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Lepidopus caudatus[2], comummente conhecido como peixe-espada[3] ou peixe-espada-branco[4] (para melhor se distinguir do Aphanopus carbo, conhecido como peixe-espada-preto[5]), é uma espécie de peixe teleósteo da ordem dos perciformes, subordem dos escombrídeos, e família dos Lepidopídeos.
Lepidopus caudatus | |||||||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||||||
DD [1] | |||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
'Lepidopus caudatus' |
Este peixe caracteriza-se pelo corpo comprido e espalmado e pela proeminente crista que lhe assenta na nuca.[6] O ânus situa-se algures sob o 36.º a 40.º raio dorsal, sendo que o espinho posterior ao ânus é pequeno e de formato triangular.[4]
Na boca, apresenta dentes pontiagudos e grandes, dos quais, alguns são dentes palatinos.[6]
No que toca às barbatanas, conta com uma dorsal contínua, sem recorte, que separar a parte espinhosa da mole.[6] A barbatana caudal, por seu turno, é bastante grande. As barbatanas pélvicas, por sinal mais reduzidas[7], inserem-se sob o oitavo ou nono raio dorsal.
Conta com 98 a 110 raios dorsais, 2 espinhos anais, cerca de 59 a 66 raios anais e 105 a 114 vértebras.[8]
No que toca à sua coloração, tem um corpo uniformemente prateado, sem escamas, com a barbata dorsal em tons de cinzento escuro, particularmente no espécimes do Atlântico Norte, e margeado a negro nas membranas entre o 3.º e o 7.º ou 9.º raio dorsal, entre os espécimes do Hemisfério Sul.[6]
Em média, os peixes-espada medem entre 1 metro e 1,35 metros de comprimento[6], se bem que há registo da captura de espécimes com 2,10 metros de comprimento.[9] O peso máximo alguma vez registado para um peixe-espada-branca cifra-se nos 8 kg.[6]
Marca presença no Nordeste do Atlântico, desde França até ao Senegal, incluindo os arquipélagos dos Açores, da Madeira e das Canárias[6] e a orla do Mar Jónico.[10] Medra, ainda, junto à África do Sul, desde o Cabo Frio até ao Banco das Agulhas.[6] Também se pode encontrar no Índico Sul ao longo das coordenadas a 30 to 35°S, e junto à costa de Nova Gales do Sul, do Sudoeste australiano e da Nova Zelândia.[11]
Trata-se de uma espécie bentopelágica, que privilegia a plataforma continental, desde a superfície até 400 metros de profundidade.[6] Costuma frequentar leitos lamacentos e bancos de areia a profundidades na ordem dos 100 a 250 metros.[11] À noite migra para a zona pelágica da coluna de água.[11]
Trata-se de uma espécie de gregária, que se agrupa em cardumes.[6] Ocasionalmente, encontra-se junto à costa, impelida pelas correntes até à superfície.
Alimenta-se à base de crustáceos, lulas pequenas e peixes pequenos[12]. No Atlântico Oriental, privilegia o consumo das seguintes espécies: Euphausia hanseni Zimmer; Esox lucius; Pasiphaea semispinosa; Todaropsis eblanae; Engraulis capensis; Etrumeus terres; Sardinops ocellata; Maurolicus muelleri; Symbolophorus humbolti; Diaphus dumerili; Lampanyctodes hectoris; Chlorophthalmus sp. e Scomber japonicus.[6]
Os ovos e alevins desta espécie são pelágicos.[12]
Os espécimes do Atlântico Oriental, aos nove anos de idade, tendem a aproximar-se dos 1,25 metros, ao passo que os espécimes do Nordeste do Atlântico podem chegar aos 1,60 metros aos 13 anos.[6] Eclodem entre o final do Inverno e o princípio da Primavera, junto à costa norte-africana, ao passo que na costa neozelandesa, costumam eclodir na Primavera e no Outono.[6]
É uma espécie de particular importância para a pesca comercial do Noroeste Atlântico, especialmente para Portugal e para Marrocos.[6] Sendo que no hemisfério Sul, na Namíbia e na Nova Zelândia, também conhece particular expressividade no sector das pescas.[6]
É muito apreciada para o consumo humano.[6]
A espécie foi descrita pelo médico, botânico, zoólogo e explorador sueco Bengt Anders Euphrasén,[2] discípulo de Linneu, crismada com o nome Trichiurus caudatus.
Posteriormente foi incluída no género Lepidopus, criado em 1863 pelo botânico e ictiólogo francês Antoine Goüan.[2]
O nome genérico, Lepidopus, provém da aglutinação dos étimos gregos antigos, λεπῐ́ς (lepis), que significa «escama», e πούς (pous), que significa «pé».[8]
O epíteto específico, caudatus, provém do nominativo singular masculino do adjectivo latino caudatis, -a -um, derivado do substantivo cauda, -ae, "cauda", por alusão à longa cauda deste peixe.[13]
Além do basónimo Lepidopus caudatus, ao longo do tempo esta espécie também foi conhecida pelos seguintes sinónimos:[2]
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