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diplomata brasileiro; ex-ministro das Relações Exteriores do Brasil Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Luiz Alberto Figueiredo Machado (Rio de Janeiro, 17 de julho de 1955[1]) é um diplomata e advogado brasileiro, atual Embaixador Extraordinário para a Mudança do Clima do Brasil desde fevereiro de 2023[2]. Foi ministro das Relações Exteriores entre 2013 e 2014, durante o governo de Dilma Rousseff.[3]
Em janeiro de 2013, foi nomeado Representante Permanente do Brasil nas Nações Unidas, cargo que ocupou até sua nomeação como ministro em agosto do mesmo ano[4]. Após deixar o ministério, atou como embaixador do Brasil nos Estados Unidos (2015-2016),[5] em Portugal (2016-2019)[6] e no Catar (2019-2023).[4]
Em 18 de novembro de 2019, foi agraciado com o grau de Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique, de Portugal.[7]
Formou-se em direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) em 1977,[8] graduando-se pelo Instituto Rio Branco (IRBr) dois anos depois.[9] Dono de uma história de forte superação pessoal, deixou para trás quase toda[10] a gagueira da infância.[11]
Desde 1981, integrou e chefiou delegações brasileiras em diversas reuniões multilaterais sobre temas como meio ambiente, desenvolvimento sustentável, desarmamento e segurança internacional, direito do mar, Antártica, espaço exterior, saúde e trabalho. Apelidado pelos colegas de "Fig",[12] atuou, por muitos anos, como negociador-chefe brasileiro em conferências internacionais sobre temas ambientais, especialmente as dedicadas à mudança do clima e à biodiversidade.[13]
Figueiredo serviu na missão do Brasil junto às Nações Unidas, de 1986 a 1989, na embaixada em Santiago, de 1989 a 1992, na embaixada em Washington, de 1996 a 1999, na embaixada em Ottawa, de 1999 a 2002, e na missão do Brasil junto à UNESCO, de 2003 a 2005.[13]
Entre 2011 e 2013 exerceu o cargo de subsecretário-geral de meio ambiente, energia, ciência e tecnologia. Entre 2005 e 2011, atuou como diretor do Departamento de Meio Ambiente e Temas Especiais, bem como chefiou a Divisão de Política Ambiental e Desenvolvimento Sustentável, de 2002 a 2004 e a Divisão do Mar, Antártica e Espaço, de 1995 a 1996.[13]
Indicado por Dilma Rousseff, atuou como representante permanente do Brasil junto à Organização das Nações Unidas (ONU) de junho a agosto de 2013.[3]
Após a demissão do Ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, que se envolveu em um conflito diplomático com a Bolívia.[14] O Palácio do Planalto anunciou como novo ministro Luiz Alberto Figueiredo, então embaixador do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU). Patriota passará a ser o novo representante do Brasil nas Nações Unidas.
Foi Ministro das Relações Exteriores até dezembro de 2014.
O governo brasileiro emitiu um comunicado oficial em 23 de julho de 2014, em que classifica como "inaceitável" a escalada da violência na Faixa de Gaza e informou que chamou o embaixador em Israel "para consulta".
"O governo brasileiro considera inaceitável a escalada da violência entre Israel e Palestina. Condenamos energicamente o uso desproporcional da força por Israel na Faixa de Gaza, do qual resultou elevado número de vítimas civis, incluindo mulheres e crianças. O governo brasileiro reitera seu chamado a um imediato cessar-fogo entre as partes", dizia o comunicado.
A medida diplomática de convocar um embaixador é excepcional e tomada quando o governo quer demonstrar o descontentamento e avalia que a situação no outro país é de extrema gravidade.[15] O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, afirmou em entrevista à TV Globo, que o Brasil reconhece o direito de defesa de Israel, mas que as ações militares na Faixa de Gaza devem ser feitas com "proporcionalidade". O ministro criticou mortes de crianças e civis e as classificou como "inaceitáveis".
"O Brasil, desde o início, condenou tanto o lançamento de foguetes pelo Hamas, e nós fomos abundantemente claros com relação a isso, como condenamos também a reação de Israel. Nós não contestamos o direito de defesa que Israel tem. É um direito que ele tem. Nós contestamos a desproporcionalidade entre uma coisa e outra. Morreram cerca de 700 pessoas na Faixa de Gaza, a grande maioria delas civis e um número também bastante alto de mulheres e crianças. Isso não é aceitável e é contra isso que nós nos manifestamos", afirmou o ministro.[16]
No dia seguinte à decisão, o Governo Israelense lamentou a decisão do Brasil de chamar para consultas seu embaixador em Tel Aviv, uma decisão que, segundo eles, "não contribui para encorajar a calma e a estabilidade na região" e chamou o país de "anão diplomático" por causa do gesto. De acordo com o jornal "The Jerusalem Post", o porta-voz do ministério das Relações Exteriores de Israel, Yigal Palmor, disse que a atitude do governo brasileiro é "uma demonstração lamentável de como o Brasil, um gigante econômico e cultural, continua a ser um anão diplomático".
Em resposta à declaração, o Ministro Figueiredo disse durante um evento em São Paulo registrado pela rádio CBN.: "Somos um dos 11 países do mundo que têm relações diplomáticas com todos os membros da ONU e temos um histórico de cooperação pela paz e ações pela paz internacional. Se há algum anão diplomático, o Brasil não é um deles". Mas não contestamos o direito de Israel de se defender, jamais contestamos isso. O que contestamos é a desproporcionalidade das coisas".[15]
Após deixar o ministério, atuou como embaixador brasileiro junto ao Catar, Portugal e Estados Unidos.[17]
Em 17 de fevereiro de 2023, foi indicado ao cargo de Embaixador Extraordinário para a Mudança do Clima do Brasil. O cargo, ocupado pela última vez em 2010, foi recriado pelo governo Lula a fim de retomar a prioridade da agenda climática na política externa brasileira.[2][17]
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