Guerra Israel-Hamas
grande escalada do conflito israelo-palestino iniciada em 7 de outubro de 2023 / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
A guerra Israel-Hamas, também referido como conflito Israel-Gaza ou conflito israelo-palestino de 2023, começou em 7 de outubro após um ataque terrorista coordenado por vários grupos militantes palestinos contra cidades israelenses, passagens de fronteira, instalações militares adjacentes e colonatos civis nas proximidades da Faixa de Gaza, no sul de Israel.[28][29] Descrito como uma Terceira Intifada por alguns observadores,[30][31][32][33] as hostilidades foram iniciadas por um bombardeio de mísseis contra Israel e incursões transportadas em veículos para o território israelense, tendo sido realizados vários ataques contra os militares israelenses, bem como contra as comunidades civis israelenses.[34] A retaliação israelense com bombardeios e incursões militares contra Gaza foi chamada de Operação Espadas de Ferro.[35]
Este artigo ou se(c)ção trata de um conflito armado recente ou em curso. |
Guerra Israel-Hamas | ||||
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Parte do Conflito israelo-palestino | ||||
Áreas dentro da Faixa de Gaza sob controle israelense Maior avanço israelense na Faixa de Gaza Extensão máxima de avanço do Hamas
Áreas dentro da Faixa de Gaza a serem evacuadas ordenadas por Israel | ||||
Data | 7 de outubro de 2023 – presente (9 meses e 15 dias) | |||
Local | Israel, Palestina (principalmente na Faixa de Gaza), Síria e sul do Líbano | |||
Desfecho | Em andamento | |||
Beligerantes | ||||
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Comandantes | ||||
Unidades | ||||
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Forças | ||||
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O ataque foi liderado por grupos militantes palestinos, incluindo o Hamas, a Jihad Islâmica e a Frente Popular para a Libertação da Palestina, com o apoio do Irã.[36] O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, apoiou verbalmente o levante, afirmando que os palestinos tinham o direito de se defenderem contra a ocupação israelense.[37][38] O Coordenador Especial das Nações Unidas para o Processo de Paz no Oriente Médio, a União Europeia e muitos países membros expressaram condenação dos ataques e disseram que Israel tinha o direito à autodefesa.[39][40]
Pelo menos 2 200 mísseis foram disparados da Faixa de Gaza nas primeiras horas enquanto militantes do Hamas violavam a barreira Israel-Gaza, matando pelo menos 200 israelenses e levando o governo de Israel a declarar estado de emergência; o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que Israel "está em guerra" em um discurso nacional após o início dos ataques.[41][42][43][44] Militantes palestinos que se infiltraram em Israel invadiram vários kibutz ao redor da Faixa de Gaza e da cidade israelense de Sderot,[34] com fontes da mídia palestina e israelense relatando que soldados e civis israelenses haviam sido feitos reféns.[45]
Vários países do mundo ocidental e seus aliados condenaram o Hamas pela violência[46] e chamaram as táticas utilizadas pela organização de "terrorismo";[47] enquanto vários países do mundo muçulmano culparam a ocupação israelense dos territórios palestinos e a negação da autodeterminação palestina como a causa da escalada da violência.[48][49] A Anistia Internacional condenou tanto o Hamas quanto Israel pela conduta da guerra.[50] O conflito produziu uma grave crise humanitária no território de Gaza,[51] com mais de 30 mil mortos e 80 mil feridos palestinos (até abril de 2024),[52] incluindo milhares de mulheres e crianças, destruição maciça de infraestrutura e habitações,[53] quase dois milhões de pessoas desalojadas de suas casas, desabastecimento generalizado de energia, combustível e medicamentos, destruição de hospitais e serviços sanitários, 95% da população perdeu o acesso à água de boa qualidade e a fome atingiu virtualmente 100% da população.[51][54] Segundo oficiais das Nações Unidas, "a crise humanitária em Gaza é mais do que catastrófica, e piora a cada dia. Nos três meses desde o início do conflito, Gaza tornou-se um lugar de morte e desespero".[51] No lado israelense mais de 1,5 mil pessoas morreram[55] e 500 mil foram desalojadas.[27]