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Impetigo é uma infeção bacteriana na parte superficial da pele.[1] A apresentação mais comum são crostas amarelas na cara, braços ou pernas.[1] Em alguns casos podem aparecer bolhas de grande dimensão que afetam a virilha ou as axilas.[1] As lesões podem ser dolorosas ou causar comichão.[2] A febre é pouco comum.[2]
Impetigo | |
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Crostas em redor da boca num caso de impetigo infantil | |
Sinónimos | Impetigo contagiosa |
Especialidade | Dermatologia, infectologia |
Sintomas | Crostas na pele amareladas e dolorosas[1][2] |
Complicações | Celulite, glomerulonefrite pós-estreptocócica[2] |
Início habitual | Crianças mais novas[2] |
Duração | Menos de 3 semanas[2] |
Causas | Staphylococcus aureus ou Streptococcus pyogenes transmitidas por contacto direto[2] |
Fatores de risco | Infantários e espaços lotados, má nutrição, diabetes, desportos de contacto, fissuras na pele[2][3] |
Prevenção | Lavar as mãos, evitar contacto com pessoas infetadas, limpar as feridas[2] |
Tratamento | Depende dos sintomas[2] |
Medicação | Antibióticos (mupirocina, ácido fusídico, cefalexina)[2][4] |
Frequência | 140 milhões (2010)[5] |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | L01, L01.00, L01.0 |
CID-9 | 684 |
CID-11 | 971176543 |
DiseasesDB | 6753 |
MedlinePlus | 000860 |
eMedicine | 965254 |
MeSH | D007169 |
Leia o aviso médico |
A causa do impetigo é geralmente uma infeção por Staphylococcus aureus ou Streptococcus pyogenes.[2] Entre os fatores de risco estão a frequência de infantários ou espaços lotados, má nutrição, diabetes, desportos de contacto e fissuras na pele como as causadas por picadas de mosquito, eczema, sarna ou herpes.[2][3] A doença é contagiosa através de contacto direto com a pessoa infetada.[2] O diagnóstico geralmente baseia-se nos sintomas e aparência das lesões.[2]
Entre as medidas de prevenção estão lavar as mãos com frequência, evitar o contacto com pessoas infetadas e limpar as feridas.[2] O tratamento geralmente consiste na aplicação de pomadas antibióticas à base de mupirocina ou ácido fusídico.[2][4] Nos casos em que são afetadas regiões extensas do corpo podem ser administrados antibióticos por via oral, como a cefalexina.[2] Têm vindo a ser observados casos de resistência antibiótica.[2]
Em 2010 o impetigo afetava cerca de 140 milhões de pessoas em todo o mundo (2% da população).[5] A doença pode ter aparecer em qualquer idade, embora seja mais comum em crianças mais novas.[2] Mesmo sem tratamento, a maioria dos casos melhora ao fim de três semanas.[2] Entre as possíveis complicações estão a celulite ou glomerulonefrite pós-estreptocócica.[2] O nome da doença tem origem no latim impetere, que significa "atacar".[6]
A infecção geralmente é causada por Staphylococcus aureus podendo causar ou não bolhas pela pele. Quando causada por Streptococcus pyogenes geralmente não produz bolhas. Ambas são bactérias cocoides, gram-positivas e flora normal da pele em humanos e outros animais. São transmitidas por contato com lesões ou pelas vias respiratórias. Pode ser transmitida por contato com insetos. Possui período de incubação de 1 a 3 dias para Streptococcus e 4 a 10 dias para Staphylococcus.[7]
Também pode ser transmitido por contato direto com animais infectados, mas essa via é pouco comum mesmo em ambientes rurais. Em adultos frequentemente está associado a doenças crônicas como diabetes melito.[8]
A infeção pode afetar qualquer segmento da pele, sendo a face e as mãos os locais mais comuns. Um ferimento mal higienizado favorece o desenvolvimento de infeções bacterianas em geral, incluindo o impetigo.
Clinicamente existe a forma bolhosa e a não bolhosa. Na primeira se formam pequenas bolhas, que após romperem-se formam crostas. Na forma não bolhosa do impetigo geralmente se manifesta com crostas melicéricas (que lembram a cor do mel).
A infeção por estreptococos apresenta inicialmente uma lesão inflamatória, com a região avermelhada e posteriormente secreção purulenta contagiosa, evoluindo para crostas; a infeção provocada por estafilococos produz mais secreção purulenta e apresenta bolhas, sendo assim muito mais contagiosa.[9]
Quando o sistema imune responde excessivamente, pode danificar os rins causando Glomerulonefrite pós-estreptocócica. Quando não tratado adequadamente o Streptococcus pyogenes pode destruir colágeno e fibras musculares debaixo da pele causando fascite necrotizante.[10]
O diagnóstico é clínico, geralmente feito por um clínico geral ou um dermatologista. Para casos atípicos ou resistentes é indicado que se faça uma cultura em laboratório especializado para que seja identificado o microorganismo causador e seleção do(s) antibiótico(s) apropriado(s) ao tratamento.
O tratamento que deve ser iniciado tão logo apareçam os primeiros sintomas, mas antes disso, lembra, o melhor remédio é a prevenção. Lavar bem a ferida, corte ou lesão, usando antissépticos no local.
Casos leves podem ser tratados com água e sabão deixando a ferida secar ao sol ou com uma pomada bactericida (como mupirocina). Quando a infecção já se espalhou pelo corpo, o médico pode recomendar o uso de antibióticos orais como dicloxacilina, flucloxacilina ou eritromicina. Geralmente desaparece em 24 a 48h após o início do tratamento sem deixar cicatrizes, podendo deixar manchas que desaparecem em algumas semanas.[10]
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