Juan Carlos da Espanha
Rei Emérito de Espanha / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
João Carlos I (em castelhano: Juan Carlos I,[lower-alpha 1] nascido Juan Carlos Alfonso Víctor María de Borbón y Borbón-Dos Sicilias; Roma, 5 de janeiro de 1938) foi Rei de Espanha de novembro de 1975 a junho de 2014, quando abdicou a Coroa em favor de seu filho, Filipe VI, após sua renúncia, ele continua a usar o título de rei com caráter honorário, mantendo o tratamento de "Sua Majestade", e tornou-se Capitão General das Forças Armadas na reserva, embora sem exercer funções constitucionais.[1]
João Carlos I | |
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Juan Carlos I em Julho de 2003 | |
Rei de Espanha | |
Reinado | 22 de novembro de 1975 a 19 de junho de 2014 |
Investidura | 27 de novembro de 1975 |
Antecessor(a) | Afonso XIII (deposto em 1931) |
Sucessor(a) | Filipe VI |
Nascimento | 5 de janeiro de 1938 (86 anos) |
Roma, Itália | |
Nome completo | |
Juan Carlos Alfonso Víctor María de Borbón y Borbón | |
Esposa | Sofia da Grécia e Dinamarca |
Descendência | Elena, Duquesa de Lugo Cristina da Espanha Filipe VI da Espanha |
Casa | Bourbon |
Pai | João, Conde de Barcelona |
Mãe | Maria das Mercedes das Duas Sicílias |
Religião | Catolicismo |
Assinatura | |
Brasão |
Nasceu na Itália durante o exílio do seu avô, o rei Afonso XIII de Espanha, sendo filho do infante João, Conde de Barcelona e sua esposa a princesa Maria das Mercedes das Duas Sicílias. Afonso XIII havia reinado em Espanha até 1931, quando foi deposto e a Segunda República Espanhola foi instaurada. Por expresso desejo de seu pai, a sua formação fundamental desenvolveu-se em Espanha, onde chegou pela primeira vez aos dez anos, procedente de Portugal, onde residiam seus pais desde 1946, na vila atlântica do Estoril, e foi aluno interno num colégio dos Marianistas da cidade suíça de Friburgo.[2][3]
O ditador Francisco Franco foi quem, em 1969, nomeou João Carlos como o futuro rei, após Espanha já ter extinguido a monarquia.[4] Após a morte de Franco, conseguiu fazer a transição pacífica do regime franquista para a democracia parlamentar, gerando o consenso entre os diversos partidos políticos, incluindo regionais, e, segundo sondagens de opinião, uma grande popularidade entre os espanhóis.[2][3]
Contudo, alguns incidentes, principalmente durante os últimos anos de seu reinado, levaram o rei a perder parte da popularidade e fazer com que a monarquia fosse questionada.[5]
Em 2 de junho de 2014, o primeiro-ministro Mariano Rajoy recebeu do monarca a sua carta de abdicação.[6][7] Sucedeu-lhe o seu filho, Filipe VI, após a aprovação de uma lei orgânica tal como estabelece o artigo 57.5 do texto constitucional espanhol.[8] Em 11 de junho de 2014, o parlamento espanhol aprovou sua abdicação, com 299 votos a favor, 19 contra e 23 abstenções.[9] Em 2020, autoexilou-se nos Emirados Árabes Unidos devido a uma investigação em um caso de corrupção.[10]