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sistema operativo Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Gentoo Linux (pronuncia-se "jentú"[2]) é uma metadistribuição baseada no sistema gerenciador de pacotes portage. A nomenclatura usada no desenvolvimento do sistema e seus produtos é inspirada na espécie de pinguim Gentoo. Seu gerenciamento de pacotes é projetado para ser modular, portátil, fácil de manter, flexível e otimizado para a máquina usuária. Diferentemente da maioria das distribuições de software, normalmente os pacotes são compilados a partir do código fonte, mantendo a tradição dos ports[3] nos sistemas BSD, embora, por conveniência, alguns pacotes grandes sejam disponibilizados também como binários pré-compilados para várias arquiteturas.
Gentoo Linux | |
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KDE4 e LiveDVD Gentoo, 10º lançamento | |
Desenvolvedor | Fundação Gentoo |
Arquiteturas | alpha arm hppa ia64 loongson m68k mips ppc ppc64 s390 s390x sh sparc32 sparc64 x86 x86-64 |
Modelo do desenvolvimento | Software Livre |
Lançado em | dezembro de 1999 (24 anos) |
Versão estável | Rolling release semanal (aprox.) / |
Língua natural | Multi-lingual |
Mercado-alvo | desktop, estações de trabalho, servidores, entusiastas, usuários avançados, propósito geral[1] |
Família | GNU |
Núcleo | Linux / Outros |
Método de atualização | Emerge |
Gerenciamento de pacotes | Portage |
Interface | bash |
Licença | GNU GPL / Outras |
Estado do desenvolvimento | Corrente |
Website | www |
Posição no Distrowatch | 16ª (em inglês, em castelhano, em francês, em alemão, em tcheco/checo, em japonês e em chinês). |
Origem comum | Estados Unidos |
Portal do Software Livre |
O Gentoo descreve-se como uma metadistribuição, "devido à sua adaptabilidade quase ilimitada".[4]
versão | data |
---|---|
1.0 | 31 de março de 2002 |
1.2 | 31 de junho de 2002 |
1.4 | 5 de agosto de 2003 |
1.4-r1 | 15 de setembro de 2003 |
2004.0 | 1 de março de 2004[5] |
2004.1 | 28 de abril de 2004[6] |
2004.2 | 15 de novembro de 2004[7] |
2005.0 | 27 de março de 2005[8] |
2005.1 | 8 de setembro de 2005[9] |
2005.1-r1 | 21 de novembro de 2005[10] |
2006.0 | 27 de fevereiro de 2006[11] |
2006.1 | 30 de agosto de 2006[12] |
2007.0 | 7 de maio de 2007[13] |
2008.0 | 6 de julho de 2008[14] |
2008.0-r1 | 7 de julho de 2008[15] |
10.0 | 4 de setembro de 2009[16] |
10.1 | 10 de setembro de 2009[17] |
O Gentoo foi inicialmente criado por Daniel Robbins como a Distribuição Enoch. O seu objetivo era criar uma distribuição que fosse compilada a partir do código fonte, sem pacotes pré-compilados, otimizada para o Hardware, que incluísse apenas os programas necessários e diminuísse o trabalho de manutenção através de scripts.[18] Pelo menos uma versão do Enoch foi distribuída: 0.75 em Dezembro de 1999.[19]
Problemas de compilação revelaram problemas com o GNU Compiler Collection (gcc), usado para compilar o código fonte. Assim, Daniel Robbins e outros voluntários passaram a utilizar um fork do gcc conhecido como EGCS, desenvolvido pela Cygnus Solutions, que produziu binários com um ganho mínimo real de 10% sobre o GCC em termos de velocidade. Nesta altura, Enoch ganhara reputação devido à sua velocidade, levando a mudança de nome para Gentoo Linux, sendo Gentoo o nome da espécie de pinguim capaz de nadar mais rápido. As modificações logo se tornaram parte da versão oficial do GCC (versão 2.95) e outras distribuições Linux também obtiveram ganhos na velocidade.[20]
Após problemas com um bug no seu próprio sistema, Robbins interrompeu o desenvolvimento do Gentoo e migrou para o FreeBSD por vários meses, depois dizendo "Eu decidi adicionar várias características do FreeBSD para fazer o nosso sistema auto-compilador (agora conhecido como Portage) uma verdadeira nova geração do sistema ports."[21]
O Gentoo Linux 1.0 foi lançado 31 de março de 2002 .[22]
Robbins queria que o Gentoo se tornasse um projeto comercialmente bem-sucedido, mas teve dificuldades em encontrar um modelo de negócios prático. Em 2004 montou a Fundação Sem Fins Lucrativos Gentoo, transferindo todos os direitos autorais e marcas registradas para ela, e renunciou ao cargo arquiteto chefe do projeto.[23]
O atual Conselho Diretivo[24] é composto por cinco membros que foram anunciados (após uma eleição) em 02 de março de 2008[25][26] Há também um conselho subsidiário composto por sete membros, os quais decidem sobre problemas técnicos e políticos. Seus membros são eleitos anualmente, para o período de 1 ano, pelos desenvolvedores ativos no projeto Gentoo. Quando um membro do conselho se retira, a próxima pessoa na fila é votada para substituí-la pelos membros remanescentes.[27] (em inglês).
Até recentemente, a Fundação Gentoo era uma 501(c)(6) non-profit foundation (uma fundação sem fins lucrativos), registrada no Estado norte-americano do Novo México.[28] Mais tarde em 2007, a autorização da Fundação foi revogada.[29] Em 19 de Maio de 2008 o Estado do Novo México declarou que a Fundação Gentoo está novamente em situação regular e disponível para negócios[30].
Em 22 de setembro de 2008[31] o time de lançamentos decidiu mudar para compilações de mídia semanais e divulgou que os lançamentos anuais estaríam cancelados. No entanto, apesar de sugestões para que novos lançamentos fossem compilados através do Metro,[32] uma ferramenta desenvolvida e criada por Daniel Robbins em 2008,[33] o time de lançamentos manterá as compilações através do compilador de versões Catalyst, utilizada desde a versão 2004.
Embora originalmente desenhado para a arquitetura x86, o Gentoo foi portado para muitas outras e atualmente roda nas arquiteturas x86, x86-64, IA-64, PA-RISC; PowerPC, PowerPC 970, UltraSparc, MIPS, DEC Alpha, System Z/s390, PS3 Microprocessador Cell[34], ARM e SuperH.[35] O suporte oficial para hardware Sparc 32bits foi abandonado.[36] O Gentoo foi a primeira distribuição a oferecer um ambiente de computação Linux 64 bits totalmente funcional (Espaço de usuário e núcleo).[carece de fontes]
Há também um Projeto "Gentoo para Mac OS X" que permite que usuários do Mac OS X usem o Portage do Gentoo para instalar pacotes, similar ao modo disponibilizado pelo Fink. Embora ainda seja um trabalho em progresso, o projeto pode coexistir com o Fink porque utiliza o mesmo ambiente que o Mac OS X, ao invés de criar um novo.
Portabilidade com relação a outros sistemas operacionais, como derivados BSD, está sob desenvolvimento ativo pelo Projeto Gentoo/ALT. O Projeto Gentoo/FreeBSD já possui um lançamento funcional, enquanto que Gentoo/NetBSD, Gentoo/OpenBSD e Gentoo/DragonFly estão sendo desenvolvidos.[37] Há também um projeto para fazer o Portage funcionar no GNU Hurd[38], apesar do próprio GNU Hurd estar sob desenvolvimento, e no OpenSolaris.
Portage é o sistema de gerenciamento de pacotes do Gentoo.[4] Ele é similar ao ports do BSD: o design original foi baseado no ports do FreeBSD. Em contraste, a árvore do Portage não contém diretórios com makefiles, mas com as chamadas ebuilds, scripts bash que descrevem funções separadas para baixar, configurar, compilar, instalar e remover um pacote, além de funções adicionas que podem ser utilizadas no ambiente operacional para um pacote.
A principal ferramenta de gerenciamento de pacotes do Portage é a emerge[39]. Trazida junto com outros scripts úteis, a ferramenta emerge é escrita em Python e pode ser usada por usuários privilegiados para inspecionar e alterar facilmente o conjunto de pacotes no Gentoo. O emerge pode ser utilizado para operar de modo similar ao modo como outras coleções do ports funcionam, ao entrar em um diretório da árvore e utilizar o emerge (ao invés do make) para realizar operações relacionadas ao gerenciamento de pacotes. O portage lê configurações no arquivo /etc/make.conf, mantendo a sua similaridade com o ports, e pode ser usado, por exemplo, para determinar onde a(s) árvore(s) do Portage são mantidas.
Gerenciadores de pacotes alternativos como o Paludis e o pkgcore estão sob intenso desenvolvimento[carece de fontes]. Ambos pretendem ser utilizados em conjunto com ou como alternativa ao conjunto oficial de ferramentas Portage, para desenvolvimento e praticidade. Como ambos são projetos competidores que pretendem substituir ferramentas oficiais, um esforço foi feito para tentar padronizar a Application programming interface das ebuilds para todos os gerenciadores de pacote, em um projeto chamado Especificação do Gerenciamento de Pacotes ou PMS (Package Manager Specification)[40]
O sistema init do Gentoo é outra característica importante. Ele é similar ao init do System V que a maioria das distribuições de Linux utilizam, mas usa scripts baseadas em dependência e os run levels nomeados ao invés dos numerados. Ele também inclui um comando chamado rc-update que gerencia os run levels.
As Scritps de Inicialização do Gentoo utilizam o interpretador shell runscript, ao invés de uma shell mais tradicional.[41]
Originalmente, o sistema rc do Gentoo foi compilado no baselayout 1 e escrito inteiramente em bash. Isto trouxe severas limitações, por exemplo, certas chamadas de sistema precisavam ser acessadas durante o boot e isto exigia que callouts baseadas em C fossem adicionadas. Essas callouts eram linkadas estaticamente, fazendo com que o sistema rc inchasse ao longo do tempo.
Além do mais, conforme o Gentoo se expandia para outras plataformas como o Gentoo/FreeBSD e Gentoo Embedded, ficou difícil, e muitas vezes impossível depender de um sistema rc baseado em bash. Isto levou ao desenvolvimento do baselayout 2, escrito em C, que precisa somente de uma shell compatível com POSIX. Durante o desenvolvimento do baselayout 2, foi determinado que seria melhor se o baselayout apenas providenciasse os arquivos base e o layout do systema de arquivos para o Gentoo e que o sistema rc fosse colocado em seu próprio pacote - OpenRC.[42]
O OpenRC é desenvolvido primariamente por Roy Marples e suporta o Gentoo e todas as suas variantes (Gentoo/FreeBSD, Gentoo Embedded, Gentoo Vserver, etc) e outras plataformas como FreeBSD e NetBSD.
O Gentoo pode ser instalado de várias formas. A mais comum é utilizar o minimal cd do Gentoo com uma tarball do stage 3, que é inclusivamente o método recomendado para utilizadores finais[43]. Como muitas distribuições Linux, ele também pode ser instalado pela maioria dos Live Cds e instalações existentes do Linux.
A instalação do Gentoo pode ser completada seguindo o Gentoo Handbook[44]. Além disso, vários outros métodos de instalação estão listados no Alternative Installation Method HOWTO[45]; a maioria dos quais está focada em usuários experientes ou usuários incapazes de fazer o processo de boot utilizando o Live Cd do Gentoo.
Na versão 2006.0, a Fundação Gentoo lançou um instalador baseado em GTK+ para simplificar drasticamente o processo de instalação do Gentoo a partir do zero,[46] usuários mais avançados também foram capazes de perceber que o novo instalador trazia de volta a instalação usando o stage 1 (veja abaixo) como um método de instalação comum. No entanto, o projeto não recebeu apoio o suficiente para seu desenvolvimento, e não é mais suportado desde a versão 2008.0.
Diferentemente da maioria das distribuições GNU/Linux, um passo inicial e mandatório durante o processo de instalação é a compilação do seu próprio núcleo/kernel. Considerada amplamente como uma tarefa complexa[47], o Gentoo provê documentação e ferramentas como o Genkernel para simplificar o processo e torná-lo simples para usuários neófitos.
A partir da versão 2004.0, Gentoo trouxe uma ferramenta chamada Catalyst, que é usada para compilar todos os lançamentos do Gentoo e pode ser usado para criar uma mídia customizado de instalação.[48]
Tradicionalmente uma instalação pode ser iniciada a partir de um dos três stages (estágios) básicos:
Desde Novembro de 2005, apenas instalações no stage3 são oficialmente suportadas.[49] Entretanto, tarballs para o stage1 e stage2 ainda são distribuídas, mas as instruções para instalar a partir deles foram removidas do handbook[50] e colocadas na FAQ do Gentoo.[3]
Um Live USB do Gentoo Linux pode ser criado manualmente ou com o UNetbootin.[51]
Uma vez instalado, o Gentoo se torna "sem versão"; isto é, uma vez feito emerge update, o sistema está na última versão, com os pacotes mais atualizados disponíveis, mas sujeitos a qualquer restrições especificadas pelo usuário ao Portage. Por exemplo, se um sistema, foi instalado por um CD da versão 2005.0, então quando a versão 2005.1 for lançada, um emerge update do sistema atualiza o sistema Gentoo instalado da forma que deve resultar uma instalação limpa baseada na versão 2005.1 do mesmo sistema.
Em 22 de setembro de 2008, foi anunciado que a versão 2008.1 havia sido cancelada e que um novo modelo de lançamentos estava a ser considerado. Este novo modelo de lançamentos resultou em compilações automáticas (stage 3 e minimal cd), ainda que Live CD e DVD tenham mantido o seu ciclo anual de lançamentos.[carece de fontes]
-f
ou --fetchonly
do emerge, ou o download pode ser feito automaticamente, também em segundo plano, durante a compilação, ao ativar a característica parallel-fetch. Outro modo de se fazer isto é realizar os downloads em outra máquina utilizando o comando emerge e mover o código-fonte para o diretório /usr/portage/distfiles correspondente na máquina desejada; deste modo, se o usuário possuir uma velocidade de conexão baixa, ele pode realizar os downloads em outro lugar.[carece de fontes]O logotipo Oficial do Gentoo é o G estilizado lembrando um magatama.[67] Como mascote oficial, Knurt o pires voador[68]. Mascotes não oficiais incluem Larry o vaca. Na verdade, como Larry apareceu no sítio oficial, ele pode ser ser considerado como semi-official.[69]
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