Estação Ferroviária de Torres Vedras
estação ferroviária em Portugal Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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A estação ferroviária de Torres Vedras é uma gare da Linha do Oeste, que serve a cidade de Torres Vedras, no Distrito de Lisboa, em Portugal.
Torres Vedras | ||||||||||||||||||||||||
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vista geral da estação de Torres Vedras, em 2011 | ||||||||||||||||||||||||
Identificação: | 62471 TVE (Tor.Vedras)[1] | |||||||||||||||||||||||
Denominação: | Estação de Torres Vedras | |||||||||||||||||||||||
Administração: | Infraestruturas de Portugal (até 2020: centro;[2] após 2020: sul)[3] | |||||||||||||||||||||||
Classificação: | E (estação)[1] | |||||||||||||||||||||||
Tipologia: | C [3] | |||||||||||||||||||||||
Linha(s): | Linha do Oeste (PK 64+157) | |||||||||||||||||||||||
Altitude: | 35 m (a.n.m) | |||||||||||||||||||||||
Coordenadas: | 39°5′32.83″N × 9°15′14.19″W (=+39.09245;−9.25394) | |||||||||||||||||||||||
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Município: | Torres Vedras | |||||||||||||||||||||||
Serviços: | ||||||||||||||||||||||||
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Conexões: | ||||||||||||||||||||||||
Equipamentos: | ||||||||||||||||||||||||
Inauguração: | 21 de maio de 1887 (há 137 anos) | |||||||||||||||||||||||
Website: |
Esta interface situa-se junto à Rua da Estação, na localidade de Torres Vedras.[4]
Junto a esta interface tem o seu extremo norte um troço de 18 km[1] em que a Linha do Oeste segue paralela ao Rio Sizandro, desde Sapataria.[5]
Esta interface conta com três vias de circulação, identificadas como I, II, e III, com 543, 485 e 389 m de comprimento; as plataformas tinham 149 e 115 m de extensão, tendo todas uma altura de 70 cm[3] — valores que se mantêm desde,[quando?] pelo menos, 2011;[6] existem ainda três vias secundárias, identificadas como IV, V, e VI, com comprimentos de 326 e 253 m,[3] numa configuração algo reduzida em comparação com a de décadas anteriores.[7] O edifício de passageiros situa-se do lado poente da via (lado esquerdo do sentido ascendente, para Figueira da Foz).[8][9]
característica | descendente | ascendente | ||
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contorno | Louriçal | PT b (CPb) | PT b+ (CPb+) | Cacém |
compr. máx. | Figueira da Foz | 500 m | 385 m | Cacém |
Em dados de 2023, esta interface é servida por comboios de passageiros da C.P. tipicamente com nove circulações diárias em cada sentido, entre Caldas da Rainha ou Coimbra-B ou Figueira da Foz e Lisboa - Santa Apolónia ou Mira Sintra - Meleças, incluindo um serviço de reforço no trajeto Torres-Caldas; estes serviços são maioritariamente de tipo regional, havendo uma circulação diária em cada sentido de tipo inter-regional (Lisboa-Caldas).[10]
Antes da chegada do comboio, os transportes terrestres na região do Oeste eram muito deficientes, com vias na sua maioria em mau estado, excepto as estradas reais.[11] Durante os primeiros anos dos caminhos de ferro em Portugal, os concelhos do litoral Oeste pugnaram pela instalação deste meio de transporte, tendo defendido que a futura Linha do Norte devia ter um traçado que servisse várias localidades na região, incluindo Torres Novas.[12] Este esforço falhou, mas os seus argumentos foram posteriormente aproveitados pelo Duque de Saldanha, que recebeu em 25 de Outubro de 1869 a concessão para um caminho de ferro Larmanjat de Lisboa a Alcobaça, tendo sido construído o troço até Torres Vedras,[13][14] que foi inaugurado em 4 de Setembro de 1873.[15] No entanto, este sistema fracassou devido à sua reduzida fiabilidade, tendo sido encerrado em 1877.[15]
Em Janeiro de 1880, foi apresentado no parlamento um contrato com a Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses, para a construção de uma linha de Lisboa a Alfarelos e Figueira da Foz pela região Oeste, tendo a secção até Torres Vedras sido originalmente entregue à empresa Henry Burnay & Companhia, enquanto que a Companhia Real construiria os troços seguintes.[16] Em 31 de Janeiro de 1882, foi apresentada uma proposta para um caminho de ferro entre a zona de Alcântara, em Lisboa, e a Figueira da Foz, tendo o concurso para esta linha sido dividido em duas partes, com a divisão em Torres Vedras.[17] A construção da primeira parte foi adjudicada à empresa Henry Burnay & C.ª, enquanto que a Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses ficou responsável pelo troço até à Figueira da Foz[17] e Alfarelos, por contrato de 23 de Novembro de 1883.[18]
Em 1885, a Companhia Real ganhou os direitos para a construção de toda a linha, tendo concluído o troço entre Torres Vedras e Cacém em 21 de Maio de 1887.[17] O troço seguinte, até Leiria, entrou ao serviço no dia 1 de Agosto do mesmo ano.[19]
Em 1913, a estação era servida por carreiras de diligências até Carrasqueira, Pai Correia, Vale da Borra, Marteleira e Lourinhã.[20]
Em finais de 1922, foi concluído um programa de renovação da via no troço entre Cacém e Torres Vedras.[21]
No ano de 1933, a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses realizou obras de reparação e melhoramento no edifício de passageiros desta estação.[22] Em 1934, a Companhia construiu um dormitório e um bairro para o pessoal, e realizou obras de reparação total no edifício da estação.[23]
Em 1940, existia um serviço de autocarros entre a estação de Torres Vedras e a Praia da Areia Branca, em serviço combinado com os caminhos de ferro.[24]
No XI Concurso das Estações Floridas, organizado em 1952 pela Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses e pela Repartição de Turismo do Secretariado Nacional de Informação, a estação de Torres Vedras recebeu uma menção honrosa simples.[25] Nessa altura, o chefe da estação era João Baptista Comprido.[26] No XIII Concurso, em 1954, foi premiada com um diploma de menção honrosa simples e um prémio de persistência.[27]
Em 1961, existiam dois serviços entre Torres Vedras e Amieira, um em cada sentido.[28]
No período entre 1989 e 1993, esteve em vigor o Programa Operacional de Desenvolvimento das Acessibilidades (PRODAC), que financiou a realização de várias obras de desenvolvimento nas redes rodoviárias e ferroviárias, incluindo na Linha do Oeste além de Torres Vedras.[29]
Em outubro de 2014 a central de camionagem situada contígua à estação (na Av. Gen. Humberto Delgado e R. Dr. Gomes Leal) foi encerrada, sendo criada uma nova infraestrutura a poente da cidade, anexa à Expotorres,[30] distante 1130 m da estação[31] e dotada de edifícios de apoio provisórios em estilo prefabricado.[32] Com esta mudança foram alterados os percursos e paragens das carreiras suburbanas e de longa distância, deixando a estação de ser servida como até então, e passando o estacionamento automóvel junto a esta a ser pago:[33] a esta perda de intermodalidade a autarquia contrapôs as vantagens do descongestionamento do tráfego automóvel e melhorias no estacionamento do mesmo.[32] (Em março de 2020 a Câmara Municipal e a Barraqueiro negaram em comunicado conjunto que estivesse iminente o encerramento deste terminal rodoviário.)[34]
Esta seção trata de uma construção atualmente em andamento. |
Nos finais da década de 2010 foi finalmente aprovada a modernização e eletrificação da Linha do Oeste; no âmbito do projeto de 2018 para o troço a sul das Caldas da Rainha, a estação de Torres Vedras irá ser alvo de remodelação a nível das plataformas e respetivo equipamento, prevendo-se também a substituição do sistema ATV — sinalização para atravessamento de via seguro (passando do PK 64+053 para o PK 63+915, e do PK 64+176 para o PK 64+101).[35] Na imediações da estação serão ainda alvo de intervenções os três túneis ferroviários a sudeste da estação (Certã, Cabaço, e Boiaca) que incluirão o rebaixamento do leito da via, necessário para dar vão vertical à catenária.[35]
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