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órgão governamental de geografia e estatística Da Wikipédia, a enciclopédia livre
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é um instituto público da administração federal brasileira criado em 1934 e instalado em 1936 com o nome de Instituto Nacional de Estatística;[5] seu fundador e grande incentivador foi o estatístico Mário Augusto Teixeira de Freitas. O nome atual data de 1938. A sede do IBGE está localizada na cidade do Rio de Janeiro.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística | |
---|---|
Organização | |
Natureza jurídica | Fundação pública[1] |
Missão | Retratar o Brasil com informações necessárias ao conhecimento da sua realidade e ao exercício da cidadania.[2] |
Atribuições | Produção, análise, pesquisa e disseminação de informações de natureza estatística — demográfica e socioeconômica, e geocientífica — geográfica, cartográfica, geodésica e ambiental.[1] |
Dependência | Ministério do Planejamento e Orçamento |
Chefia | Marcio Pochmann, Presidente |
Número de funcionários | 4 266 ativos e 7 565 temporários[3] |
Orçamento anual | R$ 4,75 bilhões (2022)[4] |
Localização | |
Jurisdição territorial | Brasil |
Sede | Rio de Janeiro, Rio de Janeiro[1] |
Histórico | |
Antecessor | Instituto Nacional de Estatística[5] |
Criação | 29 de maio de 1936 (88 anos)[5] |
Sítio na internet | |
www.ibge.gov.br |
O IBGE tem atribuições ligadas às geociências e estatísticas sociais, demográficas e econômicas, o que inclui realizar censos e organizar as informações obtidas nesses censos, para suprir órgãos das esferas governamentais federal, estadual e municipal, e para outras instituições e o público em geral.
A legislação vigente, de acordo com o Decreto Federal nº 73.177 de 20 de novembro de 1973[6] e a Lei nº 5.534 de 14 de novembro de 1968,[7] modificada pela Lei nº 5.878 de 11 de maio de 1978,[8] dispõe sobre a obrigatoriedade e sigilo das informações coletadas pelo IBGE, as quais se destinam, exclusivamente, a fins estatísticos e não poderão ser objeto de certidão e nem terão eficácia jurídica como meio de prova. A não prestação de informações nos prazos fixados bem como a prestação de informações falsas constitui infração, sujeito à multa de até 10 vezes o maior salário mínimo vigente no país, quando primário, e de até o dobro desse limite quando reincidente.
Anteriormente ao IBGE, foi instituída em 1871 a Diretoria Geral de Estatística (DGE), subordinada ao Ministério de Negócios do Império Brasileiro, e que realizou o primeiro censo no ano seguinte. A DGE passou também a catalogar registros de nascimento, matrimônio e óbito quando da implantação da República, realizando mais três recenseamentos, em 1890, 1900 e 1920. Um ano após a Revolução de 1930, o DGE foi dissolvido, e suas competências divididas entre os Ministérios.[9]
A data oficial de criação do IBGE é 29 de maio de 1936, quando foi regulamentado o Instituto Nacional de Estatística (INE), embora o Decreto n. 24.609, que o institui, date de 6 de julho de 1934. O INE foi fundado por um conjunto de estudiosos liderado por Mário Augusto Teixeira de Freitas, que viu a necessidade de organizar os dados estatísticos em um órgão centralizado. Pelo Decreto n. 1.527 (1937), foi criado também o Conselho Brasileiro de Geografia (CBG), que foi integrado ao INE para catalogar os dados geográficos do país.[10]
O IBGE, em seu formato atual, foi criado mediante o Decreto-Lei n. 218 de 26 de janeiro de 1938, resultante da integração das competências do INE e do CBG em um único órgão.[11][12]
O IBGE é uma entidade da administração pública federal, constituído na forma de fundação pública pelo Decreto-lei nº 161, de 13 de fevereiro de 1967,[13] vinculado ao Ministério do Planejamento e Orçamento. Possui na presidência, quatro diretorias e dois outros órgãos centrais.[carece de fontes]
O IBGE possui uma rede nacional de pesquisa e disseminação, composta por:[carece de fontes]
O IBGE mantém, ainda, a Reserva Ecológica do Roncador, situada a 35 km ao sul de Brasília.
O IBGE mantém as seguintes pesquisas permanentes (lista não exaustiva):[16]
Pesquisas Econômicas Estruturais:
Pesquisas Econômicas Conjunturais:
Outras pesquisas:
O Sistema de contas nacionais fornece uma visão de conjunto da economia e descreve os fenômenos da vida econômica: produção, consumo, acumulação e riqueza, fornecendo uma representação compreensível e simplificada destes dados. O Sistema de Contas Nacionais do IBGE segue as mais recentes recomendações das Nações Unidas expressas no Manual de Contas Nacionais (System of National Accounts 1993, SNA), incluindo o cálculo do Produto interno bruto (PIB) e a Matriz de insumo-produto.[carece de fontes]
Apresenta os valores correntes e os índices de volume (1991=100) trimestralmente para o Produto interno bruto a preços de mercado, impostos sobre produtos, valor adicionado a preços básicos, consumo pessoal, consumo do governo, formação bruta de capital fixo, variação de estoques, exportações e importações de bens e serviços. São calculadas duas séries de números-índices: a com base no ano anterior e a encadeada com referência em 1990 (1990 = 100). A série encadeada é ajustada sazonalmente pelo X12-ARIMA possibilitando o cálculo das taxas de variação em relação ao trimestre imediatamente anterior.[carece de fontes]
No IBGE a pesquisa foi iniciada em 1988 e reestruturada a partir de 1998, quando os seus resultados foram integrados ao atual Sistema de Contas Nacionais. As ponderações anuais são obtidas a partir deste novo sistema de contas. Periodicidade: trimestral. Abrangência geográfica: Brasil.[carece de fontes]
Nos censos demográficos (ver seção abaixo), utiliza-se a seguinte classificação da sociedade em classes sociais. Essa classificação é a que é adotada pelo governo.[17]
O IBGE usa o Critério por Faixas de Salário-Mínimo. É um método que classifica as classes com base em faixas de renda; mais especificamente, por número de salários-mínimos. O salário-mínimo no Brasil em 2022 era de R$ 1 212. Uma fraqueza deste método é não considerar patrimônio ou ganhos esporádicos.[17]
Classe | Número de salários-mínimo | Renda Familiar (R$) em 2022 |
---|---|---|
A | Acima de 20 | R$ 24 240,01 ou mais |
B | De 10 a 20 | R$ 12 120,01 a R$ 22 240,00 |
C | De 4 a 10 | R$ 4 848,01 a R$ 12 120,00 |
D | De 2 a 4 | R$ 2 424,01 a R$ 4 848,00 |
E | Até 2 | Até R$ 2 424,00 |
Fonte: Carneiro, Thiago (10 de dezembro de 2021). «Faixas Salariais x Classe Social» |
O IBGE realiza vários tipos de censos, embora o mais conhecido seja o censo demográfico, que é o conjunto de dados estatísticos sobre a população de um país. No Brasil, os censos demográficos são realizados a cada dez anos.[18]
O censo demográfico é uma pesquisa sobre a população que possibilita a recolha de várias informações , tais como o número de habitantes, número de homens, mulheres, crianças e idosos, onde e como vivem as pessoas (se vivem de aluguel, se estão pagando o imóvel ou se é casa própria) e o trabalho que realizam (qual o salário, qual o trabalho, se é formado, no que trabalha, etc.), entre outras coisas.
A contagem de população é realizada entre o intervalo de dois censos demográficos, geralmente cinco anos depois do último ou cinco antes do próximo. Objetiva atualizar os dados sobre o número de habitantes, e nem sempre é aplicada em todos os municípios.[carece de fontes]
O censo agropecuário é o levantamento de informações sobre estabelecimentos agropecuários, florestais e/ou aquícolas de todos os municípios de um país. O objetivo da pesquisa é atualizar dados de censos anteriores, fornecer informações sobre aspectos econômicos, sociais e ambientais da atividade agropecuária. Ocorre geralmente a cada 10 anos.[carece de fontes]
O último censo agropecuário realizado pelo IBGE no Brasil havia sido em 1996. Em 2006, foi realizado um novo censo agropecuário, referente às atividades desenvolvidas no ano anterior[19] e em 1 de Outubro de 2017, deu-se início ao Censo Agropecuário do respectivo ano.[20]
Ao longo dos anos a instituição tem publicado obras cuja linha editorial tem a ver com as competências do órgão, dentre as publicações, há a Enciclopédia dos Municípios Brasileiros inicialmente lançada em 1957.
As informações desta lista baseiam-se no website Memória IBGE[21] e no livro "O Desafio de retratar o país: entrevistas com os presidentes do IBGE no período de 1985 a 2015" (IBGE, 2016)[22]
Nome | Início | Fim | |
---|---|---|---|
1° | José Carlos de Macedo Soares | 29 de maio de 1936 | 30 de janeiro de 1951 |
2° | Djalma Polli Coelho | 2 de maio de 1951 | 9 de setembro de 1952 |
3° | Florêncio Carlos de Abreu e Silva | 15 de setembro de 1952 | 21 de setembro de 1954 |
4° | Elmano Gomes Cardim | 27 de setembro de 1954 | 17 de novembro de 1955 |
5° | José Carlos Macedo Soares | 17 de novembro de 1955 | 3 de maio de 1956 |
6° | Jurandir de Castro Pires Ferreira | 8 de maio de 1956 | 31 de janeiro de 1961 |
7° | Rafael da Silva Xavier | 10 de fevereiro de 1961 | 9 de novembro de 1961 |
8° | José Joaquim de Sá Freire Alvim | 13 de novembro de 1961 | 1 de outubro de 1963 |
9° | Roberto Bandeira Accioli | 14 de outubro de 1963 | 31 de março de 1964 |
10° | Agnaldo José Senna Campos | 10 de abril de 1964 | 3 de abril de 1967 |
11° | Sebastião Aguiar Ayres[nota 1] | 4 de abril de 1967 | 24 de março de 1970 |
12° | Isaac Kerstenetzky | 24 de março de 1970 | 29 de agosto de 1979 |
13° | Jessé de Souza Montello | 29 de agosto de 1979 | 14 de março de 1985 |
14° | Edmar Lisboa Bacha | 10 de maio de 1985 | 27 de novembro de 1986 |
15° | Edson de Oliveira Nunes | 6 de janeiro de 1987 | 13 de abril de 1988 |
16° | Charles Curt Mueller | 3 de maio de 1988 | 18 de abril de 1990 |
17° | Eduardo Augusto Guimarães | 18 de abril de 1990 | 26 de março de 1992 |
18° | Eurico de Andrade Neves Borba | 26 de março de 1992 | 15 de junho de 1993 |
19° | Sílvio Augusto Minciotti | 15 de junho de 1993 | 30 de março de 1994 |
20° | Simon Schwartzman | 5 de maio de 1994 | 31 de dezembro de 1999 |
21° | Sérgio Besserman Vianna | 18 de janeiro de 1999 | 31 de janeiro de 2003 |
22° | Eduardo Pereira Nunes[nota 2] | 6 de fevereiro de 2003 | 14 de setembro de 2011 |
23° | Wasmália Bivar[nota 3] | 14 de setembro de 2011 | 4 de julho de 2016 |
24° | Paulo Rabello de Castro | 4 de julho de 2016 | 25 de maio de 2017 |
25° | Roberto Olinto | 1 de junho de 2017 | 8 de fevereiro de 2019[23] |
26° | Susana Leite Ribeiro Cordeiro Guerra | 11 de fevereiro de 2019[24] | 9 de abril de 2021[25] |
27° | Eduardo Rios Neto | 27 de abril de 2021[25] | 2 de janeiro de 2023[26] |
28° | Cimar Azeredo Pereira | 3 de janeiro de 2023[27] | 18 de agosto de 2023[28] |
29° | Marcio Pochmann | 18 de agosto de 2023[29][28] | em exercício |
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