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João Braz de Aviz (Mafra, 24 de abril de 1947) é um cardeal católico romano brasileiro, atual prefeito do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica no Vaticano.[1] Ascendeu ao posto de cardeal em janeiro de 2012, após ser nomeado pelo Papa Bento XVI.[2]
João Braz de Aviz | |
---|---|
Cardeal da Santa Igreja Romana | |
Prefeito do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica | |
Hierarquia | |
Papa | Francisco |
Atividade eclesiástica | |
Diocese | Diocese de Roma |
Nomeação | 4 de janeiro de 2011 |
Predecessor | Franc Cardinal Rodé |
Mandato | 2011 |
Ordenação e nomeação | |
Ordenação presbiteral | 26 de novembro de 1972 Catedral de Apucarana por Romeu Alberti |
Nomeação episcopal | 6 de abril de 1994 |
Ordenação episcopal | 31 de maio de 1994 Catedral de Apucarana por Domingos Gabriel Wisniewski |
Nomeado arcebispo | 17 de julho de 2002 |
Cardinalato | |
Criação | 18 de fevereiro de 2012 por Papa Bento XVI |
Ordem | Cardeal-diácono (2012-2022) Cardeal-presbítero (2022-) |
Título | Santa Helena fora da Porta Prenestina |
Brasão | |
Lema | TODOS SEJAM UM |
Dados pessoais | |
Nascimento | Mafra 24 de abril de 1947 (77 anos) |
Nacionalidade | brasileiro |
Progenitores | Mãe: Juliana Hack Pai: João Avelino de Aviz |
Funções exercidas | -Bispo auxiliar de Vitória (1994–1998) -Bispo de Ponta Grossa (1998–2002) -Arcebispo de Maringá (2002–2004) -Arcebispo de Brasília (2004–2011) |
dados em catholic-hierarchy.org Cardeais Categoria:Hierarquia católica Projeto Catolicismo |
É um dos oito filhos de João Avelino de Aviz e de Juliana Hack de Aviz.[3] Durante a sua infância, com a família, se instalou na cidade de Borrazópolis, no Paraná.[4] Com a idade de onze anos, em 21 de abril de 1958, ingressou no Seminário São Pio X, dos padres do Pontifício Instituto para as Missões Estrangeiras, na cidade de Assis, interior de São Paulo, onde estudavam os seminaristas menores da Diocese de Londrina.[5]
Aviz estudou Filosofia na cidade de Curitiba, no Seminário Maior Rainha dos Apóstolos, e na cidade de Palmas, interior do Paraná. Concluído o curso de Filosofia, seguiu para Roma, onde cursou a faculdade de Teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana.[5][6]
Retornando ao Brasil, Aviz foi ordenado padre por Dom Romeu Alberti, na Catedral de Apucarana, em 26 de novembro de 1972.[7] Durante seu sacerdócio exerceu alguns encargos pastorais: pároco de algumas paróquias; diretor espiritual e reitor do Seminário Maior de Apucarana (em 1984 e 1985) e de Londrina (em 1986 a 1988); diretor espiritual do Seminário do Ipiranga, em São Paulo; membro do Conselho de Presbíteros, do Colégio de Consultores e Coordenador geral de pastoral da Diocese de Apucarana. De 1989 a 1992 fez o doutorado em Teologia Dogmática na Pontifícia Universidade Lateranense em Roma. Nos anos de 1992 a 1994 foi reitor e professor de Teologia Dogmática no Instituto Paulo VI, de Londrina, e pároco da Catedral Nossa Senhora de Lourdes de Apucarana.[8][9]
Em 6 de abril de 1994, Aviz foi nomeado pelo Papa João Paulo II como bispo auxiliar da Arquidiocese de Vitória com a sede titular de Flenucleta, sendo sagrado bispo em 31 de maio de 1994 por Dom Domingos Gabriel Wisniewski, C.M.. Escolheu como lema de vida episcopal "Todos sejam um" (Jo 17, 21).[5][10]
Atuou na Arquidiocese de Vitória de 1994 a 1998, quando foi nomeado bispo da Diocese de Ponta Grossa, onde ficou até 2003, sendo sucedido por dom Sérgio Arthur Braschi.[5][11] Em 17 de julho de 2002 foi elevado a arcebispo, sendo nomeado para a Arquidiocese de Maringá, onde tomou posse no dia 4 de outubro do mesmo ano.[12]
Em 28 de janeiro de 2004, Aviz foi nomeado arcebispo da Arquidiocese de Brasília e tomou posse em 27 de março do mesmo ano, sucedendo ao cardeal José Freire Falcão.[5][13] Em 2007 foi eleito presidente do Regional Centro-Oeste da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Ainda nesta instituição, foi membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé e vice-presidente das Edições CNBB.[14]
Em maio de 2010, Aviz esteve a frente da organização do XVI Congresso Eucarístico Nacional, que aconteceu em Brasília, ano do cinquentenário da capital federal.[15]
Em 4 de janeiro de 2011, Aviz foi nomeado pelo Papa Bento XVI como prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica no Vaticano.[16] Foi o quarto brasileiro a chefiar um departamento do Vaticano.[17]
Em 6 de janeiro de 2012, o Papa Bento XVI anunciou a sua criação a cardeal.[18] No Primeiro Consistório Ordinário Público de 2012, realizado no dia 18 de fevereiro, recebeu o barrete cardinalício e o título de cardeal-diácono de Santa Helena fora da Porta Prenestina, na Basílica de São Pedro, pelas mãos do santo padre.[19]
Durante o conclave papal de 2013, Aviz foi mencionado como um possível candidato ao papado.[20][21][22] Na época, era o brasileiro que ocupava o cargo mais alto na estrutura de poder da Santa Sé.[23] No entanto, os cardeais designaram para o posto o Papa Francisco. No mesmo ano, o Papa Francisco nomeou Aviz como membro da Congregação para os Bispos.[24]
Em 2019, Aviz foi designado pelo Papa Francisco como presidente delegado do Sínodo dos Bispos para a Região Pan-Amazônica.[25]
Em 4 de março de 2022, durante Consistório para canonizações, realizou o optatio e passou para a ordem dos cardeais-presbíteros, mantendo sua diaconia pro hac vice.[26]
Aviz é defensor da Teologia da libertação.[27] Durante as eleições gerais do Brasil em 2010, referiu, durante uma missa para 90 mil pessoas, que "71% dos brasileiros são contra o aborto" e chamou a Lei da Ficha Limpa de uma legislação "vitoriosa [que] ajudou a impedir que políticos corruptos nos governem."[28] Em 2013, foi tachado, pelo G1, de "o progressista arcebispo emérito de Brasília."[29]
Em 1983, Aviz foi sequestrado por dois jovens que tentavam assaltar um carro-forte em Apucarana, no Paraná. Quando avistaram o veículo, os assaltantes ordenaram que o religioso pedisse o dinheiro aos ocupantes do carro-forte. Era noite, e os guardas dispararam, ferindo Aviz com um tiro de escopeta, que espalhou chumbo em várias direções e atingiu várias partes de seu corpo. Os fragmentos não danificaram nenhum órgão vital. Embora sobreviveu, ficou com vários fragmentos alojados em seu corpo.[30][31]
Dom João Braz foi o ordenante principal de:[1]
Foi co-ordenante na ordenação episcopal dos seguintes bispos:
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