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autoridade administrativa federal do Canadá Da Wikipédia, a enciclopédia livre
O Governo do Canadá, formalmente Governo de Sua Majestade,[1][2][3] é o sistema no qual a Confederação do Canadá é administrada por uma autoridade comum. O conceito foi estabelecido na Confederação, através do Ato Constitucional de 1867, como uma monarquia constitucional na qual a monarquia canadense é a "mais básica unidade"[4] da monarquia democrática parlamentar em sistema Westminster.[5] A Coroa é a base dos Poderes executivo, legislativo e judiciário do governo.[6][7][8] Outras instituições de Estado estão descritas na Constituição do Canadá.[9]
Governo do Canadá | |
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Inglês: Government of Canada Francês: Gouvernement du Canada | |
Logotipo do Governo do Canadá | |
Visão geral | |
Estabelecido | 1 de julho de 1867 |
País | Canadá |
Líder | Primeiro-ministro (Justin Trudeau) |
Apontado por | Governador-geral (Mary Simon) |
Órgão principal | Conselho Privado (de jure) Gabinete (de facto) |
Responsável para | Câmara dos Comuns |
Sede | Ottawa |
Website | www |
O termo governo é usado para referir-se tanto às instituições que administram o país como à monarquia reinante ou ao Governador-geral do Canadá.[10] No Canadá, o termo é escrito com inicial maiúscula quando contextualizado,[10] pois o governo é sinônimo de o estado — enquanto nos Estados Unidos é sinônimo de a administração
Em comunicados de imprensa de departamentos federais, tem se utilizado o termo Governo [sobrenome do primeiro ministro], o que tem sido amplamente utilizado na mídia.[11] Em 2010, instruções do gabinete do primeiro ministro orientavam departamentos do governo a usarem de forma consistente o termo Governo Harper ao invés de Governo do Canadá.[12] O mesmo gabinete porém havia instruído a utilização do termo Novo Governo do Canadá.
Pelo Ato Constitucional de 1867, o Canadá é uma monarquia constitucional, na qual o soberano reinante tem papeis legais e práticos, mas não políticos.[13] A Coroa é tratada como uma corporação, com o monarca, investido com poderes de Estado,[14] no centro de uma estrutura em que o poder é dividido por instituições de governo agindo sob a autoridade do soberano; [15][16][17] a Coroa tem sido descrita como o princípio da unidade institucional do Canadá.[18]
O consentimento real e a assinatura real são necessários para aprovar leis, cartas-patentes e ordens em conselho, apesar da autoridade para estes atos emanar do povo canadense e,[19][20] dentro das convenções de uma monarquia constitucional, a participação direta do soberano em qualquer destas áreas de governo ser limitada.[21][22] Como monarca — atualmente Carlos III — de 15 outras nações da Commonwealth, ele aponta seu representante, Governador-geral do Canadá; desde 1947, o Governador-geral tem permissão para exercer muitas das prerrogativas reais, permanecendo alguns poderes exclusivos do Rei. Tanto o monarca quanto o governador-geral seguem as orientações de seus ministros no gabinete, que governam "sob a confiança" do monarca.[23] Porém, deve-se notar que a Prerrogativa real pertence somente à Coroa e não aos ministros,[17][24] e tanto o monarca ou governador-geral podem fazer uso destes poderes em situações de excepcional crise constitucional[25][26][27][28][29]
A monarquia canadense é uma monarquia federal, na qual a Coroa é unitária através de todas as jurisdições do pais, com o Chefe de Estado sendo parte de todas[30] A Coroa é representada em onze jurisdições legais — uma federal e dez provinciais —[15][31] Um Tenente Governador serve como representante do Rei em cada província, executando todos os deveres cerimoniais e constitucionais de Estado em seu nome.
O governo é definido pela Constituição como o Rei agindo com a orientação de seu Conselho privado.[1][32][33][34] Porém o Conselho Privado — constituído em sua maior parte por membros do parlamento, membros da Suprema Corte e outros estadistas — raramente se reúne em sua totalidade; como as orientações de responsabilidade governamental exigem que quem aconselhe o monarca ou o governador-geral preste contas aos eleitos da Câmara dos Comuns, as operações diárias do governo são feitas com uma parte do Conselho Privado, com membros possuindo cadeiras no parlamento.[34]
Uma das principais atribuições da Coroa é "assegurar que sempre esteja no poder um governo eleito democraticamente"[35] o que significa apontar o Primeiro Ministro para chefiar o Gabinete.[36] Por convenção, o governador-geral deve nomear como primeiro-ministro a pessoa que detém a confiança e apoio da Câmara dos Comuns; na prática, é sempre o líder do partido com maioria na Câmara. Caso nenhum dos partidos obtenha a maioria, o líder de um dos partidos — o que tenha mais assentos ou tenha o apoio de outros partidos — será nomeado pelo governador-geral para formar um governo minoritário. Neste caso, o primeiro-ministro permanece no cargo até renunciar ou ser destituído, seja após uma moção de censura ou derrota de seu partido após uma eleição geral.
A legislatura bicameral canadense, localizada em Ottawa, é constituída pelo soberano, pela Casa dos Comuns, e pelo Senado.[37] O governador-geral aponta e empossa cada um dos 105 membros da câmara alta aconselhado pelo primeiro-ministro,[38] enquanto os 308 membros da câmara baixa são diretamente eleitos pela população canadense, com cada membro do Parlamento representando um distrito eleitoral por um período não maior que quatro anos.[39] Pela tradição democrática, a Câmara dos Comuns é o principal ramo do Parlamento, com o Senado e a Coroa raramente se opondo. O Senado tem por função rever a legislação de um ponto de vista apolítico, e a monarquia fornece a aprovação real às leis.
O Ato Constitucional de 1867 estabelece que apenas o governador-geral é responsável por empossar o parlamento, e sua legislatura durava até a prorrogação, após a qual, sem cerimônias, ambas as câmaras cessavam toda atividade parlamentar até que o governador-geral emitisse outra proclamação real convocando o início de uma nova sessão. Após várias sessões, cada legislatura termina após sua dissolução. Tais dissoluções são geralmente motivadas politicamente, com o primeiro-ministro escolhendo o momento mais vantajoso para seu partido político. A dissolucão também ocorre se a maior parte dos Membros do Parlamento revogam sua confiança no primeiro-ministro em governar ou liderar, ou se o período máximo de quatro anos prescrever. Após a dissolução, eleições gerais são convocadas.
O soberano é responsável pela aplicação da justiça a todos os seus súditos/súbditos, e é tradicionalmente considerada a fonte da justiça.[40] Na prática porém, o monarca não interfere pessoalmente em casos judiciais; as funções judiciais são executadas por oficiais das cortes de Sua Majestade.
A Suprema Corte — a corte de apelações do país — possui nove juízes apontados pelo governador-geral e presididos pelo Chefe de Justiça do Canadá, julgando recursos de várias cortes de apelação das províncias e territórios. Logo abaixo está a Corte Federal, julgando casos sobre as leis federais.[41] Trabalha em conjunto com a Corte Federal de Apelações e o Tribunal de Contas[42]
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