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político brasileiro Da Wikipédia, a enciclopédia livre
José Kairala (Manaus, 1 de fevereiro de 1924 – Brasília, 4 de dezembro de 1963) foi um comerciante e político brasileiro, senador pelo Acre em 1963.
José Kairala | |
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José Kairala | |
Senador pelo Acre | |
Período | 6 de julho de 1963 a 4 de dezembro de 1963 |
Antecessor(a) | José Guiomard |
Sucessor(a) | José Guiomard |
Dados pessoais | |
Nascimento | 1 de fevereiro de 1924 Manaus, AM |
Morte | 4 de dezembro de 1963 (39 anos) Brasília, DF |
Cônjuge | Creusa da Silva |
Partido | PSD |
Profissão | comerciante |
Foi assassinado no exercício do mandato, dentro do prédio do Senado Federal, vítima de uma bala perdida disparada pelo também senador Arnon de Melo.
Filho de José Kairala Sfair e Carolina Moussuly Kairala, ambos de ascendência libanesa.[1] Após trabalhar como comerciante estreou na política pelo Partido Social Democrático (PSD), quando foi eleito suplente do senador José Guiomard em 1962 e a quem substituiu a partir de 6 de julho de 1963, quando o titular entrou em licença.[2]
Sua última sessão como senador aconteceu em 4 de dezembro de 1963, quando Arnon de Melo (pai do ex-presidente brasileiro Fernando Collor) ocupava a tribuna para rebater acusações que lhe foram desferidas por seu inimigo político, Silvestre Péricles de Góis Monteiro, quando este adentrou ao plenário e interrompeu o orador à custa de agressões verbais.[3] Melo sacou uma arma e disparou contra o desafeto, que saiu ileso. Péricles, a cinco metros de distância de Arnon, também sacou sua arma, mas teve seu braço desviado por um colega. Não foi atingido e nem atingiu ninguém. Sentado à primeira fila, porém, Kairala foi atingido por um dos disparos de Arnon e faleceu horas mais tarde.[4]
Presos em flagrante após o crime, os senadores alagoanos acabaram isentos de punição. Mesmo com o homicídio e as testemunhas, ficaram presos pouco tempo e foram inocentados pelo Tribunal do Júri de Brasília, já que ambos alegaram legítima defesa. Apesar do assassinato, e ainda que tenha sido dentro do Senado Federal, na presença de inúmeras autoridades, Arnon de Melo não teve seu mandato cassado nem qualquer punição imposta pela Mesa Diretora.[4]
Por conta do acontecido sua família retornou ao Acre e, a seguir, foi para Minas Gerais, até fixar-se no Distrito Federal em 1977[5] onde sua esposa trabalhou como lavadeira e babá após a viuvez.
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