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Eleições estaduais em Pernambuco em 1962
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As eleições estaduais em Pernambuco em 1962 ocorreram em 7 de outubro como parte das eleições em 22 estados e nos territórios federais do Amapá, Rondônia e Roraima.[1] Foram eleitos o governador Miguel Arraes, o vice-governador Paulo Guerra, os senadores José Ermírio de Moraes e Pessoa de Queiroz, e mais 24 deputados federais e 65 estaduais. Foi a última eleição antes da deposição do presidente João Goulart e instalação do Regime Militar de 1964.[nota 1]
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7 de outubro de 1962 (Turno único) | ||||
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Candidato | Miguel Arraes | João Cleofas | ||
Partido | PST | UDN | ||
Natural de | Araripe, CE | Vitória de Santo Antão, PE | ||
Vice | Paulo Guerra | Morais Rego | ||
Votos | 264.499 | 251.146 | ||
Porcentagem | 47,92% | 45,50% | ||
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Candidato mais votado por município (105):
Miguel Arraes (38)
João Cleofas (65)
Armando Filho (2) | ||||
Titular Eleito | ||||
Cearense de Araripe, o advogado Miguel Arraes foi aluno da Universidade Federal do Rio de Janeiro, mas por motivos financeiros transferiu-se para a Universidade Federal de Pernambuco onde se graduou. Funcionário do Instituto do Açúcar e do Álcool, chegou a ser delegado do mesmo. Secretário de Fazenda no governo Barbosa Lima Sobrinho, em 1950 foi candidato a deputado estadual pelo PSD, mas ficou na primeira suplência. Eleito deputado estadual pelo PST em 1954, foi vencido por Otávio Correia em eleição indireta na Assembleia Legislativa de Pernambuco para a escolha do vice-governador em 1957.[2] Em 1958 não foi reeleito deputado estadual, mas no ano seguinte foi nomeado secretário de Fazenda pelo concunhado, o governador Cid Sampaio, mas Miguel Arraes deixou o cargo ainda em 1959 quando se elegeu prefeito do Recife e após três anos foi eleito governador de Pernambuco.[3] Preso e deposto do Palácio do Campo das Princesas na sequência do mesmo Golpe de Estado que vitimou o presidente João Goulart em 1964, foi levado da capital pernambucana para Fernando de Noronha e de lá para a Fortaleza de Santa Cruz da Barra em Niterói antes do exílio na Argélia. Com os direitos políticos suspensos pelo Ato Institucional Número Um permaneceu fora do Brasil até a decretação da anistia em 1979.
Consumada a troca de poder em Brasília o governo estadual foi entregue ao advogado Paulo Guerra. Nascido em Nazaré da Mata e formado pela Universidade Federal de Pernambuco, surgiu politicamente no Estado Novo graças ao interventor Agamenon Magalhães que o nomeou prefeito de Orobó e a seguir de Bezerros.[4] Diretor do Departamento Estadual de Imprensa e Propaganda, delegado de polícia e diretor da Penitenciária Agrícola de Itamaracá, ingressou no PSD sendo eleito deputado federal em 1945 e 1950 e deputado estadual em 1954 e 1958 chegando, neste último caso, a presidir a Assembleia Legislativa. Sua eleição como vice-governador acontecera em aliança com Miguel Arraes.