Limerência
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Limerência é um estado cognitivo e emocional involuntário que resulta de um desejo romântico por outra pessoa (objeto da limerência) combinado por uma intensa, avassaladora e obsessiva necessidade de se ter o sentimento correspondido.[1] O termo foi cunhado em 1979 pela psicóloga e escritora norte-americana Dorothy Tennov para descrever o conceito que havia surgido em suas pesquisas em meados da década de 1960, quando entrevistou mais de 500 pessoas sobre o amor. A palavra apareceu pela primeira vez no ano de 1979 livro "Love and Limerence: The Experience of Being in Love" (Amor e Limerência: A Experiência de Estar Apaixonado, em tradução livre).
Mais recentemente, a limerência foi definida em relação ao transtorno obsessivo-compulsivo como “um estado interpessoal involuntário que envolve pensamentos, sentimentos e comportamentos intrusivos, obsessivos e compulsivos que são contingentes e dependem da percepção de reciprocidade emocional da parte do objeto de interesse”.[2]
Limerência também foi definida em termos de seus efeitos potencialmente inspiradores e de sua relação com a teoria do apego, que não é exclusivamente sexual, como sendo "um estado involuntário potencialmente inspirador de adoração e de apego a um objeto da limerência envolvendo pensamentos, sentimentos e comportamentos intrusivos e obsessivos que vão da euforia ao desespero, a depender da reciprocidade emocional percebida”.[3]
A teoria do apego enfatiza que "muitas das mais intensas emoções surgem durante a formação, manutenção, interrupção e renovação dos primeiros laços afetivos".[4] Sugere-se que "o estado de limerência é a experiência consciente da motivação do incentivo sexual" durante a formação de um vínculo: "uma espécie de experiência subjetiva da motivação do incentivo sexual"[5] durante o "intensivo... estágio de formação de pares"[6] do vínculo afetivo humano.
A limerência pode durar dias, meses, anos, ou até mesmo pelo resto da vida da pessoa afetada.