Júlio Pomar
pintor português (1926-2018) / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Júlio Artur da Silva Pomar [1] (Lisboa, 10 de janeiro de 1926 — Lisboa, 22 de maio de 2018)[2] foi um artista plástico/pintor português. Pertenceu à 3ª geração de pintores modernistas portugueses,[3] sendo autor de uma obra multifacetada, centrada na pintura, desenho, cerâmica e gravura, com importantes desenvolvimentos nos domínios da tridimensão (escultura; assemblage) ou da escrita. Os primeiros anos da sua carreira estão ligados à resistência contra o regime do Estado Novo e à afirmação do movimento neorrealista em Portugal, marcando a especificidade deste no contexto europeu. Teve uma ação artística e cívica intensa ao longo das décadas de 1940 e 1950 e é consensualmente considerado o mais destacado dos cultores do neorrealismo nacional.[3][4]
Júlio Pomar | |
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Nascimento | 10 de janeiro de 1926 Lisboa |
Morte | 22 de maio de 2018 (92 anos) Lisboa |
Nacionalidade | português |
Cônjuge | Alice Jorge |
Ocupação | Artista plástico/Pintor |
Prémios | Prémio de Gravura (FCG, 1957); 1º Prémio de Pintura (FCG, 1961); |
Começa a distanciar-se do ativismo político e do idioma figurativo inicial na segunda metade da década de 1950 e, em 1963, radica-se em Paris. Sem nunca abandonar o pendor figurativo, liberta-se do compromisso neorrealista, enveredando pela "exploração de práticas pictóricas diversas que o centrarão na pintura enquanto tal, interrogando as suas formas, composições e processos, pintando das mais variadas maneiras na exploração ou na recusa das possibilidades que o seu tempo lhe abriu".[5]
Durante as últimas décadas da sua vida abordou uma grande variedade de universos temáticos, da reflexão autorreferencial ao erotismo, do retrato às alusões literárias e matéria mitológica. E do ponto de vista formal encontramos idêntica riqueza de meios e soluções. "A obra de Júlio Pomar constrói sucessivas cadeias de relações formais e semânticas entre os diferentes materiais, processos e técnicas".[5]
Grandes exposições realizadas nas últimas décadas (Fundação Calouste Gulbenkian; Museu de Arte Contemporânea de Serralves; Sintra Museu de Arte Moderna – Coleção Berardo; museus de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília; etc.) consagraram a sua obra, que se destaca como uma das mais significativas expressões da criação artística portuguesa contemporânea.[6]