Loading AI tools
Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Martina foi uma imperatriz-consorte bizantina, segunda esposa de Heráclio. Ela era filha de Maria, irmã de Heráclio, e de um tal Martinho[1]. Maria era filha de Heráclio, o Velho, com sua esposa Epifânia, conforme o relato na crônica de Teófanes, o Confessor.
Martina | |
---|---|
Augusta | |
Imagem da imperatriz num manuscrito iluminado, hoje presente na Biblioteca Nacional Vítor Emanuel III, em Nápoles. | |
Imperatriz-consorte bizantina | |
Reinado | 613 - 11 de fevereiro de 641 |
Consorte | Heráclio |
Antecessor(a) | Fábia Eudócia |
Sucessor(a) | Gregória |
Floruit | 613-641 |
Morte | Rodes |
Pai | Martinho |
Mãe | Maria |
Filho(s) | Constantino Fábio Teodósio Heraclonas Davi (Tibério) Marino Augustina Martina Febrônia |
Fábia Eudócia, a primeira esposa de Heráclio, morreu em 13 de agosto de 612 e, de acordo com o Chronographikon syntomon, do patriarca Nicéforo I de Constantinopla, a causa foi epilepsia.
De acordo com Teófanes, Martina se casou com o tio materno não muito depois, datando a cerimônia no ano de 613 no máximo. Porém, Nicéforo afirma que o casamento ocorreu durante as guerras com os ávaros eurasianos que ocorreram na década de 620.
O casamento foi considerado ilegal por estar dentro dos graus proibidos de parentesco de acordo com as regras cristãs sobre o incesto. Apesar da ilegalidade e das tentativas de convencer Heráclio a repudiar a esposa, o patriarca de Constantinopla Sérgio I realizou a cerimônia e coroou Martina no Augusteu depois que ela foi proclamada augusta por Heráclio. Até mesmo os membros da família imperial deixaram claras as sua objeções, principalmente o irmão de Heráclio (e tio de Martina), Teodoro, continuamente criticando a relação.
O casal era muito próximo: Martina acompanhava o marido em suas campanhas mais difíceis contra o Império Sassânida e estava ao seu lado em Antioquia quando as notícias chegaram sobre uma séria derrota frente aos árabes no rio Jarmuque em agosto de 636.
Em seu leito de morte, em 641, Heráclio deixou o império para dois de seus filhos, Heráclio Constantino (como Constantino III) e Heraclonas (como Heráclio II), concedendo-lhes a mesma dignidade. Martina deveria ser honrada como imperatriz-mãe de ambos. O imperador morreu em 11 de fevereiro de um edema. Nicéforo acreditava que a morte havia sido uma punição divina pelo casamento pecaminoso. Três dias depois, Martina tomou a iniciativa de anunciar o conteúdo do testamento de Heráclio numa cerimônia pública. A autoridade para convocar uma cerimônia assim pertencia ao imperador e não à imperatriz, o que demonstra que Martina estava tentando estabelecer sua própria autoridade sobre os dois coimperadores.
A cerimônia foi realizada no Hipódromo de Constantinopla e estavam presentes os membros do Senado bizantino, outros dignatários e a população da cidade. Os dois coimperadores não participaram. Martina leu o testamento e reivindicou a autoridade maior sobre o Império para si, porém a multidão aclamou os nomes dos dois imperadores e não o dela, o que era uma clara rejeição à presunção de Martina, que retornou derrotada para o palácio.
As relações de Martina com o enteado, Constantino, sempre foram difíceis. Quando ele morreu subitamente de tuberculose apenas quatro meses depois, a crença geral era de que a imperatriz o teria envenenado para deixar apenas para Heraclonas o Império. Além disso, ela começou quase que imediatamente a exilar os principais aliados de Constantino e, com a ajuda do patriarca Pirro I de Constantinopla, um de seus aliados, deu nova vida à crença do monotelismo.
Suas ações e os rumores levaram o povo e o Senado a se voltarem contra Martina e o filho Heraclonas. O general armênio Valentino, comandando as tropas da Ásia Menor, marchou até Calcedônia (de frente para Constantinopla, do outro lado do Bósforo) e obrigou o apavorado Heraclonas a nomear Constante II, filho de Constantino, coimperador.
Nem isso, contudo, trouxe a paz e, no final do mesmo mês, o Senado o depôs. Mãe e filho foram mutilados - Heraclonas teve o nariz cortado e Martina, a língua arrancada - e ambos foram exilados para Rodes. Constante II se tornou o único imperador.
Martina e Heráclio tiveram pelo menos dez filhos, dos quais pelo menos dois eram deficientes, o que era visto, na época, como uma punição pelo casamento incestuoso. O nome de alguns é tema de debate:
Martina (imperatriz) Nascimento: fl. 613 Morte: fl. 641 | ||
Títulos reais | ||
---|---|---|
Precedido por: Fábia Eudócia |
Imperatriz-consorte bizantina c. 613–641 |
Sucedido por: Gregória |
Precedido por: Ino Anastácia como imperatriz-mãe viúva |
Imperatriz-mãe do Império Bizantino fev–set de 641
|
Seamless Wikipedia browsing. On steroids.
Every time you click a link to Wikipedia, Wiktionary or Wikiquote in your browser's search results, it will show the modern Wikiwand interface.
Wikiwand extension is a five stars, simple, with minimum permission required to keep your browsing private, safe and transparent.