missa Lecta ou, como no Rubricae generales Missalis, incluído no Missal antes de 1962, de Missa privata).
A expressão "Missa Baixa" é usado às vezes também por cristãos não em comunhão com a Santa Sé para uma forma, não cantada, mas apenas rezada de suas próprias celebrações eucarísticas.[14]