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Ixelles (em francês) ou Elsene (em neerlandês) é uma das 19 comunas bilíngues que compõem a Região de Bruxelas-Capital, na Bélgica.[1] É considerada, com Saint-Gilles, como a comuna bruxelense dos estudantes, dos artistas e dos intelectuais.
Ixelles | |
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Lagos de Ixelles, vista de edifícios na margem do lago sul | |
Situação da comuna na região de Bruxelas-Capital | |
Brasão | Bandeira |
Geografia | |
Região | Bruxelas-Capital |
Distrito | |
Coordenadas | 50°49′ N, 04°22′ E |
Área | 6,34 km² |
Demografia | |
População – Homens – Mulheres – Densidade |
79 768 (1º de janeiro de 2008) 48,70% 51,30% 12582 hab./km2 |
Faixa Etária 0–19 anos 20–64 anos 65 anos ou mais |
(1º de janeiro de 2004) 15,32%% 72,21%% 12,46%% |
Estrangeiros | 30 160% (25 de novembro de 2006) |
Economia | |
Desemprego | 18,9% (1º de janeiro de 2006) |
Renda per capita | 11 196 Euros/hab. (2003) |
Política | |
Burgomestre | |
Coalizão/partido | |
Escabinos | 41 |
Código postal | |
Código postal | deelgemeenten /entités (submunicípios) |
1050 | |
Outras informações | |
Código telefônico | 02 |
Código NIS | 21009 |
Website | www.ixelles.be |
No começo de 2008, Ixelles contava com 80836 habitantes. Situada na primeira cintura de comunas que envolvem a comuna de Bruxelas, tem uma superfície de 6,34 km².
As origens de Ixelles remontam à fundação da Abadia de la Cambre por um monge beneditino em 1196.[1] Esta abadia estava localizada perto da nascente do ribeiro de Maelbeek, no bosque de Soignes, do qual ainda resta a parte conhecida hoje como Bois de la Cambre. Foi consagrada pelo Bispo de Cambrai e ganhou grande fama desde que São Bonifácio de Bruxelas, depois de ter sido Bispo de Lausanne, a escolheu, em 1242, para aí passar os seus últimos anos de vida.
Por volta de 1300, durante o reinado de João II de Brabante, construiu-se um albergue para fornecer refeições aos trabalhadores do bosque. Em pouco tempo desenvolveu-se à sua volta uma pequena aldeia e algumas capelas, incluindo a Igreja da Santa Cruz, dedicada ao Bispo de Cambrai, em 1459.[1] Os vários lagos, ainda existentes, forneciam peixe à abadia e aldeias vizinhas. Naquela época, parte de Ixelles estava sujeita a Bruxelas e outra pertencia ao senhor local.
Em 1478, as guerras entre Luís XI de França e Maximiliano I de Habsburgo trouxeram a devastação à abadia e aos arredores. Em 1585 os espanhóis incendiaram a maioria dos edifícios da zona para evitar que que servissem de abrigo aos calvinistas.[1] A abadia foi restaurada a tempo para a “Joyeuse Entrée” dos arquiduques Alberto de Áustria e Isabel de Habsburgo, em 1599.[1] Ao longo do século XVI foram sendo construídos solares e castelos em Ixelles, transformando gradualmente a pequena aldeia numa florescente povoação. A pureza das águas dos lagos atraíram várias fábricas de cerveja para o local, algumas das quais perduraram até à actualidade.
Em 1795, como muitas das outras povoações dos arredores de Bruxelas, Ixelles foi proclamada comuna autónoma pelo regime francês no período da Revolução.[1] Os monges foram expulsos da abadia, que foi sucessivamente utilizada como fábrica de algodão, quinta, escola militar, hospital e, finalmente, tornou-se na actual escola de Arquitectura.[1] Muitas das portas da muralha medieval de Bruxelas, ao longo da actual via circular interna, foram demolidas e mais ruas foram abertas, para acomodar a crescente população nos subúrbios da cidade. A população de Ixelles cresceu de 677 habitantes em 1813 para mais de 58.000 em 1900.[1]
No fim do século XIX, alguns dos lagos foram drenados e foi construída a nova Igreja da Santa Cruz (Sainte Croix em francês ou Heilige Kruis em neerlandês). Em 1884 apareceram os primeiros transportes públicos urbanos e em 1919 a primeira sala de cinema. Ixelles e a Avenue Louise tornaram-se numa das zonas mais chiques de Bruxelas, atraindo artistas e celebridades, cenário pioneiro de novas tendências arquitectónicas como a as Art Nouveau e a Art Deco.[1]
Ixelles tem a particularidade de ser a única comuna da região que não tem um território contínuo, por ser interrompido pela avenida Louise, pertencente à comuna de Bruxelas-cidade, que a divide em duas partes. Em 1860 foi criado o parque público do Bois de la Cambre e em 1864, depois de muitas negociações, foi construída a Avenue Louise, que atravessa Ixelles, para ligar o centro de Bruxelas ao grande espaço verde a sul da capital.
Tem como limítrofes as comunas de Bruxelas-cidade, Etterbeek, Forest, Auderghem, Uccle, Saint-Gilles e Watermael-Boitsfort.[1]
Apesar de ser uma das maiores comunas de Bruxelas, o coração de Ixelles continua a ser uma zona sossegada com lagos e espaços arborizados.
Ixelles reúne um conjunto de bairros com características muito diferentes:
A presença dos campi da Université libre de Bruxelles (ULB), francófona, e da Vrije Universiteit Brussel (VUB), de língua neerlandesa, tornam o bairro do Cemitério de Ixelles num dos mais frequentados pelos estudantes.
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