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Irene de Trebizonda foi uma imperatriz-consorte de Trebizonda, segunda esposa (bigâmica) de Basílio de Trebizonda, entre 1339 e 6 de abril de 1340. Ela foi a mãe de dois filhos dele, Aleixo e João (que depois reinaria como Aleixo III de Trebizonda) e, possivelmente, mais duas filhas, Maria e Teodora.
Irene de Trebizonda | |
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Imperatriz-consorte de Trebizonda | |
Irene de Trebizonda | |
Reinado | c. 1339–6 de abril de 1340 |
Consorte | Basílio de Trebizonda |
Antecessor(a) | Irene Paleóloga de Trebizonda |
Sucessor(a) | Acropolitissa |
Floruit | 1339–1382 |
Dinastia | Mega Comneno (matr.) |
Pai | ? |
Mãe | ? |
Não se sabe quase nada sobre Irene antes de ela se tornar amante de Basílio: "o historiador bizantino a chamou de cortesã, mas um cronista trebizondino, de senhora de Trebizonda", escreveu William Miller[1]. Os dois filhos do casal nasceram antes do casamento, que se realizou em 1339 sob fortes protestos do patriarca de Constantinopla João XIV Calecas e que duraria apenas nove meses até a morte de Basílio. Segundo Miller, "havia rumores de que a imperatriz descartada o assassinara privadamente e a conduta dela deu azo às suspeitas, pois ela estava evidentemente preparada para lucrar com sua morte"[2]. Irene Paleóloga, a primeira esposa "descartada", e seus aliados tomaram o poder imediatamente e enviaram Irene com seus filhos para Constantinopla para que ficassem aos cuidados do imperador bizantino Andrônico III Paleólogo, pai da nova imperatriz.
Durante o exílio, Irene testemunhou diversas revoltas palacianas, tanto em Trebizonda quanto em Constantinopla. A regência bizantina do jovem imperador João V Paleólogo apoiou o irmão do falecido Basílio, Miguel de Trebizonda, e também o seu primo, João III, em suas tentativas de tomarem o trono, mas quando João VI Cantacuzeno venceu a guerra civil e tomou o trono, seu apoio foi dado ao filho de Irene de Trebizonda, João[3][a]. João também recebeu o apoio de Nicetas Escolares, o líder dos poderosos escolários (scholarioi), que Miguel alienou. O golpe foi vitorioso e conseguiu depor o fraco e violento governo de Miguel, colocando João no trono com o nome de Aleixo III[4].
A ascensão de Aleixo aos treze anos marcou o início do próprio poder de Irene sobre o governo de Trebizonda. Ela presumivelmente lutou contra os nobres e especialmente contra a família Doranita (Doranites), que liderou uma fracassada revolta na capital ainda nos primeiros seis meses do reinado de Aleixo. Embora a rebelião tenha sido esmagada, Aleixo se retirou para o castelo de Trípoli, que oferecia mais segurança[5]. Em 1341, Irene acompanhou uma expedição a Limnia com Miguel Panareto e tomou cidade do rebelde Constantino Doranita. Ela também acompanhou uma segunda campanha, em janeiro de 1352, contra João Tzaniches, que havia tomado à força o castelo ancestral de sua família, Tzanicha[6].
Depois disto, as menções a Irene no registro histórico se tornam mais esparsas. Em 1367, ela acompanhou o filho ao casamento de sua neta, Ana, com o rei da Geórgia[7]. Ela também estava presente no batismo de seu bisneto, Basílio, que assumiu em 1382 o nome de Aleixo IV. Depois disso, nada mais se sabe sobre Irene[8].
Irene de Trebizonda Nascimento: ? Morte: Depois de 1382 | ||
Títulos reais | ||
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Precedido por: Irene Paleóloga |
Imperatriz-consorte de Trebizonda 1339–1340 |
Sucedido por: Acropolitissa |
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