Mesquita de Al-Aqsa
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A Mesquita de Al-Aqsa situa-se na cidade de Jerusalém, mais concretamente na área da Cidade Antiga, na parte sul do Haram al-Sharif (o "Nobre Santuário"), terceiro local sagrado para o islão, depois de Meca e Medina (o judaísmo designa este espaço por Har ha-Bayit, Monte do Templo). É a maior mesquita de Jerusalém, tendo capacidade para receber cerca de cinco mil pessoas.
Este artigo não cita fontes confiáveis. (Julho de 2014) |
Estilo | |
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Estatuto patrimonial | |
Altura |
37 m |
Comprimento |
80 m |
Largura |
55 m |
Área |
4 500 m2 |
Localização | |
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Coordenadas |
O nome Mesquita de Al-Aqsa traduz-se como "a mesquita distante" e alude a uma passagem do Alcorão na qual se descreve uma viagem nocturna do profeta Muhammad (Maomé) desde Meca à "mesquita distante" (al-masjid al-aqsa). Esta viagem é conhecida como Isra e embora não seja mencionada no Alcorão o nome de Jerusalém, as tradições islâmicas posteriores identificaram o local como o Monte do Templo em Jerusalém. De acordo com a visão islâmica, a partir deste ponto Muhammad ascendeu ao céu (a Miraj) onde dialogou com profetas como Moisés antes de se encontrar com Deus.
A estrutura atual da mesquita é, no essencial, do século XI. A planta corresponde a de uma basílica com uma nave central ladeada por seis naves laterais. Não possui o habitual pátio das mesquitas, onde se realizam as abluções. A cúpula do edifício está folheada a prata.
A mesquita está localizada na parte sul do Monte do Templo ou Haram al-Sharif, um recinto ampliado pelo rei Herodes, o Grande, a partir de 20 a.C. durante a reconstrução do Segundo Templo Judaico[1]. A mesquita fica em uma plataforma artificial sustentada por arcos construídos pelos engenheiros de Herodes para superar as difíceis condições topográficas resultantes da expansão do recinto em direção ao sul, nos vales de Tyropoeon e Kidron[2]. Durante o final do período do Segundo Templo, o local atual da mesquita era ocupado pela Estoa Real, uma basílica que percorria a parede sul do recinto[2]. A Estoa Real foi destruída junto com o Templo durante o cerco de Jerusalém pelos romanos em 70 d.C.
A mesquita foi mandada construir pelo califa omíada Abedal Maleque ibne Maruane (que também ordenou a construção do Domo da Rocha) no final do século VII. Sobre o local onde foi construída já existia uma pequena mesquita do tempo do califa Omar. Em 705, no tempo do califa Ualide I, a mesquita já se encontra pronta.
Em 748, um sismo destruiria a mesquita, que foi reconstruída pelos califas abássidas, Almançor e Almadi. Um novo abalo de terra em 1033 danificou de novo a estrutura, que foi reconstruída dois anos depois pelo califa fatímida Ali Azair.
Durante o período do reino de Jerusalém, a estrutura serviu como palácio real e mais tarde como quartel general dos Cavaleiros Templários. Quando Saladino conquistou Jerusalém, o espaço retornou às suas funções de mesquita. Saladino ofereceu à mesquita um mirabe (nicho das orações) ricamente decorado, assim como um mimbar (púlpito) de madeira de cedro.
Entre 1938 e 1942, a mesquita foi alvo dos últimos grandes trabalhos de restauração e continua sendo até hoje. O italiano Benito Mussolini ofereceu colunas de mármore de Carrara. Em 1969, o turista cristão australiano Dennis Michael Rohan lançou fogo à mesquita, provocando grandes danos, como a destruição do mimbar doado por Saladino.
Esta mesquita, bem como o Domo da Rocha, tornou-se um dos símbolos do movimento nacionalista palestiniano. Quando o estado de Israel conquistou Jerusalém Oriental em 1967, procedendo à reunificação da cidade, manteve a administração da mesquita nas mãos dos muçulmanos.
Os muçulmanos que residem em Israel ou que visitam o país e os palestinos que vivem em Jerusalém Oriental normalmente têm permissão para entrar no Monte do Templo e orar na Mesquita de al-Aqsa sem restrições[3]
Até 2000, os visitantes não muçulmanos podiam entrar na Mesquita de Aqsa obtendo um ingresso do Waqf. Esse procedimento foi encerrado com o início da Segunda Intifada. Mais de duas décadas depois, o Waqf ainda espera que as negociações entre Israel e a Jordânia possam resultar na permissão da entrada de visitantes mais uma vez.[4]