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John Charles Morgan (Barão de Cocais, 18 de março de 1838 — Walton in Gordano, North Somerset, Inglaterra, 11 de março de 1903) foi um cônsul inglês que ganhou por meio do Decreto n.° 3.590, de 17 de janeiro de 1866, o privilégio exclusivo pelo tempo de noventa anos para a construção de uma estrada de ferro pelo sistema mais econômico, ou de um tram-road, entre a cidade da Cachoeira e a Chapada Diamantina, na Bahia, com um ramal para Feira de Santana.[1][2][3][4][5]
John Charles Morgan | |
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Nascimento | 1838 Barão de Cocais |
Morte | 1903 Walton in Gordano |
Cidadania | Reino Unido |
Obras destacadas | Paraguassu Steam Tramroad Company Limited |
Segundo o pesquisador Ronaldo Van Putten de Vasconcelos, o John Charles Morgan que teve seu nome grafado em alguns documentos como João Carlos Morgan, era filho do Cônsul britânico John Morgan e da Senhora Emília Angélica de Athayde Gomide. Exerceu os cargos de vice-cônsul e cônsul interino da Grã-Bretanha em Salvador, Bahia, de 5 de janeiro de 1857 a 1893. Casou-se em 18 de fevereiro de 1862, com a Senhora Angelina Squassafichi, que faleceu em 04 de junho de 1875. Em 1 de agosto de 1877, Morgan casou-se com a Senhora Elizabeth Reid Livingstone Learmonth, que faleceu em 29 de setembro de 1908.[6]
John Charles Morgan fundou a empresa The Paraguassú Steam Tram-road Company Limited, em Londres, que obteve autorização para funcionar no Brasil por meio do Decreto n.° 3.905, de 3 de julho de 1867.[7] Iniciou em 6 de outubro de 1867, a construção do ramal de Feira de Santana, tendo como ponto inicial a cidade de Cachoeira (Bahia). Em 1869, depois de ter levantado a mesma companhia £ 89.906,68, já tendo construído cerca de 25 quilómetros do ramal de Feira de Santana e feito os estudos de toda linha principal entrou em liquidação e falência.[8][9][10][11]
Em 6 de junho de 1872, o engenheiro civil inglês Hugh Wilson se propôs a comprar a massa falida da Paraguassú Steam Tram-road Company Limited, para tomar para si a organização de outra empresa que desse continuidade a construção da Estrada de Ferro do Paraguassú. Tendo a Lei Provincial n.º 1.246 de 27 de junho de 1872, autorizado a presidência da província a celebrar o respectivo contrato, foi este firmado em 26 de setembro de 1872, com o Presidente da Província da Bahia Joaquim Pires Machado Portela. Tal contrato foi ratificado por Dom Pedro II, nos termos do Decreto n.° 5.777, de 28 de outubro de 1874.[12][13][14][15]
Hugh Wilson se comprometeu a não somente comprar, em Londres, a massa falida da Estrada de Ferro do Paraguassú, ficando a província e os demais acionistas desta empresa isentos de toda e qualquer responsabilidade, como encarregar-se de concluir as obras do ramal da Feira de Santana, a ponte entre Cachoeira e São Felix sobre o Rio Paraguaçu e a organizar companhia para os mesmos fins da Tram-road do Paraguassú.[16] Em Londres a companhia de Hugh Wilson recebeu o nome de Brazilian Imperial Central Bahia Railway Company Limited, e no Brasil a ferrovia foi nomeada por Estrada de Ferro Central da Bahia.
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