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jornalista brasileiro Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Herbert Moses (Rio de Janeiro, 27 de julho de 1884[1] – Rio de Janeiro, 11 de maio de 1972) foi um advogado e jornalista brasileiro. Foi presidente da Associação Brasileira de Imprensa.
Herbert Moses | |
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Moses fala na ABI, 1936 | |
Nascimento | 27 de julho de 1884 Rio de Janeiro, Município Neutro |
Morte | 11 de maio de 1972 (87 anos) Rio de Janeiro, Guanabara |
Nacionalidade | brasileiro |
Ocupação | Jornalista |
Prêmios | Prêmio Maria Moors Cabot (1957) |
De origem judia, Moses era filho de Inácio Moses, austríaco, e mãe estadunidense, Ida.[1] Aluno do Colégio Pedro II, ingressou no jornalismo com 14 anos, ao fundar, em 1898, com Pedro Berquó, o jornal O Estudante, dedicando o resto de sua vida a essa profissão.[1]
Formou-se em direito em 1905, chegando a abrir um escritório de advocacia e, no ano de 1913, integrou a delegação do Brasil junto à III Conferência Pan-Americana de Assuntos Jurídicos.[1]
Dirigiu a Revista Moderna e foi membro da direção do jornal A Noite, do qual foi cofundador juntamente com Irineu Marinho;[1] com a venda daquele periódico, fundou junto com Marinho vespertino O Globo (1925).[2] Paralelamente à atividade jornalística, foi presidente do Automóvel Clube do Brasil e do Jockey Club Brasileiro, diretor-secretário da Associação Comercial do Rio de Janeiro e diretor do Instituto dos Advogados Brasileiros.
Eleito para a presidência da Associação Brasileira de Imprensa - ABI em 1931, ocupou o cargo até 1965.[3]
Em 1957 recebeu o prêmio Maria Moors Cabot, com que a Universidade Columbia distingue os jornalistas que se destacam na luta pela liberdade de imprensa.
Também foi líder da comunidade israelita e presidente do Instituto Cultural Brasil-Israel.[4]
Homem dotado de visão e sensibilidade humanitária, foi fundador do Rotary Club do Rio de Janeiro em 1923, tendo sido o único associado que firmou a ata antecedente de fundação do clube em 1921. [5]
Em maio de 1931, Moses concorreu à presidência da ABI contra Ernesto Pereira Carneiro (pertencente ao Jornal do Brasil) e Oscar Costa (do Jornal do Commercio), sagrando-se eleito como representante maior da categoria.[6]
Sua longa gestão à frente da entidade de classe jornalística brasileira teve início durante a ditadura de Getúlio Vargas, justamente quando estava em vigora a censura característica dos regimes de exceção; apesar disto, Moses conseguiu do caudilho apoio à organização, que se consubstanciou na doação de valores para aquisição da sede da entidade, a criação das primeiras faculdades de jornalismo no país, bem como a defesa de jornalistas perseguidos - aproveitando-se de sua fácil interlocução com o regime.[3]
Em 1932 Moses foi um dos signatários de manifesto contrário à extradição de vários jornalistas, como Júlio de Mesquita Filho, Austregésilo de Ataíde e Cásper Líbero e de outro contrário à Lei de Imprensa, na época chamada de "lei infame".[1]
Enfrentou vários momentos em que houve ruptura institucional e em que a atividade jornalística se viu ameaçada pelos governos; a própria ABI reconhece que foi ele quem deu à entidade respaldo tanto no plano interno quanto internacional.[3]
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