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jogador de basquetebol argentino Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Emanuel 'Manu' David Ginóbili (Bahía Blanca, 28 de julho de 1977) é um ex-basquetebolista argentino que atuava como ala-armador. Defendeu por dezesseis anos a equipe do San Antonio Spurs. É um dos dois únicos jogadores a possuírem títulos da NBA, da Euroliga e dos Jogos Olímpicos (o outro é Bill Bradley).[1] É considerado por muitos um dos melhores estrangeiros da história da NBA[2] e um dos maiores jogadores latino-americanos de todos os tempos.[3][4] Em setembro de 2022 foi introduzido no Hall da Fama do Basquetebol.[5]
Ginóbili em 2010 | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Informações pessoais | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Nome completo | Emanuel David Ginóbili | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Data de nasc. | 28 de julho de 1977 (47 anos) | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Local de nasc. | Bahía Blanca, Argentina | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Altura | 1,98 m | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Peso | 93 kg | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Apelido | Manu | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Informações no clube | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Clube atual | aposentado | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Posição | ala-armador | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Clubes profissionais | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Ano | Clubes | Partidas (pontos) | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
1995–1996 1996–1998 1998–2000 2000–2002 2002–2018 | Andino Sport Club Estudiantes Viola Reggio Calabria Virtus Bologna San Antonio Spurs | 1274 (17.078) | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Seleção nacional | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
1998–2016 | Argentina | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Atuando na NBA, Ginóbili formou o "Big Three" dos Spurs – único clube que defendeu na liga americana – ao lado de Tony Parker e Tim Duncan, sendo quatro vezes campeão da competição (2003, 2005, 2007 e 2014). Durante a carreira, foi escolhido duas vezes para o NBA All Star Game (2005 e 2011) e eleito o Sexto Homem do Ano em 2008.
Pela Seleção Argentina, foi o MVP dos Jogos Olímpicos de Verão de 2004, liderando a equipe na conquista da medalha de ouro. Faz parte do seleto grupo de atletas que conquistaram o título olímpico e a NBA no mesmo ano, ao lado de Michael Jordan, Scottie Pippen, LeBron James e Kyrie Irving. Foi também medalhista de bronze em 2008 e possui um vice-campeonato mundial em 2002.
O que Ginóbili representou para o esporte pode muito bem ser traduzido nas palavras de Gustavo Faldon, da ESPN Brasil:
“ | Ginóbili conseguiu o que nem Maradona e Messi conseguiram: ter o carinho dos brasileiros. Enquanto Maradona e Messi, por diversos motivos até fora de campo, despertam a ira dos torcedores brasileiros na maior rivalidade da América do Sul, é difícil, quase impossível, ver alguém com o mesmo sentimento perante Ginóbili. Se algum brasileiro tem ódio ou aversão a Manu Ginóbili, certamente ignorante no basquete ele é. E olha que o ala argentino foi carrasco do Brasil em duas situações decisivas, nas Olimpíadas de 2012 e na de 2016.[6] | ” |
Os primeiros anos de Manu Ginóbili como atleta profissional de basquete foram na própria Argentina. Em 1995 e 1996, defendeu o Andino Sport Club, de La Rioja. No ano seguinte, se transferiu para o Estudiantes, clube da sua cidade natal, Bahía Blanca, onde ficou até 1998. Logo depois, mudou-se para a Europa, ajudando o Viola Reggio Calabria a subir para a elite do basquete italiano.
Em 1999, inscreveu-se no Draft da NBA e foi escolhido na 57ª posição pelo San Antonio Spurs.[7] Contudo, não assinou com a equipe texana e voltou à Itália para defender o Virtus Bologna. Por lá, venceu a Euroliga em 2001, sendo escolhido o MVP.[8] Foi também campeão italiano, sendo MVP em duas edições (2001 e 2002), e participou três vezes do All-Star Game da competição.
Após o sucesso na Europa, Ginóbili assinou com o San Antonio Spurs, estreando na temporada 2002–03 e já conquistando o primeiro título. Foi escolhido para o segunda unidade do NBA All-Rookie Team, mesmo sendo reserva de Steve Smith (disputou apenas cinco partidas como titular).[9] O título rendeu a Manu Ginóbili o prêmio Olimpia de Oro (concedido ao melhor atleta argentino do ano) pela primeira vez.[10]
A primeira temporada como titular veio em 2004–05, quando conquistou o seu segundo título. Ginóbili iniciou as 74 partidas em que atuou na temporada regular e foi escolhido pela primeira vez para o NBA All-Star Game. Teve também o melhor desempenho da carreira em playoffs. Terminou o ano recebendo novamente o Olimpia de Oro,[11] sendo o primeiro atleta a ser escolhido por dois anos consecutivos.
O terceiro título de Ginóbili na NBA aconteceu em 2007. No entanto, o argentino começou como titular apenas 36 jogos na temporada regular, participando ativamente da segunda unidade. Tal posição foi mantida e o bom desempenho fez com que ele fosse escolhido o Sixth Man Of The Year em 2008.[12] Ginóbili também foi nomeado para o All-NBA Third Team no mesmo ano.
Em 2011, Manu voltou a ser titular, iniciando 79 dos 80 jogos que disputou na temporada regular. Apontado como um dos principais jogadores do time, foi candidato a MVP, terminando na oitava posição.[13] No fim, foi escolhido para o NBA All-Star Game e para o All-NBA Third Team,[14] ambos pela segunda vez na carreira.
Ginóbili conquistou o quarto título da NBA em 2014 e ficou em terceiro na votação para Sixth Man Of The Year.[15] Fez história com o "Big Three" formado por ele, Tony Parker e Tim Duncan, que passou a ser o mais vitorioso da história dos playoffs da NBA, superando as 110 vitórias de Magic Johnson, Kareem Abdul-Jabbar e Michael Cooper do Los Angeles Lakers.[16]
Mesmo na reta final da carreira, Ginóbili seguiu fazendo sucesso. Em 2017, na semifinal da Conferência Oeste contra o Houston Rockets, o argentino deu um toco em James Harden no último segundo e garantiu a classificação à final contra o Golden State Warriors.[17] Na decisão, se tornou o primeiro jogador aos 39 anos a marcar 20 ou mais pontos vindo do banco em um jogo de playoff. Mesmo diante de especulações sobre uma possível aposentadoria, Manu renovou contrato com o San Antonio Spurs por mais dois anos.[18]
Aos 40 anos de idade, Manu Ginóbili teve uma temporada de 2017–18 – a 16ª do argentino – com quebra de recordes. Num jogo contra o Phoenix Suns, foi o jogador mais velho da história da NBA a marcar mais de 20 pontos em menos de 20 minutos.[19] Na partida seguinte, fez 26 pontos, se juntando a Kareem Abdul-Jabbar, Michael Jordan e Robert Parish como únicos jogadores a marcarem mais de 20 pontos em partidas consecutivas com mais de 40 anos.[20] Assumiu ainda a liderança da franquia em roubadas de bola, à frente de David Robinson (1.388).[21]
Ainda em 2018, Ginóbili foi indicado como titular do All-Star Game por decisão popular, terminando como segundo mais votado, atrás apenas de Stephen Curry.[22] No entanto, por decisão de jornalistas especializados, ficou fora e cedeu lugar a James Harden, terceiro colocado.[23] Nas estatísticas, Ginóbili empatou com Shaquille O'Neal na sexta posição dos jogadores que mais disputaram partidas de playoffs da NBA.[24] Também chegou ao terceiro lugar em bolas três pontos convertidas na história dos playoffs, ultrapassando Reggie Miller.[25]
Em 27 de agosto de 2018, Ginóbili anunciou que estava se aposentando do basquete. Foram 23 anos como profissional, sendo 16 nos Spurs da NBA.[26]
O auge da carreira internacional de Manu Ginóbili veio em 2004, com a conquista dos Jogos Olímpicos. Foi a primeira medalha de ouro no basquete da história da América do Sul, interrompendo uma hegemonia dos Estados Unidos.[27] O título veio com uma vitória por 84 a 69 sobre a Itália na final. Manu Ginóbili liderou a seleção em pontos e assistências,[28] com direito a cesta da vitória no último segundo contra a Sérvia na fase de grupos[29] e, no fim do torneio, foi escolhido o MVP.[30]
Com 29 pontos de Ginóbili, os argentinos venceram os Estados Unidos na semifinal por 89 a 81 e impuseram a primeira derrota da história do basquete norte-americano em Olimpíadas desde o início da participação dos atletas profissionais da NBA.[31] A seleção rival contava com nomes como Allen Iverson, LeBron James e Tim Duncan, seu companheiro de San Antonio Spurs.
Na edição seguinte, em 2008, veio a segunda medalha olímpica de Ginóbili, desta vez de bronze. Eliminado justamente pelos Estados Unidos na semifinal,[32] o time derrotou a Lituânia na decisão do terceiro lugar.[33] Ginóbili, no entanto, não disputou o jogo derradeiro por conta de uma lesão.[34] O ala-armador foi a principal referência em toda a delegação argentina, sendo escolhido inclusive para carregar a bandeira do país durante a cerimônia de abertura.[35]
Manu Ginóbili ainda disputou mais duas vezes os Jogos Olímpicos: 2012, em Londres,[36] e 2016, no Rio de Janeiro.[37] No entanto, não conquistou mais medalhas. O jogador chegou cogitar uma aposentadoria da seleção em 2012,[38] mas decidiu atuar também em 2016.[39] Após a edição do Brasil e a eliminação novamente para os Estados Unidos, Ginóbili anunciou que aquela era sua despedida do time argentino.[40]
Além das Olimpíadas, Ginóbili disputou diversas outras competições com a Argentina no período de 1998, ano de sua primeira convocação, até 2016, na despedida.[41] Foram dois títulos da Copa América (2001 e 2011) e um vice-campeonato do mundo em 2002.[42] Disputou também o Campeonato Mundial de 2006,[43] mas ficou ausente em 2010 por conta do veto por parte do San Antonio Spurs.[44]
LEGENDA | |||||||
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PJ | Partidas jogadas | PT | Partidas como titular | MPJ | Minutos por jogo | AP | Arremessos de quadra (%) |
3P | Arremessos de 3 pontos (%) | LL | Lances-livre (%) | RT | Rebotes por jogo | AS | Assistências por jogo |
BR | Roubos de bola por jogo | TO | Tocos por jogo | PPJ | Pontos por jogo | Negrito | Melhor da carreira |
Campeão da temporada da NBA |
Ano | Equipe | PJ | PT | MPJ | AP | 3P | LL | RT | AS | BR | TO | PPJ |
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2002–03 | Spurs | 69 | 5 | 20.7 | .438 | .345 | .737 | 2.3 | 2.0 | 1.4 | 0.2 | 7.6 |
2003–04 | Spurs | 77 | 38 | 29.4 | .418 | .359 | .802 | 4.5 | 3.8 | 1.8 | 0.2 | 12.8 |
2004–05 | Spurs | 74 | 74 | 29.6 | .471 | .376 | .803 | 4.4 | 3.9 | 1.6 | 0.4 | 16.0 |
2005–06 | Spurs | 65 | 56 | 27.9 | .462 | .382 | .778 | 3.5 | 3.6 | 1.6 | 0.4 | 15.1 |
2006–07 | Spurs | 75 | 36 | 27.5 | .464 | .396 | .860 | 4.4 | 3.5 | 1.5 | 0.4 | 16.5 |
2007–08 | Spurs | 74 | 23 | 31.0 | .460 | .401 | .860 | 4.8 | 4.5 | 1.5 | 0.4 | 19.5 |
2008–09 | Spurs | 44 | 7 | 26.8 | .454 | .330 | .884 | 4.5 | 3.6 | 1.5 | 0.4 | 15.5 |
2009–10 | Spurs | 75 | 21 | 28.7 | .441 | .377 | .870 | 3.8 | 4.9 | 1.4 | 0.3 | 16.5 |
2010–11 | Spurs | 80 | 79 | 30.3 | .433 | .349 | .871 | 3.7 | 4.9 | 1.5 | 0.4 | 17.4 |
2011–12 | Spurs | 34 | 7 | 23.3 | .526 | .413 | .871 | 3.4 | 4.4 | 0.7 | 0.4 | 12.9 |
2012–13 | Spurs | 60 | 0 | 23.2 | .425 | .353 | .796 | 3.4 | 4.6 | 1.3 | 0.2 | 11.8 |
2013–14 | Spurs | 68 | 3 | 22.8 | .469 | .349 | .851 | 3.0 | 4.3 | 1.0 | 0.3 | 12.3 |
2014–15 | Spurs | 70 | 0 | 22.7 | .426 | .345 | .721 | 3.0 | 4.2 | 1.0 | 0.3 | 10.5 |
2015–16 | Spurs | 58 | 0 | 19.6 | .453 | .391 | .813 | 2.5 | 3.1 | 1.1 | 0.2 | 9.6 |
2016–17 | Spurs | 69 | 0 | 18.7 | .390 | .392 | .804 | 2.3 | 2.7 | 1.2 | 0.2 | 7.5 |
2017–18 | Spurs | 65 | 0 | 20.0 | .434 | .333 | .840 | 2.2 | 2.5 | 0.7 | 0.2 | 8.9 |
Carreira | 1057 | 349 | 25.4 | .447 | .369 | .827 | 3.5 | 3.8 | 1.3 | 0.3 | 13.3 | |
All-Star | 2 | 0 | 21.5 | .363 | .000 | .833 | 3.0 | 3.0 | 2.0 | 0.5 | 7.5 |
Ano | Equipe | PJ | PT | MPJ | AP | 3P | LL | RT | AS | BR | TO | PPJ |
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2003 | Spurs | 24 | 0 | 27.5 | .386 | .384 | .757 | 3.8 | 2.9 | 1.7 | 0.4 | 9.4 |
2004 | Spurs | 10 | 0 | 28.0 | .447 | .286 | .818 | 5.3 | 3.1 | 1.7 | 0.1 | 13.0 |
2005 | Spurs | 23 | 15 | 33.6 | .507 | .438 | .795 | 5.8 | 4.2 | 1.2 | 0.3 | 20.8 |
2006 | Spurs | 13 | 11 | 32.8 | .484 | .333 | .839 | 4.5 | 3.0 | 1.5 | 0.5 | 18.4 |
2007 | Spurs | 20 | 0 | 30.1 | .401 | .384 | .836 | 5.5 | 3.7 | 1.7 | 0.2 | 16.7 |
2008 | Spurs | 17 | 6 | 32.9 | .422 | .373 | .896 | 3.8 | 3.9 | 0.6 | 0.3 | 17.8 |
2010 | Spurs | 10 | 10 | 35.2 | .414 | .333 | .866 | 3.7 | 6.0 | 2.6 | 0.2 | 19.4 |
2011 | Spurs | 5 | 5 | 34.8 | .443 | .321 | .780 | 4.0 | 4.2 | 2.6 | 0.6 | 20.6 |
2012 | Spurs | 14 | 2 | 27.9 | .448 | .338 | .857 | 3.5 | 4.0 | 0.7 | 0.3 | 14.4 |
2013 | Spurs | 21 | 3 | 26.7 | .399 | .302 | .738 | 3.7 | 5.0 | 1.1 | 0.3 | 11.5 |
2014 | Spurs | 18 | 0 | 24.6 | .423 | .383 | .859 | 3.3 | 4.1 | 1.7 | 0.1 | 14.3 |
2015 | Spurs | 7 | 0 | 18.7 | .349 | .364 | .783 | 3.4 | 4.6 | 0.6 | 0.9 | 8.0 |
2016 | Spurs | 10 | 0 | 19.2 | .426 | .429 | .783 | 2.7 | 2.5 | 0.8 | 0.3 | 6.7 |
2017 | Spurs | 16 | 1 | 17.8 | .412 | .225 | .739 | 2.4 | 2.4 | 1.0 | 0.1 | 6.6 |
2018 | Spurs | 5 | 0 | 21.4 | .405 | .333 | .818 | 3.0 | 3.2 | 1.4 | 0.2 | 9.0 |
Carreira | 218 | 53 | 27.9 | .433 | .358 | .817 | 4.0 | 3.8 | 1.3 | 0.3 | 14.0 |
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