Eleições legislativas na Itália em 2022
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As eleições legislativas na Itália de 2022 foram realizadas a 25 de setembro para eleger os 400 membros da Câmara dos Deputados e os 200 membros do Senado.
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Eleições legislativas na Itália em 2022 400 deputados à Camera dei Deputati | |||||||||||
25 de setembro de 2022 | |||||||||||
Demografia eleitoral | |||||||||||
Hab. inscritos: | 46 021 956 | ||||||||||
Votantes : | 29 355 952 | ||||||||||
63.79% 12.5% | |||||||||||
Giorgia Meloni - Centro-direita | |||||||||||
Votos: | 12 300 244 | ||||||||||
Assentos obtidos: | 237 10.6% | ||||||||||
43.79% | |||||||||||
Enrico Letta - Centro-esquerda | |||||||||||
Votos: | 7 337 975 | ||||||||||
Assentos obtidos: | 85 28% | ||||||||||
26.13% | |||||||||||
Giuseppe Conte - Movimento 5 Estrelas | |||||||||||
Votos: | 4 333 972 | ||||||||||
Assentos obtidos: | 52 77.1% | ||||||||||
15.43% | |||||||||||
Carlo Calenda - Ação - Italia Viva | |||||||||||
Votos: | 2 186 669 | ||||||||||
Assentos obtidos: | 21 | ||||||||||
7.79% | |||||||||||
Philipp Achammer - Partido Popular Sul Tirolês | |||||||||||
Votos: | 117 010 | ||||||||||
Assentos obtidos: | 3 25% | ||||||||||
0.42% | |||||||||||
Cateno De Luca - O Sul Chama o Norte | |||||||||||
Votos: | 212 685 | ||||||||||
Assentos obtidos: | 1 | ||||||||||
0.76% |
Estas eleições foram antecipadas em virtude da crise política que eclodiu no verão de 2022, quando o Movimento 5 Estrelas, Liga Norte e Força Itália retiraram o seu apoio ao governo de unidade nacional liderado por Mario Draghi.[1][2] Como consequência desta situação, o presidente da república Sergio Mattarella dissolveu o parlamento e convocou eleições para setembro, com Draghi a manter-se como primeiro-ministro até à realização do pleito.[3][4][5]
Fruto do referendo constitucional realizado em 2020, o tamanho do Parlamento será reduzido em comparação com eleições anteriores. Com as alterações aprovadas no referendo, a Câmara dos Deputados terá 400 membros e o Senado terá 200 membros, uma redução em relação de 630 e 315 membros, respetivamente. A juntar a esta alteração, após aprovação da lei constitucional em 2021, a idade de votação para o Senado foi reduzida dos 25 anos para os 18 anos, o que faz com que esta eleição seja a primeira em que o número de votantes será o mesmo para as duas câmaras.[6]
Nas eleições com a participação mais baixa da história[7][8], os resultados deram a vitória à Coligação de Centro-direita liderada pelos Irmãos de Itália, partido radical de direita com raízes neofascistas, conquistando a maioria absoluta na Câmara e no Senado[9][10]. O partido de Giorgia Meloni obteve 26% dos votos, tornando-se o maior partido do parlamento italiano e, fruto de um acordo pré-eleitoral na coligação de centro-direita, será provavelmente a nova primeira-ministra italiana, sendo a primeira mulher a ocupar tal cargo[7][11]. Este novo governo de Itália será o governo mais de Direita desde 1945 e o primeiro governo nacionalista em Itália desde da instauração da República[12][13].