Jesus Seminar
De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
O Jesus Seminar (Seminário sobre Jesus) é um projeto de reflexões cristológicas fundado em março 1985 por Robert Funk, com o apoio do Instituto Westar,[1] que inicialmente reunia cerca de 30 seguidores (fellows),[2] número que, posteriormente, chegou a superar a marca de 200 seminaristas.[3] Trata-se de um dos mais destacados grupos de Crítica Bíblica,[4] que utiliza métodos históricos para determinar, com base no critério da plausibilidade histórica,[2] aquilo que Jesus, como uma figura histórica, pode ou não ter dito ou feito. Além disso, o seminário popularizou as investigações sobre o Jesus histórico. Seus seguidores se reuniam duas vezes por ano.
O Jesus Seminar foi uma forma de organizar estudiosos da Bíblia no meio acadêmico contra o dogmatismo das Congregações Religiosas, que, principalmente nos Estados Unidos, criavam um clima inquisitorial, que fazia com que os estudiosos não dogmáticos ficassem retraídos. O novo clima intelectual surgido no pós-guerra, contagiou também a crítica bíblica, que aos poucos foi ganhando espaços e disciplinas nas universidades norte-americanas, levando os adeptos da teologia dogmática a refugiar-se em seus próprios seminários e faculdades, foi a terceira onda de estudiosos do Jesus Histórico, que se distinguia das demais por buscar o Jesus Histórico a partir do princípio de continuidade com o judaísmo daquela época.[2]
Dentre seus seguidores, merecem destaque[2][5][6][7][8][9]: John Dominic Crossan, Marcus Borg, Bruce Chilton, Don Cupitt, Marvin Meyer, Lloyd Geering, Karen Leigh King, John S. Kloppenborg, Gerd Lüdemann, Burton L. Mack, Vernon K. Robbins, James M. Robinson, John Shelby Spong, Walter Wink, Stephen L. Harris, Edward F. Beutner,[10][11] Robert T. Fortna,[12][13][14] Roy Hoover,[15][16][17] Mahlon H. Smith,[18][19] Bernard Brandon Scott,[20][21] Robert J. Miller,[22][23][24][25][26][27][28] Daryl D. Schmidt,[29][30][31][32][33] W. Barnes Tatum,[34][35][36] William E. Arnal,[37][38][39][40][41][42][43] Marvin F. Cain,[44][45][46] Ronald D. Cameron, Kathleen E. Corley,[47][48][49][50][51][52][53][54] Charles W. Hedrick,[55][56][57] Julian Victor Hills,[58][59] Arland D. Jacobson,[60][61][62][63][64] Milton C. Moreland,[65][66][67][68][69][70][71] Stephen J. Patterson,[72][73][74][75][76] Jonathan L. Reed[77][78][79][80][81] e John J. Rousseau.[82][83]
Alguns seguidores do Jesus Seminar perderam seus empregos como professores universitários, outros foram perseguidos, e nesse contexto alguns seguidores preferiram participar dos estudos em sigilo.[3]