História do Canadá
ocorrências e pessoas no Canadá ao longo da história / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
A história do Canadá cobre o período desde a chegada dos paleoamericanos há milhares de anos até aos dias atuais. O Canadá tem sido habitado por milênios por grupos distintos de povos ameríndios, entre os quais evoluíram redes de comércio, crenças espirituais e hierarquias sociais. No entanto os primeiros habitantes do que hoje conhecemos como Canadá, eram os aborígenes, algonquinos, esquimós, iroqueses, sioux entre outros.[1][2]
As referências deste artigo necessitam de formatação. (Agosto de 2020) |
A região hoje conhecida como Canadá foi palco de diversas instâncias colonizadoras. Durante a Idade Antiga/Antiguidade, o litoral leste do Canadá foi ocupado por franceses viquingues; percebe-se isso por várias construções deixadas por esses povos. Contudo, a colonização destes não obteve êxito.[3]
A primeira visita documentada a terras canadenses/canadianos por navegadores europeus ocorreu em 1497 ou 1498, quando o veneziano Giovanni Caboto (conhecido em inglês como John Cabot), ao serviço de Inglaterra, aportou à Terra Nova. Alguns historiadores defendem que há indícios de que a Terra Nova já teria sido visitada pelo navegador português João Vaz Corte Real em 1472 ou antes[4][5][6] e por Diogo de Teive e o seu piloto Pero Vasques Saavedra em 1452.[7]
A colonização europeia começou efetivamente no século XVI, quando os britânicos, e principalmente, os franceses se estabeleceram pelo Canadá. Os britânicos não tiveram uma forte presença no antigo Canadá, instalando-se originalmente na Terra de Rupert, sendo que a região dos Grandes Lagos e do Rio São Lourenço, bem como a região que atualmente compõe as atuais províncias de Nova Escócia e Novo Brunswick, estava toda nas mãos dos franceses.[8] A Nova França e a Acádia continuavam a sua expansão.[9] Essa expansão não foi bem aceita/aceite pelos iroqueses e, principalmente, pelos britânicos e os colonos das chamadas Treze Colônias, desencadeando uma série de batalhas que culminou, em 1763, no Tratado de Paris — no qual os franceses cederam os seus territórios da Nova França e da Acádia aos britânicos.[10]
Os Estados Unidos, em 1812, invadiram o Canadá Inferior e o Canadá Superior, na tentativa de anexar o resto das colônias/colónias britânicas na América do Norte, desencadeando a Guerra de 1812. Os Estados Unidos não tiveram sucesso, recuando ao tomarem conhecimento da chegada de tropas britânicas enviadas para combatê-los — mas ocuparam temporariamente as cidades de York (atual Toronto) e Quebec, queimando-as ao se retirarem.
Como o Reino Unido ainda mantinha o controle/controlo das relações exteriores do Canadá, ao abrigo da Lei da Confederação, com a declaração britânica de guerra em 1914, o Canadá foi automaticamente envolvido na Primeira Guerra Mundial. O Canadá declarou guerra à Alemanha de forma independente durante a Segunda Guerra Mundial sob o governo do primeiro-ministro liberal William Lyon Mackenzie King, três dias após o Reino Unido. As primeiras unidades do Exército canadense/canadiano chegaram na/à Grã-Bretanha em dezembro de 1939.[11]
Em 1919, o Canadá entrou na Liga das Nações, independentemente do Reino Unido e,[11] em 1931, o Estatuto de Westminster, afirmou a independência do Canadá.[12] O Domínio de Terra Nova (hoje Terra Nova e Labrador), na época um equivalente do Canadá e da Austrália como um domínio, uniu-se ao Canadá em 1949.[13] O crescimento do Canadá, combinado com as políticas dos sucessivos governos liberais, levou ao aparecimento de uma nova identidade canadense, marcada pela adoção da atual bandeira, em 1965,[14] a aplicação do bilinguismo oficial (inglês e francês), em 1969,[15] e o multiculturalismo oficial em 1971.[16] O Quebec passou por profundas mudanças sociais e econômicas através da "Revolução Tranquila", dando origem a um movimento separatista e mais radical na província chamado Front de libération du Québec (FLQ), cujas ações culminaram na Crise de Outubro de 1970.[17]