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estação ferroviária em Portugal Da Wikipédia, a enciclopédia livre
A Estação Ferroviária de Elvas é uma interface da Linha do Leste, que serve a localidade de Elvas, no Distrito de Portalegre, em Portugal. Foi inaugurada em 4 de Julho de 1863,[4] e ligada ainda nesse ano à fronteira com Espanha.[5]
Elvas | |||||||||||
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Identificação: | 57497 ELV (Elvas)[1] | ||||||||||
Denominação: | Estação de Elvas | ||||||||||
Administração: | Infraestruturas de Portugal (até 2020: centro;[2] após 2020: sul)[3] | ||||||||||
Classificação: | E (estação)[1] | ||||||||||
Linha(s): | Linha do Leste (PK 264+896) | ||||||||||
Altitude: | 230 m (a.n.m) | ||||||||||
Coordenadas: | 38°53′44.07″N × 7°8′32.57″W (=+38.89558;−7.14238) | ||||||||||
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Município: | Elvas | ||||||||||
Serviços: | |||||||||||
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Inauguração: | 4 de julho de 1863 (há 161 anos) | ||||||||||
Website: |
Esta interface situa-se na zona de Fontainhas, junto à cidade de Elvas, tendo acesso pelo Largo da Estação.[6]
Segundo o Directório da Rede 2012, lançado pela Rede Ferroviária Nacional em 6 Janeiro de 2011, a estação de Elvas apresentava duas vias de circulação, com 388 e 325 m de comprimento, e duas plataformas, que tinham ambas 45 m de extensão, e 100 cm de altura.[7] O edifício de passageiros situa-se do lado sul da via (lado direito do sentido ascendente, para Badajoz).[8][9] Nesta estação insere-se na rede ferroviária o ramal particular Elvas-Celeiros (EPAC).[1]
Na década de 1840, o governo de Costa Cabral iniciou um ambicioso programa para o desenvolvimento do país, que incluía vários investimentos em obras públicas, especialmente transportes.[10] Neste sentido, em 1845 uma companhia britânica propôs a construção de várias vias férreas que ligassem Lisboa ao Porto, a Madrid e a Sevilha.[10] A linha para Sevilha deveria passar por Évora, Beja e Mértola, e ter um ramal para Estremoz e Elvas.[10] No entanto, estes planos não foram além dos trabalhos de campo, devido à instabilidade política causada pela revolução de 1846.[10] Com o regresso da estabilidade política, na década de 1850, o governo de Fontes Pereira de Melo renovou o interesse pela instalação de caminhos de ferro em Portugal, tendo sido contratada a construção da Linha do Leste, ligando Lisboa a Espanha por Badajoz.[10]
Um dos técnicos contratados para estudar e planear esta via férrea foi o engenheiro francês Wattier, que propôs um traçado entre Santarém e Elvas, ponto de passagem que considerava como essencial devido à sua importância ao nível económico e militar.[11] Na zona de Elvas, a via férrea deveria acompanhar o Rio Seto até às proximidades da vila, devendo a estação ser implantada entre a Porta de Olivença e o Forte de Santa Luzia.[11] Embora fazer a linha chegar a Elvas pela vertente Norte fosse menos dispendioso, o percurso pelo Rio Seto iria permitir uma melhor localização para a estação ferroviária, e uma melhor cobertura por parte das estruturas de defesa da vila.[11] No entanto, não chegou a assinalar de forma definitiva a posição da estação de Elvas, uma vez que saiu do país antes de ter oportunidade de consultar os engenheiros do exército neste sentido.[11] O lanço da Linha do Leste entre Crato e Elvas abriu à exploração no dia 4 de Julho de 1863, pela Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses, enquanto que o tramo seguinte, entre Elvas e a fronteira com Espanha, entrou ao serviço em 24 de Setembro do mesmo ano.[4]
Em 1873, Amadeu I de Espanha parou na estação de Elvas durante a sua viagem de comboio até Lisboa, após ter abdicado do trono espanhol.[12] Embora fosse oficialmente apenas uma paragem de rotina para se apresentar na alfândega, foi recebido com toda a cerimónia na estação.[12]
Em 16 de Janeiro de 1899, a Gazeta noticiou que tinha sido aberto um inquérito administrativo para a apreciação do público sobre os projectos ferroviários dos Planos das Redes Complementares ao Norte do Mondego e Sul do Tejo, incluindo uma linha de Elvas até Estremoz, passando por Borba.[13] Em 27 de Novembro de 1902 foi decretado o plano ferroviário na região a Sul do Rio Tejo, tendo uma das linhas classificadas sido a de Estremoz e Elvas.[14] Assim, a via férrea chegou a Vila Viçosa em 1905.[15][16] Uma comissão de 1927, reunida para actualizar o plano, concordou com a continuação até Elvas, mas, devido à oposição das autoridades militares, a linha não chegou a ser prolongada, ficando em Vila Viçosa.[14]
Em 1913, existiam serviços de diligências ligando a estação à vila de Elvas e a Campo Maior.[17]
Em 1933, a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses executou várias obras de reparação e melhoramentos, no edifício de passageiros.[18] Nesse ano, a estação foi decorada com vários painéis de azulejos, da autoria do artista Jorge Colaço.[19] Em 1934, foram feitas reparações parciais na estação.[20]
Em 16 de Agosto de 1968, a Gazeta dos Caminhos de Ferro reportou que a Companhia iria em breve iniciar um programa de renovação das suas vias, incluindo a remodelação parcial do troço entre Torre das Vargens e Elvas.[21]
Em 29 de Agosto de 2017, foram retomados os comboios do Entroncamento a Badajoz, que também serviam a estação de Elvas.[22] Em 2019, foram iniciadas as obras para a linha de Elvas a Évora, que incluiu igualmente a modificação da estação de Elvas, de forma a permitir a circulação e o estacionamento para comboios mais longos.[23]
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