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eleição estadual para eleger um governador, um vice-governador, dois senadores, 8 deputados federais e 24 deputados estaduais Da Wikipédia, a enciclopédia livre
As eleições estaduais no Tocantins em 2010 ocorreram em 3 de outubro como parte das eleições gerais em 26 estados e no Distrito Federal. Foram eleitos o governador Siqueira Campos, o vice-governador João Oliveira, os senadores João Ribeiro e Vicentinho Alves, além de oito deputados federais e vinte e quatro deputados estaduais.[1]
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Eleições estaduais no Tocantins em 2010 | ||||
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3 de outubro de 2010 (Decisão em primeiro turno) | ||||
Candidato | Siqueira Campos | Carlos Gaguim | ||
Partido | PSDB | PMDB | ||
Natural de | Crato, CE | Ceres, GO | ||
Vice | João Oliveira | Valderez Castelo Branco | ||
Votos | 349.592 | 342.429 | ||
Porcentagem | 50,52% | 49,48% | ||
Candidato mais votado por município no 1º turno (139): Carlos Gaguim (76) Siqueira Campos (63) | ||||
Titular Eleito | ||||
O processo sucessório tocantinense foi antecipado ante a cassação do governador Marcelo Miranda e do vice-governador Paulo Sidney por decisão do Tribunal Superior Eleitoral em 26 de setembro de 2009 graças a uma ação de impugnação de mandato eletivo impetrada pela coligação que apoiou Siqueira Campos.[2] Ao propor a ação, a coligação derrotada queria assumir o poder com assentimento judicial tal como ocorrera naquele mesmo ano na Paraíba e no Maranhão,[2] entretanto a intenção de Siqueira Campos de voltar ao Palácio Araguaia falhou graças ao entendimento da Justiça Eleitoral segundo o qual o sucessor do governador cassado deveria ser escolhido pela Assembleia Legislativa do Tocantins, pois a vitória de Marcelo Miranda em 2006 aconteceu em primeiro turno.[3]
Graças à tese descrita acima, os deputados estaduais elegeram Carlos Henrique Gaguim para governar o estado. Natural de Ceres (GO), ele começou sua carreira política pelo PTB ao eleger-se vereador em Palmas em 1992 e 1996. Diplomado em Administração de Empresas na Universidade Luterana do Brasil[4] com pós-graduação em Políticas Públicas e Soberania Nacional e em Políticas Públicas de Meio Ambiente pela Universidade Federal do Tocantins,[4] Carlos Henrique Gaguim foi eleito deputado estadual em 1998 e ao migrar para o PMDB foi reeleito em 2002 e 2006. Presidente do legislativo estadual à época da cassação de Marcelo Miranda, foi escolhido governador a seguir.
Na eleição direta a vitória foi de Siqueira Campos. Nascido em Crato (CE), ele começou na política em 1964 como vereador em Colinas do Tocantins chegando a presidir a Câmara Municipal. Filiado à ARENA e ao PDS, elegeu-se deputado federal por Goiás em 1970, 1974, 1982 e 1986, quando já estava no PDC.[5][nota 1] Como parlamentar, lutou pela criação do Tocantins, estado onde foi eleito governador em 1988, 1994 e 1998, obtendo agora, via PSDB, o quarto mandato frente ao Palácio Araguaia tendo João Oliveira como vice-governador. Pouco antes das eleições de 2014, eles renunciaram aos mandatos entregando o poder ao deputado Sandoval Cardoso.[6][7]
Segundo o Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins, houve 692.021 votos nominais, assim distribuídos:[8]
Candidatos a governador do estado | Candidatos a vice-governador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
---|---|---|---|---|---|
Siqueira Campos PSDB | João Oliveira DEM | (PSDB, DEM, PTB, PR, PSC, PV, PTN, PRB, PRTB, PMN, PTC, PTdoB) | |||
Carlos Henrique Gaguim PMDB | Valderez Castelo Branco PP | (PMDB, PP, PT, PDT, PPS, PSB, PSL, PSDC, PHS, PRP, PCdoB) | |||
Na eleição para senador foi reeleito o empresário João Ribeiro. Natural de Campo Alegre de Goiás, comandou o Sindicato dos Garimpeiros responsável pelos estados do Pará, Maranhão e Goiás. Eleito vereador de Araguaína pelo PDS em 1982 e deputado estadual pelo PFL goiano em 1986, alcançou a prefeitura de Araguaína em 1988. Eleito deputado federal pelo Tocantins em 1994 e 1998, afastou-se para auxiliar o governador Siqueira Campos como Secretário de Turismo, Secretário de Governo e Secretário de Justiça.[9] Eleito senador em 2002, renovou o mandato pelo PR este ano.[10] Sua morte levou à efetivação do suplente Ataídes Oliveira.
A segunda vaga senatorial foi entregue ao ex-governador Marcelo Miranda, porém sua votação foi anulada graças aos efeitos da Lei da Ficha Limpa e assim Vicentinho Alves herdou a cadeira. Nascido em Porto Nacional, elegeu-se prefeito de sua cidade natal pelo PDT em 1988, ano em que foi escolhido presidente da Associação Tocantinense de Municípios.[11] Derrotado na eleição para senador em 1994, foi eleito deputado estadual pelo PFL em 1998 e 2002, presidiu depois a Assembleia Legislativa do Tocantins. Aliado de Siqueira Campos, foi eleito deputado federal pelo PSDB em 2006, migrando para o PL no curso do mandato. Com a criação do PR, foi eleito senador pelo partido.[12]
Segundo o Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins, houve 1.341.660 votos nominais, assim distribuídos:.[8]
Candidatos a senador da República | Primeiro suplente de senador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
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João Ribeiro PR | Ataídes Oliveira PSDB | (PSDB, DEM, PTB, PR, PSC, PV, PTN, PRB, PRTB, PMN, PTC, PTdoB) | |||
Marcelo Miranda PMDB | Eudoro Pedroza PT | (PMDB, PP, PT, PDT, PPS, PSB, PSL, PSDC, PHS, PRP, PCdoB) | |||
Vicentinho Alves PR | João Costa PSDB | (PSDB, DEM, PTB, PR, PSC, PV, PTN, PRB, PRTB, PMN, PTC, PTdoB) | |||
Paulo Mourão PT | Elvio Quirino PCdoB | (PMDB, PP, PT, PDT, PPS, PSB, PSL, PSDC, PHS, PRP, PCdoB) | |||
São relacionados os candidatos eleitos com informações complementares da Câmara dos Deputados.[13][14]
Número | Deputados federais eleitos | Partido | Votação | Percentual | Cidade onde nasceu | Unidade federativa |
1570 | Júnior Coimbra | PMDB | 69.372 | 9,53% | Filadélfia | Tocantins |
4555 | Eduardo Gomes | PSDB | 49.455 | 6,79% | Estância | Sergipe |
1234 | Ângelo Agnolin | PDT | 47.542 | 6,53% | Palmeira das Missões | Rio Grande do Sul |
1145 | Lázaro Botelho | PP | 41.888 | 5,75% | Loreto | Maranhão |
2323 | César Halum | PPS | 39.827 | 5,47% | Anápolis | Goiás |
4040 | Laurez Moreira[nota 2] | PSB | 39.658 | 5,45% | Dueré | Tocantins |
2510 | Irajá Abreu | DEM | 39.301 | 5,40% | Goiânia | Goiás |
2580 | Dorinha Rezende | DEM | 38.233 | 5,25% | Goiânia | Goiás |
Estavam em jogo 24 cadeiras na Assembleia Legislativa do Tocantins.[1]
Número | Deputados estaduais eleitos | Partido | Votação | Percentual | Cidade onde nasceu | Unidade federativa |
15222 | Sandoval Cardoso | PMDB | 27.072 | 3,66% | Goiânia | Goiás |
22022 | Luana Ribeiro | PR | 25.888 | 3,50% | Goiânia | Goiás |
43123 | Marcelo Lelis | PV | 24.556 | 3,32% | Inhumas | Goiás |
15123 | Josi Nunes | PMDB | 24.405 | 3,30% | Porto Nacional | Tocantins |
23222 | Eduardo do Dertins | PPS | 23.310 | 3,15% | Cravinhos | São Paulo |
13300 | Solange Duailibe | PT | 20.940 | 2,83% | São Miguel do Araguaia | Goiás |
15700 | Vilmar do Detran | PMDB | 18.464 | 2,49% | Nazário | Goiás |
15153 | Iderval Silva | PMDB | 15.775 | 2,13% | Anápolis | Goiás |
15000 | Eli Borges | PMDB | 15.685 | 2,12% | Ipameri | Goiás |
15111 | José Augusto Pugliesi | PMDB | 15.415 | 2,08% | Goiânia | Goiás |
14000 | José Geraldo | PTB | 15.119 | 2,04% | Tiros | Minas Gerais |
40100 | Wanderlei Barbosa | PSB | 14.573 | 1,97% | Porto Nacional | Tocantins |
11610 | Raimundo Palito | PP | 14.045 | 1,90% | Exu | Pernambuco |
22111 | José Bonifácio | PR | 13.578 | 1,83% | Tocantinópolis | Tocantins |
22333 | Amélio Cayres | PR | 13.227 | 1,79% | Érico Cardoso | Bahia |
23200 | Sargento Aragão | PPS | 13.159 | 1,78% | Sertânia | Pernambuco |
23400 | Manoel Queiroz | PPS | 13.053 | 1,76% | Praia Norte | Tocantins |
25111 | Toinho Andrade | DEM | 11.846 | 1,60% | Porto Nacional | Tocantins |
22223 | Stalin Bucar | PR | 11.006 | 1,49% | Tocantínia | Tocantins |
25100 | Osires Damaso | DEM | 10.413 | 1,41% | Campinorte | Goiás |
13613 | Amália Santana | PT | 9.085 | 1,23% | Itaberaí | Goiás |
45555 | Freire Júnior | PSDB | 8.319 | 1,12% | Goiânia | Goiás |
45115 | Raimundo Moreira | PSDB | 8.204 | 1,11% | Nazaré | Tocantins |
13456 | Zé Roberto | PT | 6.542 | 0,88% | Pirenópolis | Goiás |
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