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Fruto de várias espécies do gênero Passiflora, nativo das zonas tropicais e subtropicais das Américas Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Maracujá (do tupi murukuîá)[1] é um fruto produzido pelas plantas do género Passiflora (essencialmente da espécie Passiflora edulis) da família Passifloraceae. A planta, também conhecida como maracujazeiro, é espontânea nas zonas tropicais e subtropicais da América.
Maracujá | |||||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Passiflora edulis Sims, 1818 |
Cultivada também pela sua flor ornamental (tal como as outras espécies do mesmo género botânico), a Passiflora edulis é cultivada com fins comerciais, devido ao fruto, no Caribe, no sul da Florida e no Brasil, que é o maior produtor - e também consumidor - mundial de maracujá. O maracujá de uso comercial é redondo ou ovoide, amarelo ou púrpura-escuro quando está maduro, e tem uma grande quantidade de sementes no seu interior.
O fruto é utilizado especialmente para produzir suco ou polpa de maracujá, às vezes misturada ao suco de outros frutos, como a laranja. É popularmente conhecido como a fruta da tranquilidade. A flor do maracujá é polinizada principalmente por abelhas grandes, conhecidas popularmente como mamangava.
Quantidade por 100 gramas |
Calorias 97 |
Gorduras Totais 0,7 g |
Gorduras Saturadas 0,1 g |
Gorduras Poliinsaturadas 0,4 g |
Gorduras Monoinsaturadas 0,1 g |
Colesterol 0 mg |
Sódio 28 mg |
Potássio 348 mg |
Carboidratos 23 g |
Fibra Alimentar 10 g |
Açúcar 11 g |
Proteínas 2,2 g |
Vitamina A | 1.272 IU | Vitamina C | 30 mg |
Cálcio | 12 mg | Ferro | 1,6 mg |
Vitamina D | 0 IU | Vitamina B6 | 0,1 mg |
Vitamina B12 | 0 µg | Magnésio | 29 mg |
Este fruto é fonte de vitaminas A, C e do complexo B. Além disso, apresenta boa quantidade de sais minerais (ferro, sódio, cálcio e fósforo).
Sua utilização como sedativo (calmante) é conhecida desde a antiguidade, entretanto essa não é sua única utilização, pois pode ser utilizada como hipnótico, sonífero e tonificante ( DHAWAN, ET., 2004) como veremos adiante. No entanto, o chá de suas folhas deve ser utilizado com cautela, pois elas possuem ácido cianídrico (cianeto), e, desta forma, podem levar a pessoa a um quadro de intoxicação [2]. Experimentalmente verificou que outros animais também podem ser intoxicados devido ao consumo de folhas de certas espécies do gênero Passiflora [3]. Este fato também é evidente devido a algumas borboletas da família Nymphalidae, subfamília Heliconinae, se alimentarem de folhas de maracujá quando em fase larval (lagarta), e sendo imunes ao ácido cianídrico, absorvem e acumulam essa toxina em seu corpo. Assim, mesmo quando atingem a idade adulta (após realizarem a metamorfose e tornarem-se borboletas em si), são impalatáveis para as aves que tentam predá-las [4].
O Óleo de Maracujá tem uma aplicação muito variada na indústria cosmética: cremes, xampus, loções, óleos, sabonetes, etc. O óleo também pode ser usado tanto na alimentação humana e animal, quanto na indústria de tintas, sabões, alimentos e outras.[5]
Enquanto produto cosmético a base de óleo de maracujá, este auxilia na regeneração pós-peeling e ajuda amaciar e hidratar peles secas. Auxilia também na regeneração de peles com estrias e normaliza o conteúdo lipídico alterado. [6]
Produtos a base do óleo do maracujá proporciona sensação relaxante e antiestresse.[7]
Índice | Unidades | Valores de referencia |
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Índices de refração (40 °C) | - | 1,47 |
Índice de Iodo | gl2 | 141 |
Índice de Saponificação | mg KOH\g | 190 |
Densidade (15 °C ) | gr\ltr | 0,92 |
Ponto de fusão | °C | 5 |
Composição acido graxo do óleos de maracujá[8]
Ácidos graxos | Unidade | Composição |
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Ácido palmítico | % peso | 8 - 12 |
Ácido esteárico | %peso | 1,5 - 2,5 |
Ácido oleico | % peso | 13,0 - 18,0 |
Ácido linoleico | % peso | 70 - 77 |
Ácido linolênico | % peso | < 2 |
Saturado | % | 16 |
Insaturado | % | 84 |
As doenças e as pragas que atacam a planta do maracujá provocam prejuízos econômicos expressivos e acarretam maior uso de defensivos agrícolas, além de serem a principal ameaça à expansão e à produtividade dos cultivos de maracujá-azedo e maracujá-doce. Em algumas regiões do Brasil, doenças como a bacteriose (Xanthomonas axonopodis pv. passiflorae), murcha de fusarium (Fusarium oxysporum f. sp. passiflorae), virose do endurecimento do fruto (passion fruit woodiness virus – PWV ou cowpea aphid-borne mosaic virus - CABMV) e a antracnose (Colletotrichum gloeosporioides) têm sido importantes limitadores da produção. Essas doenças são favorecidas por condições edafoclimáticas favoráveis.[9] Inclusive, com o uso inadequado da irrigação.[10]
O Maracujá (termo genérico para diversas espécies das Passifloras) é uma planta medicinal com amplo uso na medicina tradicional ou etnofarmacológicos. Sendo principalmente nas afecões do sistema nervoso, onde encontra-se referência a sua indicação com sedativo, hipnótico, analgésico, antiespasmódico, tranqüilizante, usado nas excitações nervosas, histeria, neurastenia; aplicado como emplastro na cabeça para o alívio de tonturas e dores de cabeça, etc.. Além de outros usos como: diurético ou indicado para asma, icterícia; na forma de emplastros ou loções para as erisipelas e doenças de pele com inflamação; doença relacionada à má digestão e dores de estômago. Inclusive tem sido cogitado ser um alimento funcional. Naturalmente ensaios clínicos devem ser realizados usando uma metodologia adequada para avaliar a eficácia putativa etno tradicional. [11] [12] [13] [14] [15]
Pereira & Vilegas (2000) [16] realizaram uma revisão sobre a farmacologia, toxicologia e constituintes químicos presentes nas folhas das espécies: P. alata, P. edulis fo. flavicarpa, P. edulis fo. edulis e P. incarnata. Uma vasta revisão também foi realizada por Dhawan et al. (2004) [17], descrevendo a ação farmacológica, toxicologia e os constituintes químicos das folhas de várias espécies do gênero Passiflora. Entre seus diversos constituintes os flavonóides e alcalóide indolicos especialmente β-carbolina (harmano, harmina, harmalina) são potencialmente os elementos ativos capazes de explicar seu efeito hipnótico e sedativo contudo os referidos estudos de revisão apontam a necessidade de maiores estudos para identificação precisa desse efeito já registrado desde século XVII na Europa em antigos livros médicos e botânicos. [18] [19] [20] [21]
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