Experiência da gota de óleo
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O experimento de Millikan ou experiência da gota de óleo foi um importante experimento científico que permitiu determinar a carga elétrica do elétron. A experiência foi realizada pela primeira vez pelo físico estadunidense que dá nome ao experimento, Robert Andrews Millikan, juntamente do também físico norteamericano Harvey Fletcher em 1909. Millikan posteriormente aperfeiçoou os procedimentos utilizados em 1913, e veio a ser laureado com o Prêmio Nobel de Física em 1923 por suas contribuições.
O experimento consistiu essencialmente em deixar cair gotas de óleo, utilizando um pulverizador, em uma câmara com campo elétrico. Algumas das gotas foram carregadas eletricamente por raios X incidentes e, ao aplicar um campo elétrico adequado, foi possível equilibrar a força peso e impedir sua queda. Medindo a intensidade do campo elétrico necessário para neutralizar a força da gravidade e conhecendo a massa das gotas (que pode ser inferida medindo a respectiva velocidade de queda livre no ar), Millikan observou que os valores das cargas elétricas das gotas sempre eram múltiplos inteiros de uma quantidade fixa, a carga do elétron. O valor obtido foi e = 1,592 4(17)×10−19 C, apenas 0,62% menor que o valor aceito atualmente de e = 1,602 176 565 (35)×10−19 C.
Uma versão desse experimento foi posteriormente usada para procurar quarks livres (os quais, se existirem, devem ter carga de (1/3) e- (um terço da carga elementar), mas não houve sucesso. Teorias atuais sobre quarks predizem que eles são fortemente ligados entre si e por isso não devem ser encontrados livres na natureza. Até o momento não há nenhuma evidência experimental de detecção partículas carregadas com valores fracionários de e-.[1]