Myrtus guajava (L.) Kuntze Psidium guajava var. cujavillum (Burman) Krug & Urb. Psidium guajava var. guajava Psidium guava Griseb. Psidium guayava Raddi Psidium igatemyensis Barb. Rodr. Psidium pomiferum L. Psidium pumiferum L. Psidium pumilum var. guadalupense DC. Psidium pyriferum L.
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Também é conhecida pelos nomes de araçá-guaçu, araçaíba, araçá-das-almas, araçá-mirim, araçauaçu, araçá-goiaba, goiaba, goiabeira-branca, goiabeira-vermelha, guaiaba, guaiava, guava, guiaba, mepera e pereira.
Apresenta três variedades:
Psidium guajava var. cujavillum (Burman) Krug & Urb. 1894
Tronco tortuoso, de casca lisa descamante tanífera. Ramos novos quadrangulares e pubescentes.
Folhas obovadas, cartáceas, descoloris, com até 12cm de comprimento.
Flores pequenas, brancas, solitárias, formadas na primavera[2].
Os frutos são bagas verdes ou amarelas de casca rugosa, com polpa suculenta doce-acidulada aromática, branca, rósea, avermelhada ou arroxeada, com muitos "caroços" (sementes). Amadurecem no verão.
As quatro pétalas da flor persistem na extremidade da goiaba.
Na natureza, a goiaba é quase sempre atacada pelo bicho-da-goiaba, larva de mosca.
Muito cultivada para a produção de frutos, em pomares domésticos ou comerciais, ocorre espontaneamente em todo o Brasil. É considerada planta invasora nos Estados Unidos.
Cultivares no Brasil
goiaba "Amarela: de origem desconhecida, casca grossa, poucas sementes, polpa branca
goiaba-cascuda: casca muito espessa, polpa vermelha, própria para doces ou goiabada cascão
goiaba "Courtbel": de origem americana, frutos grandes de polpa vermelha espessa e firme, poucas sementes
goiaba "H. Açu": rústica e vigorosa, criada por Hiroshi Nagai, de Registro, SP; frutos grandes, polpa vermelha, firme e doce
goiaba "Kumagai": de mesa, selecionada em Campinas, SP; polpa branca, frutos até 480 g, poucas sementes
goiaba "Ogawa 2": plantas pequenas, frutos de casca lisa com peso até 400 g, polpa rosada espessa firme, muito doce, poucas sementes
goiaba "Paluma": criada pela UNESP-campus de Jaboticabal, SP; safra longa, frutos com 200 g, polpa vemelha firme, poucas sementes
goiaba "Rica": crida pela UNESP-Jaboticabal, SP; frutos até 250 g, polpa vermelha firme, espessa, leve acidez
goiaba "Pedro Sato": criada no Rio de Janeiro, frutos até 400 g, polpa rosada, firme, saborosa
goiaba "Supreme Red Ruby": origem americana, participou no melhoramento genético de vários cultivares
goiaba "Yonemura": polpa rosada, com poucas sementes[3]
Cultivares no Taiwan
goiaba "Pérola" (em chinês: 珍珠拔): descoberta em 1990 em Kaohsiung; resistente a doenças, de fácil manejo e alta produtividade; frutos crocantes e de alta qualidade, especialmente no outono e inverno; atualmente, é a principal cultivar em Taiwan[4]
As goiabas são consumidas principalmente in natura ou em forma de doces (goiabada), compotas, geleias, sucos e sorvetes. São muito usadas na indústria. Além de suas folhas poderem ser utilizadas para fins medicinais.
São ricas em vitamina C, com de 180 a 300 miligramas de vitamina por 100 gramas de fruta (mais do que a laranja ou o limão). Têm quantidades razoáveis de vitaminas A e do complexo B, além de sais minerais, como cálcio, fósforo e ferro.
Uso medicinal
Em etnofarmacologia é usada para diarreias na infância. O chá, em bochechos e gargarejos, é usado para inflamações da boca e da garganta ou em lavagens de úlceras e na leucorréia[5][6].
As folhas têm óleo volátil rico em sesquiterpenos, entre eles o bisaboleno, além do dietoximetano e dietoxetano que dão o aroma dos frutos. O principal componente do óleo das sementes é o ácido linoleico[7][8].
O extrato aquoso do "olho" (broto) da goiabeira tem intensa atividade contra Salmonela, Serratia e Staphylococcus, grandes responsáveis pela diarreias de origem microbiana. A atividade é mais forte na variedade de polpa vermelha, e mais fraca nas folhas adultas e casca[5].
Lorenzi, Harri: Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil, vol. 1. Instituto Plantarum, Nova Odessa, SP, 2002, 4a. edição. ISBN 85-86174-16-X
Lorenzi, Harri et al.: Frutas brasileiras e exóticas cultivadas (de consumo in natura), Instituto Plantarum de Estudos da Flora, Nova Odessa, SP, 2006. ISBN 85-86714-23-2
Matos, F.J.A. 2002. Farmácias Vivas - sistema de utilização de plantas medicinais projetado para pequenas comunidades, 4a. edição. Edições UFC, Fortaleza. (citado em Lorenzi, Harri; Abreu Matos, Francisco José de: Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas cultivadas. Instituto Plantarum, Nova Odessa, SP, 2002. ISBN 85-86714-18-6)
Carriconde, C. 2000. Introdução ao uso de fitoterápicos nas patologias de APS. CNMP, Olinda (citado em Lorenzi, Harri; Abreu Matos, Francisco José de: Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas cultivadas. Instituto Plantarum, Nova Odessa, SP, 2002. ISBN 85-86714-18-6)
Craveiro, A.A., G.F. Fernandes, C.H.S. Andrade et al., 1981. Óleos essenciais de plantas do Nordeste. Edições UFC, Fortaleza (citado em Lorenzi, Harri; Abreu Matos, Francisco José de: Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas cultivadas. Instituto Plantarum, Nova Odessa, SP, 2002. ISBN 85-86714-18-6)
Robineau, L.G. (ed.) 1995. Hacia una farmacopea caribeña/TRAMIL. Enda-Caribe UAG & Universidade de Antioquia. Santo Domingo (citado em Lorenzi, Harri; Abreu Matos, Francisco José de: Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas cultivadas. Instituto Plantarum, Nova Odessa, SP, 2002. ISBN 85-86714-18-6)