Fluxo de consciência
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Na literatura, fluxo de consciência é uma técnica literária, usada primeiramente por Édouard Dujardin em 1888, em que se procura transcrever o complexo processo de pensamento de um personagem, com o raciocínio lógico entremeado com impressões pessoais momentâneas e exibindo os processos de associação de ideias. A característica não-linear deste processo de pensamento leva frequentemente a rupturas na sintaxe e na pontuação.[1] O termo aparece pela primeira vez em seu uso na psicologia pelo filósofo e psicólogo Alexander Bain em 1855,[2] mas é também frequentemente considerado como tendo sido cunhado pelo filósofo e psicólogo William James, em 1892.[3]
Com o uso desta técnica, mostra-se o ponto de vista de um personagem através do exame profundo de seus processos mentais, esbatendo-se as distinções entre consciente e inconsciente, realidade e desejo, as lembranças da personagem e a situação presentemente narrada, etc. A profundidade e a abrangência desse exame é que diferenciam o fluxo de consciência de um monólogo interior, já empregado anteriormente por autores como Fiódor Dostoiévski e Liev Tolstói.