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Fabricante de automóveis estadunidense Da Wikipédia, a enciclopédia livre
A General Motors Company (GM) é uma empresa multinacional estadunidense de fabricação automotiva com sede em Detroit, Michigan, Estados Unidos.[3] É a maior fabricante de automóveis com sede nos EUA[4] e uma das maiores indústrias automobilísticas do mundo. Foi a maior montadora do mundo por 77 anos consecutivos, de 1931, quando ultrapassou a Ford Motor Company, até 2008, quando foi superada pela Toyota.[5][6] A General Motors está classificada em 25º lugar no ranking Fortune 500 das maiores corporações dos Estados Unidos por receita total.[7]
General Motors | |
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Logo Renaissance Center, em Detroit, a sede mundial da GM. | |
Razão social | General Motors Company |
Empresa de capital aberto | |
Cotação | NYSE: GM S&P 100 components S&P 500 components |
Atividade | Automotivo |
Gênero | Incorporation |
Fundação | 16 de setembro de 1908 (116 anos) |
Fundador(es) | William C. Durant Charles Stewart Mott Frederic L. Smith |
Sede | Detroit, Condado de Wayne, Michigan, Estados Unidos |
Área(s) servida(s) | Mundo (exceto Coreia do Norte, Cuba, Irã, Sudão e Síria) |
Locais | 396 instalações em seis continentes |
Presidente | Mark Reuss |
Pessoas-chave | Mary Barra (CEO e Presidente) Santiago Chamorro (Presidente da GM para regiões da América do Sul) |
Empregados | 157 000 (2021)[1] |
Produtos | Automóveis Peças de automóveis Veículos comerciais |
Divisões | Buick Chevrolet Cadillac GMC |
Subsidiárias | Lista de subsidiárias
|
Valor de mercado | US$79.02 bilhões (2021) |
Ativos | US$244.71 bilhões (2021)[1] |
Lucro | US$9.94 bilhões (2021)[1] |
LAJIR | US$9.32 bilhões (2021)[1] |
Faturamento | US$127.00 bilhões (2021)[1] |
Significado da sigla | General Motors |
Website oficial | www.gm.com |
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A empresa se originou de uma holding da Buick estabelecida em 16 de setembro de 1908 por William C. Durant, o maior vendedor de veículos puxados a cavalo na época.[8] A entidade atual foi criada em 2009 após a reorganização do Capítulo 11 da General Motors.[9]
A empresa possui fábricas em oito países.[10] Suas quatro principais marcas de automóveis são Chevrolet, Buick, GMC e Cadillac. Também detém participações nas marcas chinesas Wuling Motors e Baojun, bem como DMAX através de joint ventures. A BrightDrop é o serviço focado no setor de entregas,[11] enquanto a GM Defense produz veículos militares para o Departamento de Defesa e o Departamento de Estado dos Estados Unidos.[12] A OnStar fornece segurança de veículos, segurança e serviços de informação,[13] ao passo que a ACDelco é a divisão de autopeças da empresa e a GM Financial a de financiamentos. A empresa está desenvolvendo carros autônomos por meio de sua participação majoritária na Cruise.
A GM pretende encerrar a produção e as vendas de veículos que usam motores de combustão interna, incluindo veículos híbridos e híbridos plug-in, até 2035, como parte de seu plano para alcançar a neutralidade de carbono até 2040.[14] A GM oferece mais veículos flex, que podem operar com etanol E85 ou gasolina, ou qualquer mistura de ambos, do que qualquer outra montadora.[15]
A montadora de automóveis norte-americana foi fundada em 1908 sendo na altura a empresa proprietária da Buick. No ano seguinte a GM adquiriu as marcas Cadillac, Oldsmobile, Pontiac e a Chevrolet, totalizando mais de 30 empresas até 1930. Em 1923, Alfred Sloan Jr assumiu a presidência do grupo, na altura responsável pela comercialização de 10% no mercado americano. Quando saiu, em 1956 a GM era já a maior montadora de automóveis do mundo.
Na década de 1920, a GM comprou a empresa de carros Yellow Coach, que produzia os populares carros amarelos americanos. Nos anos 1920 e 1930, a GM expandiu-se para a Europa, principalmente para a Alemanha, o que lhe valeu acusações, após o final da Segunda Guerra Mundial, de ter fabricado caminhões que contribuíram para a formação da frota militar nazista. No entanto, os negócios acabaram quando os EUA entraram na guerra contra a Alemanha, em 1941. Durante a guerra, a GM converteu quase todas as suas fábricas para a construção de material bélico. Após o fim da guerra, a produção de automóveis da empresa cresceu muito, com uma série de novos modelos das diferentes marcas do grupo, melhorados por várias inovações técnicas e de design.
No início da década de 1970, a GM lançou um ambicioso programa tendo em vista a remodelação de todos os seus produtos para que se tornassem mais económicos. Assim, os carros passaram a ser mais leves e menores, sem prejuízo do conforto. Em 1984, a GM associou-se à Toyota para produzir um pequeno carro, o Chevrolet Nova, que foi lançado no mercado em 1985. Foi uma aliança até então inédita entre uma firma americana e outra japonesa. Em 1996, a GM foi a primeira montadora a produzir um automóvel elétrico em escala, o EV1. Em 30 de junho de 2006, a General Motors, anunciou que deseja fazer uma aliança com a Renault-Nissan.
Posteriormente a GM entrou em uma fase bastante difícil, em termos mundiais, tendo tido seguidos anos de prejuízo e várias fábricas fechadas devido à produção de veículos que consomem muito combustível, incompatíveis com a forte alta do preço do petróleo. A situação foi agravada após o advento da Grande Recessão.
Atualmente a montadora tem redirecionado parte de seus recursos para investir em plataformas de transporte compartilhadas, como o carsharing, através da empresa Maven.[16]
A Grande Recessão piorou a já crítica situação da empresa, que teve que recorrer à ajuda governamental. A GM recebeu 13,4 bilhões de dólares no final de 2008 para resolver seu problema de liquidez. Assim como a Chrysler, obteve empréstimos do governo dos Estados Unidos, do Canadá e da província de Ontario[17] para evitar a possível falência, em razão da recessão do final dos anos 2000, da alta dos preços do petróleo e da própria crise do setor automobilístico de 2008-2009.
Em 20 de fevereiro de 2009, a divisão Saab da GM apresentou um pedido de concordata a um tribunal da Suécia, para se reorganizar financeiramente e evitar uma futura falência, depois de ter fracassado na tentativa de obter empréstimos do governo sueco.
Ainda no contexto de combate aos efeitos da crise financeira mundial, a General Motors anunciou o encerramento da marca Pontiac. O processo de descontinuação da marca deverá ser concluído até o fim de 2010. A General Motors ainda anunciou que até o fim de 2009, será definido o destino de outras marcas do grupo, como Hummer, Saab e Saturn, que devem ser vendidas ou descontinuadas, tal como a Pontiac.[18]
Rumores de que os próprios executivos da empresa já consideravam utilizar-se da proteção da lei de falências norte-americana (rumores esses posteriormente desmentidos)[19] levaram as ações da empresa a serem negociadas em 6 de março de 2009 nos valores mais baixos desde 1933, chegando a cair 94% no período de 12 meses.
Em 24 de abril de 2009, a GM recebeu 15,4 bilhões de dólares em empréstimos do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, dentro do programa TARP (Troubled Assets Relief Program). O TARP é o principal componente do pacote de medidas do governo americano para combate à Grande Recessão, e se destina a promover a compra de ativos e ações de instituições financeiras, visando fortalecer o setor. A GMAC (General Motors Acceptance Corporation), organização que presta serviços financeiros às várias divisões da GM no mundo e é parcialmente (49%) controlada pela GM, também recebeu empréstimos de cinco bilhões de dólares dentro do mesmo programa, ao mesmo tempo que a GM recebeu um bilhão de dólares adicional para aumentar sua participação na GMAC.[20] A General Motors do Canadá, 100% controlada pela GM,[21] recebeu a garantia de um empréstimo de C$3 bilhões dos governos do Canadá e da província de Ontário.[17]
Ainda no mês de abril, em meio aos problemas financeiros e esforços de reestruturação, a GM anunciou que iria extinguir a marca Pontiac até o fim de 2010, e concentrar-se em quatro marcas na América do Norte: Chevrolet, Cadillac, Buick e GMC. Anunciou também que a venda das marcas Hummer, da Saab e da Saturn aconteceria até o fim de 2009.[22] Alguns anos antes, a GM já havia eliminado a Oldsmobile pelas mesmas razões.
Em 1º de junho de 2009, a General Motors encaminhou pedido de proteção contra falência, baseado no Capítulo XI - Título XI do Código de Falências dos Estados Unidos - que permite a reorganização de empresas. Na mesma ocasião, apresentou um plano de ressurgir como uma organização menor e menos endividada em poucos meses.[23]
Segundo o plano de reestruturação apresentado à Corte Federal em Manhattan, Nova York, a organização será dívida em duas: a "velha GM", que ficará com as dívidas e os activos de risco; e a "nova GM", muito menor que a actual, mas também muito menos endividada. O Tesouro norte-americano deverá realizar uma nova injecção de capitais públicos, estimada em 30 mil milhões (no Brasil, "bilhões") de dólares.[24]
No pedido apresentado à Corte, foi especificado o valor dos ativos (US$ 82,29 bilhões) e das dívidas (US$ 172,81 bilhões) da organização.[25] Em termos de valor total dos ativos envolvidos, a quebra da GM seria a quarta maior da história dos Estados Unidos, depois dos casos Lehman Brothers, Washington Mutual (ambos em 2008) e WorldCom Inc. (em 2006), e a maior da indústria americana.[25]
Em Portugal, foi instalada uma fábrica Opel do grupo General Motors em 1963, perto da Azambuja e aí ficou a laborar até 20 de dezembro de 2006, altura em que a produção dos automóveis do modelo Opel Combo foram deslocalizados para Saragoça. Esse encerramento provocou 1,1 mil desempregados diretos e 400 indiretos.[26][27]
A General Motors do Brasil (GMB) é a maior subsidiária da General Motors na América do Sul e a segunda maior operação fora dos Estados Unidos.[28] A empresa foi fundada em 1925 e operada em casas alugadas, localizado no bairro histórico de Ipiranga, em São Paulo.[29] Em 2015, completou 90 anos de operação no Brasil.
Sempre utilizando a marca Chevrolet no país, a General Motors foi líder de vendas no mercado brasileiro entre 2015 e 2018. O modelo Chevrolet Onix, fabricado em Gravataí (RS), ainda é o carro mais vendido no País, até janeiro de 2019.[30] Apesar disso, Carlos Zarlenga, presidente da General Motors Mercosul, afirmou que a GM teve prejuízo significativo entre 2016 a 2018.[31]
Em 18 de janeiro de 2019, Zarlenga comunicou que "investimentos e o futuro" do grupo na região dependem da volta da lucratividade das operações ainda este ano. O aviso foi entendido pelos trabalhadores como uma ameaça de deixar o Brasil.[31]
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