Fraternidade Sacerdotal de São Pio X
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A Fraternidade Sacerdotal São Pio X (Fraternitas Sacerdotalis Sancti Pii X em latim - FSSPX) é uma sociedade de vida apostólica internacional católica tradicionalista, fundada em 1970 pelo arcebispo francês Dom Marcel Lefebvre. O atual superior geral da sociedade é o Padre Italiano Davide Pagliarani.[2]
Fraternidade Sacerdotal de São Pio X | |
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Brasão | |
Lema | "Christus vincit, Christus regnat, Christus imperat (Cristo vence, Cristo reina, Cristo impera)" |
Tipo | Sociedade Sacerdotal de Vida em Comum sem Votos |
Fundação | 01 de novembro de 1970 (53 anos) |
Sede | Menzingen Suíça |
Membros | 1135 membros:[1]
- 3 bispos, |
Superior Geral | Davide Pagliarani |
Fundador(a) | Marcel Lefebvre |
Sítio oficial | FSSPX - Brasil FSSPX - Estados Unidos |
A sociedade é conhecida como um defensora da Missa Tridentina, juntamente com práticas de piedade, crenças, costumes e a disciplina religiosa associadas com o período anterior ao do Concílio Vaticano II, que a sociedade acredita ter promovido ensinamentos errôneos e heréticos, sobre questões como a revisão litúrgica, o ecumenismo, a liberdade religiosa, a supremacia da Igreja Católica sobre as outras religiões e as relações com os judeus e não-cristãos.[3]
As tensões entre a sociedade e a Santa Sé atingiram o seu auge em 1988, quando o Arcebispo Lefebvre consagrou quatro bispos contra as ordens do Papa João Paulo II, resultando em uma declaração de excomunhão latae sententiae contra os bispos consagrantes e consagrados, uma excomunhão retirada em 2009 pelo Papa Bento XVI[4] com a esperança expressa de que todos os membros da sociedade rapidamente voltassem à plena comunhão de acordo com Roma.[5][6]
Discussões formais entre a Santa Sé e a sociedade começaram em 2009 e chegaram a um estágio crítico em 2012, quando o Bispo Dom Bernard Fellay rejeitou em 13 de junho o documento doutrinário apresentado a ele em 15 de abril, onde se exigia da Fraternidade a aceitação do Concílio Vaticano II (incluindo os pontos sobre Liberdade Religiosa e Ecumênismo).[7] Fellay perguntou ao Papa Bento XVI se esse documento teve aprovação pessoal do Papa e este lhe enviou uma carta manuscrita assegurando-lhe que tinha.[8] Em 27 de junho de 2013, os três bispos da sociedade rejeitaram formalmente as propostas da Santa Sé.[9][10]
Em 2015, o Papa Francisco devolveu canonicamente as faculdades sacerdotais dos padres da fraternidade, ao conferir-lhes o direito de atenderem a confissões e, em 2017, celebrarem matrimônios, ambos de forma válida e lícita.[11][12] Nas palavras dele “o estado atual das relações é de fraternidade”. Além disso, assegurou que “com Dom (Bernard) Fellay temos uma boa relação, falamos algumas vezes. Eu não gosto de apressar as coisas…, caminhar, caminhar…, e logo já veremos. Para mim não é um problema de vencedores ou de vencidos. É um problema de irmãos que devem caminhar juntos procurando a forma de dar passos adiante”.[11]