O Explorer I, oficialmente denominado Satellite 1958 Alpha (também referenciado como Explorer 1), foi o primeiro satélite artificial terrestre lançado ao espaço pelos Estados Unidos. Seu lançamento ocorreu no dia 31 de janeiro de 1958 (GMT-03:48, 1 de fevereiro de 1958) como parte do programa norte-americano para o Ano Geofísico Internacional e foi uma resposta ao lançamento pela URSS do Sputnik 1, quatro meses antes.

Factos rápidos Descrição, Propriedades ...
Explorer 1
Explorer 1
Explorer 1.
Descrição
Tipo Geociência
Operador(es) Estados Unidos ABMA
Identificação NSSDC 1958-001A
Identificação SATCAT 00004
Duração da missão 111 dias
Propriedades
Massa 13.97 kg
Potência elétrica 60 watts
Baterias Baterias de mercúrio
Missão
Data de lançamento 01 de Fevereiro de 1958, 03:48 UTC
Veículo de lançamento Juno I RS-29
Local de lançamento Estados Unidos Cabo Canaveral, LC-26A
Desativação 23 de Maio de 1958
Decaimento 31 de Março de 1970
Especificações orbitais
Referência orbital Órbita terrestre média
Semi-eixo maior 7.832.2 km
Excentricidade orbital 0.140
Periastro 358 km
Apoastro 2.550 km
Inclinação orbital 33.24
Período orbital 114.8 minutos
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Missão

Como conseqüência do lançamento do satélite da União Soviética Sputnik 1[1] em 4 de outubro de 1957 houve um frenético esforço dos Estados Unidos para lançar um satélite próprio, iniciando assim a corrida espacial. O satélite Explorer I foi desenhado e construído pelo Jet Propulsion Laboratory (JPL) e o foguete Júpiter-C foi modificado pela Army Ballistic Missile Agency (ABMA) para acomodar o satélite. O resultado do projeto foi a criação do foguete conhecido como Juno I. Trabalhando juntas, ABMA e JPL completaram o trabalho de modificação do foguete Júpiter-C e a construção do satélite Explorer I em 84 dias. Antes do término desse trabalho, entretanto, a União Soviética já havia lançado um segundo satélite, o Sputnik 2, em 3 de novembro de 1957.

Resultados da Missão

A descoberta do Cinturão de Van Allen pelos satélites Explorer foi considerada como uma das excepcionais descobertas do Ano Geofísico Internacional.[2]

O Explorer-I foi colocado em uma órbita com o perigeu de 360 km (224 milhas) e um apogeu de 2 520 km (1 575 milhas). O período da órbita era de 114,9 minutos. O peso total era 13,97 kg (30,8 libras), composto de 8,3 kg (18.3 libras) de equipamentos (bem mais leve que o primeiro satélite Soviético, Sputnik 1, o qual pesava 83,6 kg [184 libras]).

O equipamento embarcado consistia de um detector de raios cósmicos, um sensor interno de temperatura, três sensores externos de temperatura, um sensor de temperatura no nariz cônico, um microfone para registrar o som do impacto de micrometeoritos e um anel de medição da erosão a ser causada por micrometeoritos. Os dados desses instrumentos eram transmitidos para a Terra através de um transmissor de 60 mW (miliwatts) operando na frequência de 108,03 MHz e de um transmissor de 10 mW operando na frequência de 108,00 MHz.

O equipamento da Explorer I usava transistores eletrônicos com componentes tanto de germânio como de silício. Tal uso consistia em um avanço tecnológico na história do desenvolvimento do transistor e representa o primeiro uso documentado de transistores no programa de satélites norte-americano. Um total de 29 transistores foram utilizados nos equipamentos da Explorer I.

As antenas transmissoras consistiam de duas antenas de fibra de vidro no próprio corpo do satélite e quatro chicotes flexíveis ao redor do satélite. A rotação do satélite ao longo de seu próprio eixo mantinha estes chicotes flexíveis sempre estendidos.

A casca externa da seção dos equipamentos foi pintada com em tiras alternadas de branco e verde escuro para permitir um controle passivo da temperatura do satélite. As proporções das tiras claras e escuras foram determinadas através da pesquisa dos intervalos de exposição a luz do sol baseadas na trajetória, órbita e inclinação do satélite.

A energia elétrica era proveniente de baterias químicas de níquel-cádmio que representavam 40% do peso. Essas baterias forneceram a energia necessária para o transmissor de alta potência de 60 mW operar por 31 dias e o transmissor de baixa potência de 10 mW operar por 105 dias.

Devido ao espaço limitado disponível e os requisitos necessários de baixo peso o equipamento da Explorer I foram projetados e construídos tendo em mente a simplicidade e alta confiabilidade.

O Explorer I parou de transmitir dados em 23 de maio de 1958 quando suas baterias se esgotaram. O Explorer I permaneceu em órbita por mais 12 anos. Esse satélite reentrou na atmosfera sobre o Oceano Pacífico em 31 de março de 1970. O Explorer I foi o primeiro do longo programa de satélites Explorer, que até novembro de 2004 já lançou 83 satélites.

Uma cópia idêntica do Explorer I está atualmente em exposição na galeria "Milestones of Flight" do Instituto Smithsonian "National Air and Space Museum".

Ver também

Referências

  1. «Sputnik Fact Sheet». Department of Astronautics, National Air and Space Museum, Smithsonian Institution. Consultado em 28 de dezembro de 2013
  2. Paul Dickson, Sputnik: The Launch of the Space Race. (Toronto: MacFarlane Walter & Ross, 2001), 190.

Ligações externas

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