Filosofia experimental é um movimento filosófico emergente que busca combinar a investigação filosófica tradicional com a investigação empírica sistemática.[1][2][3][4][5] Usando os métodos da ciência cognitiva, os filósofos experimentais realizam estudos experimentais que visam compreender como as pessoas normalmente pensam sobre algumas das questões fundamentais da filosofia.[6][7] [8]

Os filósofos experimentais têm argumentado que os dados empíricos podem ter um efeito indirecto sobre questões filosóficas, permitindo uma melhor compreensão dos processos psicológicos subjacentes que levam às intuições filosóficas.[9] Esta utilização de dados empíricos é amplamente vista como uma oposição à metodologia filosófica baseada, principalmente, na justificação a priori - às vezes chamada de "filosofia de cadeirão”.[4][10] Há um desacordo generalizado acerca do que a filosofia experimental pode fazer, e vários filósofos têm produzido críticas.[11][12][13]

A filosofia experimental começou por se concentrar em questões relacionadas com as diferenças interculturais,[14][15] o livre-arbítrio[16] e a filosofia da acção.[17][18] Desde então, a filosofia experimental tem continuado a expandir-se para novas áreas de investigação.

Referências

  1. Lackman, Jon. The X-Philes Philosophy meets the real world, Slate, March 2, 2006.
  2. Appiah, Anthony. The New New Philosophy, New York Times, December 9, 2007.
  3. Appiah, Anthony. The 'Next Big Thing' in Ideas, National Public Radio, January 3, 2008.
  4. Shea, Christopher. Against Intuition, Chronicle of Higher Education, October 3, 2008.
  5. Edmonds, David and Warburton, Nigel. Philosophy’s great experiment, Prospect, 1 de março de 2009
  6. Knobe, Joshua. What is Experimental Philosophy? The Philosophers' Magazine (28) 2004.
  7. Knobe, Joshua and Nichols, Shaun. An Experimental Philosophy Manifesto, in Knobe & Nichols (eds.) Experimental Philosophy 2008.
  8. Knobe, Joshua and Nichols, Shaun. An Experimental Philosophy Manifesto, in Knobe & Nichols (eds.) Experimental Philosophy, § 2.1. 2008.
  9. Edmonds, David and Warburton, Nigel. Philosophy’s great experiment, Prospect, March 1, 2009
  10. Kauppinen, A. (2007). The Rise and Fall of Experimental Philosophy. Arquivado em 5 de agosto de 2011, no Wayback Machine. Philosophical Explorations 10 (2), pp. 95–118.
  11. Ludwig, K. (2007). The Epistemology of Thought Experiments: First vs. Third Person Approaches Arquivado em 10 de março de 2012, no Wayback Machine.. Midwest Studies in Philosophy. 31:128-159.
  12. Cullen, S. (forthcoming). Survey-Driven Romanticism. European Review of Philosophy, 9.
  13. Weinberg, J., Nichols, S., & Stich, S. (2001). Normativity and Epistemic Intuitions. Arquivado em 3 de agosto de 2011, no Wayback Machine. Philosophical Topics 29, pp. 429–460.
  14. Machery, E., Mallon, R., Nichols, S., & Stich, S. (2004). Semantics, Cross-Cultural Style. Cognition 92, pp. B1-B12.
  15. Nahmias,E., Morris, S., Nadelhoffer, T. & Turner, J. Surveying Freedom: Folk Intuitions about Free Will and Moral Responsibility Arquivado em 22 de novembro de 2009, no Wayback Machine.. Philosophical Psychology (18) 2005 p.563
  16. Knobe, J. (2003a). Intentional action and side effects in ordinary language, Analysis 63, pp. 190–193.
  17. Shaun Nichols & Joseph Ulatowski (2007). Intuitions and Individual Differences: The Knobe Effect Revisited.[ligação inativa] Mind & Language 22 (4):346–365.

Ligações externas

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