Loading AI tools
Da Wikipédia, a enciclopédia livre
José María Arguedas Altamirano (Andahuaylas, Peru, 18 de janeiro de 1911 – Lima, 2 de dezembro de 1969) foi um escritor e antropólogo peruano.[1]
José María Arguedas | |
---|---|
Nascimento | 18 de janeiro de 1911 Andahuaylas, Peru |
Morte | 2 de dezembro de 1969 (58 anos) Lima, Peru |
Nacionalidade | Peruano |
Ocupação | Escritor e antropólogo |
Além romancista, também se destacou pelas traduções da literatura quíchua e como estudioso do folclore de seu país. Estudou na universidade de San Marcos em Lima e publicou sua primeira obra, Agua, em 1935, uma série de contos. Outras de suas obra são Los ríos profundos (1956), Todas las sangres (1964) e El zorro de arriba y el zorro de abajo de 1971. Arguedas é o escritor dos encontros e desencontros de todas as raças e de todas as pátrias, mas não é testemunho passivo, não se limita a fotografar e descrever; toma partido. Em sua vida fez uma opção, atribuída num de seus primeiros contos a Ernesto, personagem autobiográfico que repelindo a violência do mundo dos mistis decide passar para o mundo dos oprimidos. Cometeu suicídio com um tiro, em 2 de dezembro de 1969.[2][3]
A produção intelectual de Arguedas é muito ampla e inclui cerca de 400 escritos, incluindo criações literárias (romances e contos), traduções de poesia e contos quíchuas para o espanhol, obras monográficas, ensaios e artigos sobre a língua quíchua, mitologia pré-hispânica, folclore e educação popular, entre outros aspectos da cultura peruana. A circunstância especial de ter sido educado dentro de duas tradições culturais, a ocidental e a indígena, aliada a uma sensibilidade delicada, permitiu-lhe compreender e descrever como nenhum outro intelectual peruano a complexa realidade do índio nativo, com a qual se identificava de forma intensa. Em Arguedas, a obra do escritor e do etnólogo nunca são totalmente dissociadas; Mesmo em seus estudos mais acadêmicos, encontramos a mesma linguagem lírica de suas narrativas. A importância fundamental desse escritor foi reconhecida por críticos e colegas peruanos, como Mario Vargas Llosa, que chegou a dedicar o livro de ensaios intitulado A utopia arcaica à sua obra. Alfredo Bryce Echenique também colocou as obras de Arguedas entre os livros de sua vida. Ao longo dos anos, o trabalho de Arguedas ganhou maior destaque, apesar de ser pouco conhecido fora do Peru.[4]
Coletâneas póstumas (contos)
Escritos primeiro em quíchua, e depois traduzidos para o espanhol pelo mesmo autor, os poemas de Arguedas assumem conscientemente a tradição da poesia quíchua, antiga e moderna, validam a visão de mundo que a anima, revitalizam seus mitos essenciais e condensam o protesto social e a reivindicação cultural em um único movimento.
Estes compõem a maior parte de sua produção escrita (apenas 12% disso corresponde à sua narrativa).
Em 1964, o escritor fundou a revista "Cultura y pueblo" em Lima, onde também imprimiu seu pensamento e conhecimento sobre o folclore. Em 2021, o Ministério da Cultura digitalizou todo o acervo da revista. A coleção é composta por 20 números, do nº 1, correspondente a janeiro-março de 1964, ao nº 19-20, correspondente a julho-dezembro de 1970.[6][7]
Compilações póstumas (estudos etnológicos, antropológicos e folclóricos)
Em 1983, a editora Lima Horizonte publicou as obras completas de José María Arguedas em cinco volumes, compilados por Sybila Arredondo de Arguedas. Em 2012, a mesma editora, a Horizonte, em Lima, publicou mais sete volumes que incluem a Obra Antropológica e Cultural. A segunda série, do sexto ao décimo segundo volume, também foi compilada por Sybila Arredondo de Arguedas.
Seamless Wikipedia browsing. On steroids.
Every time you click a link to Wikipedia, Wiktionary or Wikiquote in your browser's search results, it will show the modern Wikiwand interface.
Wikiwand extension is a five stars, simple, with minimum permission required to keep your browsing private, safe and transparent.