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História de Montenegro
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Durante muito tempo, Montenegro constituiu um principado autónomo face ao poder hegemónico que o Império Otomano exercia nos Balcãs. A sua independência foi formalmente reconhecida pelo Tratado de Berlim de 1878 (que também reconheceu a independência da Bulgária, da Roménia e da vizinha Sérvia).
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Em 1910, o príncipe Nicolau proclamou-se rei. No entanto, o reino do Montenegro existiu durante apenas oito anos. Com o fim da Primeira Guerra Mundial, em 1918, o Montenegro foi integrado no Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos (não havendo no nome do estado qualquer referência aos montenegrinos, assim como aos bósnios ou aos macedónios), o qual se tornou em 1929 o reino da Jugoslávia.
Durante a Segunda Guerra Mundial, os guerrilheiros de Tito procuraram refúgio nas suas montanhas, e quando em 1944 a região foi libertada, o Montenegro tornou-se uma das seis repúblicas constituintes da República Socialista da Jugoslávia. Com o fim desta entidade no início da década de 1990, quatro das repúblicas secederam e tornaram-se independentes; somente a Sérvia e o Montenegro lhe deram continuidade, formando a nova República Federal da Jugoslávia, governada por Slobodan Milošević, e com um grande predomínio da entidade sérvia dentro da federação.
Em 1992, no último referendo ocorrido para discutir a união com a Sérvia, cerca de 96% dos votos foram favoráveis a essa alternativa, ainda que apenas 66% da população tenha ido às urnas (as minorias muçulmana e católica, assim como alguns montenegrinos que não se reviam nessa união, boicotaram o referendo). De notar também que as condições de voto eram desiguais e injustas, tendo havido mesmo pessoas que votaram nas ruas. No entanto, desde então muitas coisas mudaram, e hoje a cena política montenegrina é significativamente diferente.
Desde 1996 que o governo de Milo Đukanović isolou de facto o Montenegro da Sérvia (então sob o governo de Slobodan Milošević) em vários aspectos. O Montenegro desenvolveu uma política económica independente da sérvia, e trocou o dinar pelo marco alemão; actualmente, usa como moeda o euro, ainda que a república não esteja integrada nem na União Europeia nem na Eurolândia.
O governo montenegrino tem vindo desde então a desenvolver uma política predominantemente pró-independentista. No entanto, sucessivos referendos acerca dessa matéria foram adiados, pelo que muitos apoiantes da independência começaram a perder a esperança na sua causa.
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Em 2002 a Sérvia e o Montenegro assinaram um novo acordo no tocante à cooperação dentro da federação. No ano seguinte, com o patrocínio da União Europeia, o país Jugoslávia desapareceu formalmente dos mapas e deu lugar a um nova entidade chamada Sérvia e Montenegro, com o projeto de o Montenegro realizar um referendo sobre a independência até 2006.
O governo de Đukanović; tem entretanto estado sob intensa pressão, devido a escândalos envolvendo, designadamente, o tráfico de mulheres moldavas. O Escândalo Moldavo, como foi chamado na mídia montenegrina, envolveu mesmo altas figuras da República, como Zoran Piperovic.