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El Ajedrecista foi um autômato capaz de executar com precisão a fase final de uma partida de xadrez, construído em 1912 por Leonardo Torres y Quevedo. Sua primeira aparição pública foi na grande exposição mundial de 1914, tendo criado uma grande repercussão na época. A máquina foi extensamente mencionada na revista Scientific American como "Torres and His Remarkable Automatic Devices" em 6 de novembro de 1915.[1] Utilizando eletromagnetos sob o tabuleiro, ele era capaz de vencer o final de partida de uma Torre e Rei contra um oponente humano com somente o Rei solitário. O dispositivo é considerado o primeiro jogo de computador da história.[2]
O autômato não conseguia aplicar o xeque-mate na quantidade mínima de movimentos necessários, nem sempre em menos de 50 movimentos por causa de seu algoritmo simples que calculava as posições. Entretanto conseguia vencer o oponente todas as vezes. Se um movimento ilegal fosse feito, pelo oponente, o autômato assinalaria através de um indicador luminoso.[2][3]
Sua construção interna foi publicada por H. Vigneron.[4] O filho de Leonardo fez uma versão melhorada de um autômato baseada no El Ajedrecista em 1920, que fazia os movimentos via magnetos localizados sob o tabuleiro.[5] Ambas as máquinas ainda estão funcionando e são exibidas no Colegio de Ingenieros de Caminos, Canales y Puertos em Madri. Ao contrário do O Turco e Ajeeb, o El Ajedrecista foi um autômato verdadeiro capaz de jogar xadrez sem o auxílio humano.
- «Torres and his remarkable automatic devices». Scientific American (2079). 1915
- Montfort, Nick (2005). Twisty Little Passages: An Approach to Interactive Fiction. [S.l.]: MIT Press. 76 páginas. ISBN 0262633183
- Atkinson, George W. (1998). Chess and machine intuition. [S.l.]: Intellect Books. pp. 21–22. ISBN 1871516447
- H. Vigneron (1982). Chess and Computers. [S.l.]: Computer Science Press. pp. 13–23
- Brian Randell, From Analytical Engine to Electronic Digital Computer: The Contributions of Ludgate, Torres and Bush. Annals of the History of Computing, Vol. 4, No. 4, Out. 1982
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