Ficção apocalítica e pós-apocalítica
tema comum na ficção científica e na ficção especulativa / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Ficção apocalítica e pós-apocalítica/ficção apocalíptica e pós-apocalíptica (português europeu) ou Ficção apocalíptica e pós-apocalíptica (português brasileiro) é um subgénero de ficção científica, fantasia científica ou terror, em que a civilização tecnológica da Terra está a colapsar ou colapsou. O evento apocalítico pode ser climático, como uma mudança climática descontrolada; natural, como um evento de impacto; causada por seres humanos, como um holocausto nuclear ou uma depleção de recursos; médico, como uma pandemia, seja natural ou causada por humanos; escatológico, como o Juízo Final, a Segunda Vinda ou o Ragnarök; ou imaginativo, como um apocalipse zombie, uma revolução das máquinas, uma singularidade tecnológica, disgenia ou uma invasão alienígena. A história pode envolver tentativas de prevenir um evento apocalítico, lidar com o impacto e as consequências do evento em si, ou pode ser pós-apocalítico, a passar-se após o evento. O período de tempo pode ser imediatamente depois da catástrofe, focando nas labutas e na psicologia de quem sobrevive, a maneira de manter a espécie humana viva e junta, ou consideradamente depois, a incluir frequentemente o tema de que a existência da civilização pré-catástrofe foi esquecida (ou mitologizada). Histórias pós-apocalíticas frequentemente se passam num mundo futurístico sem tecnologia ou num mundo onde apenas elementos dispersos da sociedade e da tecnologia permanecem.
Várias sociedades antigas, inclusive a babilónica e a judaica, produziram mitologia e literatura apocalíticas que lidavam com o fim do mundo e da sociedade humana, como a Epopeia de Gilgamesh, escrito c. 2000–1500 AEC. Romances apocalíticos modernos reconhecíveis existiram desde ao menos o primeiro terço do século 19, quando The Last Man (1826) de Mary Shelley foi publicado.[1] Contudo, esta forma de literatura ganhou popularidade generalizada após a Segunda Guerra Mundial, quando a possibilidade de aniquilação global pelas armas nucleares adentrou à consciência humana.