Mateus 5
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Mateus 5 é o quinto capítulo do Evangelho de Mateus no Novo Testamento da Bíblia. Ele contém a primeira parte do Sermão da Montanha, que tomará também o capítulo seguinte e metade do capítulo sete. Partes do discurso são similares ao chamado Sermão da Planície em Lucas 6, mas muito só é encontrado em Mateus.
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Séc. XX. Vitral de Frederick S. Lamb (1863-1928) na Stanford Memorial Church, nos Estados Unidos.
Na divisão proposta por John Wesley do Sermão, o capítulo cinco delineia os princípios éticos dos verdadeiramente religiosos e é, por isso, um dos mais discutidos e analisados capítulos do Novo Testamento. Kissinger relata que, entre os primeiros cristãos, nenhum outro capítulo era tão citado quanto este e o mesmo continua verdadeiro até hoje. Na Idade Média, uma interpretação foi proposta afirmando que este capítulo só se aplicava a um grupo seleto e não à população toda. Martinho Lutero, numa discussão sobre Mateus 5, criticou duramente a interpretação católica, afirmando que "este quinto capítulo caiu nas mãos de porcos e asnos vulgares, os juristas e sofistas, a mão direita de um burro de carga de um papa e seus mamelucos".[1]
A fonte de Mateus 5 é incerta. É possível identificar um punhado de paralelos com o Evangelho de Marcos e um número maior em relação ao Sermão da Planície do Evangelho de Lucas. Para os que acreditam na hipótese das duas fontes, seria isto um indicativo de que a maior parte do texto teria vindo da fonte Q. Porém, McArthur[2] lembra que os paralelos com Lucas tendem a ser muito tênues. Há ainda um número considerável de versículos que não tem paralelo em nenhum outro lugar e, por isso, MacArthur teoriza que haveria um passo a mais entre as fontes utilizadas por Mateus e Lucas do que o habitual.